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Reynaldo Gianecchini: 'Me acho mais bonito hoje do que aos 20 anos'

No Castelo de CARAS, o ator Reynaldo Gianecchini, que acaba de se despedir da novela 'Guerra dos Sexos', fala sobre o amor e a carreira

Redação Publicado em 29/04/2013, às 09h31 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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No jardim do Castelo, em Tarrytown, NY, Giane narra fase de mudanças pessoais. - Selmy Yassuda
No jardim do Castelo, em Tarrytown, NY, Giane narra fase de mudanças pessoais. - Selmy Yassuda

Quando questionado sobre como define seu atual momento, Reynaldo Gianecchini (40) sintetiza a resposta com uma frase do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900): “Torna-te quem tu és”. A sentença retrata com perfeição o período de descobertas pessoais que o ator vive. “Me tornei mais autêntico, seletivo e não me preocupo mais em agradar outras pessoas. Tenho sentido mais maturidade e deixado as ansiedades de lado”, diz o galã. As mudanças, porém, não significam que ele tenha perdido o espírito jovem. “Ainda sou molecão, mas com um auto-conhecimento maior. Aliás, me acho mais bonito hoje que aos 20 anos, não só no físico, mas em todos os aspectos; me gosto mais”, dispara, no Castelo de CARAS, em New York.

No ar com a global das 7 Guerra dos Sexos, trama que marcou seu retorno à TV após a vitoriosa luta contra um raro tipo de câncer, Giane segue solteiro e afirma não ter pressa para encontrar um amor. “Vejo amigos que casaram e têm filhos e acho lindo, mas meu lado independente ainda fala mais alto”, diz ele, empenhado na concretização do Centro de Apoio Prof. Reynaldo Gianecchini, que atenderá pessoas carentes em sua cidade, Birigui, no interior de SP.

– A independência o leva a adiar planos de formar família?

– A decisão de casar e ter filhos é incrível, mas o que não pode é a pessoa fazer essa escolha e depois sair fora da relação. Para mim, falta querer virar a ‘chavinha’ e dar uma acalmada. Minha natureza é sair pelo mundo, não ser âncora.

– Mas isso não o impede de viver um novo amor...

– Pode ser que um dia mude, queira me fixar e repense, não tenho controle sobre isso. Posso achar alguém incrível, querer casar e ter filhos. Vai chegar o momento em que vou desacelerar em tudo e, talvez, nessa hora, pare para pensar sobre o assunto família.

– Para onde acha que a independência pode levá-lo?

– Sou um cidadão do mundo. Já morei fora do Brasil e passei parte da vida pensando que moraria fora para sempre. Acho que me devo isso, morar em lugares diferentes.

– O tempo o assusta?

– Nem sinto a idade chegar. A vida passa rápido. Por isso, é preciso ir atrás dos desejos sem se preocupar com opiniões. Quando jovem, queremos agradar a todos; depois descobrimos que bom mesmo é agradar a nós mesmos, estar confortável ‘dentro’ da nossa pele.

– As críticas o atrapalharam?

– Se ligasse para crítica, tinha parado a carreira no início. É preciso ter coragem, dar a cara a tapa, sair da zona de conforto, se desafiar. Fico feliz ao ver o que conquistei, não deixei que o medo fosse maior. Prêmio, crítica, tudo é besteira. É a labuta do dia a dia que te constrói.

– Qual o maior passo que deu nessa construção pessoal?

– Sair de Birigui, aos 18, um menino cheio de sonhos que chegou à cidade grande querendo conquistar o mundo. Saí do micro para o macrocosmos. Foi quando abri a cabeça para saber o que queria ser.

– Seu grande passo está por vir?

– Não sabemos o que o futuro nos reserva. Já passei por boas viradas, mas a vida é uma delícia. E ela pode nos surpreender sempre.