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JUAREZ MACHADO: ENSINAMENTOS DE UM LIBERTINO

O IRREVERENTE ARTISTA DECLARA SUA PAIXÃO PELA ARTE, PELAS MULHERES E POR SI MESMO

Redação Publicado em 21/06/2007, às 12h43

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Conhecido pelo toque burlesco, Juarez brinca de pintar uma tela no mar da Ilha de CARAS
Conhecido pelo toque burlesco, Juarez brinca de pintar uma tela no mar da Ilha de CARAS
por Diana de Medeiros Radicado em Paris há quase 20 anos, o artista plástico Juarez Machado (65) levou seu característico estilo irreverente à Ilha de CARAS. Eclético em seus talentos, Juarez - que já atuou como pintor, escultor, mímico, escritor, designer, fotógrafo e ator - resume sua arte polimorfa de maneira simples. "Tenho profunda paixão pela mulher. Tudo que faço na vida é para seduzi-la", diz. O charme do divertido catarinense, segundo ele próprio, passa por um certo culto a si mesmo e pelo estilo único, sempre com toques de excentricidade. "Sou um espalhafato", admite. Namorando há dois anos a conterrânea Melina Mosimann (39), dona de uma loja de decoração, Juarez vive entre a capital francesa, a cidade de Joinville e o Rio, onde mantém um apartamento. - Como está o namoro? - Ótimo! Melina é uma pessoa encantadora e alegre, que ri alto. Isso é importante. O homem é tão bobo e inseguro que sempre quer que a mulher ria das piadas dele. E ela ri. Até das mais sem graça. - Se considera um mulherengo? - Minha paixão pelo feminino é profunda, mas pela mulher de forma geral. Sempre quis a aprovação delas: mãe, professora, namoradas...- Este seu estilo visa seduzi-las? - Sou um espalhafato! Mas uso as roupas como linguagem, não para ficar bonito. Meu corpo é um suporte do meu trabalho. Acho que tem a ver com meu lado comunicativo, sou assim desde pequeno. - Como era o Juarez criança? - Tive uma infância muito feliz, com várias primas e uma bicicleta. Não precisava de mais nada (risos). Meu pai, um caixeiro viajante, foi meu grande mestre, meu Marco Pólo. Ele colecionava objetos antigos e minha mãe pintava leques. Cresci em um ateliê. Foi o início da minha relação com a arte. - Você é vaidoso? - Faço um culto ao meu próprio umbigo. Adoro espelhos, meu apartamento no Rio é repleto deles. Na realidade, tenho uma grande paixão pelo meu corpo. É uma questão de auto-estima. Só amando e respeitando a si mesmo você vai poder amar e respeitar o outro. - Para um sedutor assumido, envelhecer preocupa? - Me preocupa muito. O tempoé muito limitado. E o artista é tão simples que só quer a eternidade (risos). A arte é uma forma de deixar uma marca, um legado. - Mas fisicamente, a passagem do tempo incomoda? - Não muito no sentido de ficar velho e feio. Mesmo porque, na verdade, vou ficar apenas mais velho, pois feio eu já sou. - Acredita mesmo nisso? - Às vezes me acho até bonitão. Ou melhor, bonitinho, porque sou pequenininho. Mas uso o glamour e a inteligência na sedução. - E isso funciona? Já arrasou muitos corações? - Um libertino não comenta as suas histórias íntimas (risos) .- Você é mesmo um libertino ou é apenas um personagem? - A mulher me emociona, ponho sexo em tudo. Por exemplo, só moro em cidades femininas, como Paris e o Rio. Já Veneza é hermafrodita e Nova York é gay (risos). Gosto do tema sexo. - Que tipo de mulher o atrai? - Adoro mulher pintada e enfeitada. Gosto muito de decotes, salto alto, jóias, maquiagem... Melina diz que a estou transformando em uma "perua".FOTOS:SELMY YASSUDA/ARTEMISIA