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Modernidade cosmopolita

Um projeto cheio de estilo e design para sair do lugar-comum, encantar e surpreender. A mistura de estilos e a paixão pelo belo aparecem em todos os ambientes, nas fotos de modelos e nos móveis modernos e antigos

Redação Publicado em 30/11/2012, às 16h45 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Destaque para as cortinas de veludo Regatta Tecidos especiais, 11 3085-5081, [regattatecidos.com.br] executadas pela Decoramelo, 11 3845-1045 [decoramelo.com.br]. Poltronas FlexForm, 11 2431-5511 [flexform.com.br] e banco Ana Luiza Wawelberg, 11 3081-7434 - Alain Brugier
Destaque para as cortinas de veludo Regatta Tecidos especiais, 11 3085-5081, [regattatecidos.com.br] executadas pela Decoramelo, 11 3845-1045 [decoramelo.com.br]. Poltronas FlexForm, 11 2431-5511 [flexform.com.br] e banco Ana Luiza Wawelberg, 11 3081-7434 - Alain Brugier

Arquitetura de interiores e decoração: Diego Revollo
Fotografia: Alain Brugier

O arquiteto Diego Revollo e seu cliente eram – e ainda são – amigos pessoais há mais de dez anos. Um havia, inclusive, acompanhado desde o início a trajetória profissional do outro no mundo da moda e suas vivências em cidades como Milão, Londres e Nova York. Aliás, o futuro proprietário desse apartamento de 280 m² na capital paulista ainda morava nos Estados Unidos quando avisou que pretendia montar uma casa no Brasil e pediu a ajuda de Revollo. Antes mesmo de contratá-lo oficialmente, ouviu os conselhos do amigo na hora de escolher o que comprar. E entre duas opções, um imóvel novo e outro antigo, o escolhido foi o segundo.

“Cheguei e encontrei o apartamento vazio, mas conservando ainda as características da arquitetura dos bons apartamentos antigos de São Paulo”, diz o arquiteto se referindo à planta quadrada, ao pé-direito generoso, às portas e vãos bem dimensionados e aos espaços bem distribuídos. O piso de madeira original foi apenas recuperado e as obras nos banheiros levaram cerca de seis meses. Com base na personalidade do dono, ficou decidido que o lugar deveria refletir o universo cosmopolita e glamouroso pelo qual o morador costumava transitar. “Antes de mais nada, o espaço deveria estar inserido no contexto de qualquer uma das grandes capitais mundiais, sem regionalismos ou modismos locais”, afirma Revollo.

O apartamento, portanto, deveria ter um apelo “internacional”, mas sem perder em conforto e aconchego. “Não cabia uma decoração minimalista ou fria e tampouco algo muito clássico ou pesado”, diz Revollo. Para alcançar esse resultado, foram usados tons de bege, marrons e preto, cor que “é facilmente digerida por quem lida com moda”. Nas paredes, editoriais feitos pelo próprio dono da casa ou por amigos fotógrafos, muitas telas e quadros. O mobiliário antigo, ao lado de peças de design italiano, também corrobora com a ousadia da composição eclética e tem tudo a ver com a profissão de stylist do proprietário. E, ao contrário do que se poderia imaginar, nada foi trazido de fora. Até mesmo louças, roupas de cama e acessórios para cozinha foram comprados aqui.

O modo de vida e o temperamento do cliente sempre influenciam o resultado final de um projeto de decoração ou arquitetura. E aqui não foi diferente. Mas, nesse caso, até pela proximidade entre as duas partes envolvidas, o trabalho não foi tão difícil. “Como ele é tranquilo e tem um senso estético apurado, era fácil propor as coisas”, conta Revollo. “E seu julgamento, suas opiniões, sempre vinham ao encontro das minhas.”

Mas, diferentemente do usual, não houve uma sequência lógica de execução. Como o proprietário ainda morava em Nova York na época da reforma, ele tinha poucos dias disponíveis em São Paulo e estava sempre com a agenda apertada. Ligava e dizia o que pretendia adquirir daquela vez. “Uma hora eram os tapetes, na outra uma bandeja ou porta-retrato, quando muitas vezes nem havíamos pensado nos móveis principais”, lembra Revollo.

As cortinas, por exemplo, que costumam ser vistas apenas no final dos trabalhos, foram compradas no início e nortearam o que viria pela frente. “Ele escolheu tecidos pesados, que vedam a luz”, diz Revollo. Assim, não apenas o gosto do cliente foi revelado, como a necessidade de móveis mais leves. Já o tapete de seda preto escolhido para o escritório indicou o caminho a ser seguido no espaço escuro e sofisticado.

Durante um ano, entre idas e vindas, a decoração ficou pronta. Hoje, percebe-se o gosto estético da dupla e sua paixão pelo belo ao se deparar com Gisele Bündchen no hall do elevador ou Raquel Zimmermann nua no living. A mesma percepção se dá ao notar, na sala de jantar, a combinação entre o lustre antigo, a foto Eva Herzigova, a mesa ultramoderna e as cadeiras transparentes. Segundo o arquiteto, “nada é por acaso”.