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Decoração / Anuário

Escolha certa

Respeitados arquitetos de São Paulo concordam que três palavras são fundamentais na seleção do profissional que vai decorar sua casa: pesquisa, informação e afinidade.

Redação Publicado em 12/12/2008, às 12h46 - Atualizado em 13/08/2009, às 18h30

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Sig Bergamin
Sig Bergamin
Antes de sair por aí comprando móveis e objetos que simplesmente lhe despertam a cobiça e planejar contratar o arquiteto da moda para "encaixá-los" na sua nova casa, ouça o conselho de quem é autoridade no ramo. Escolher o profissional que vai emoldurar a sua intimidade requer alguns cuidados para que não haja surpresas desagradáveis depois. É uma unanimidade entre os mais respeitados arquitetos que o primeiro passo é se informar sobre a seriedade e competência do designer de interiores de sua preferência. Em seguida, avaliar se o trabalho dele está sintonizado com o seu gosto, com o seu estilo pessoal. Pesquise em revistas, sites e mostras de decoração; converse com quem já teve sua casa decorada por ele. Informe-se o melhor possível. Provavelmente, dessa busca surgirão outros dois ou três nomes. Faça contato com o seu eleito e vá conhecê-lo. Nesse encontro é importante perceber se há empatia entre vocês.
"Gostar também da pessoa é essencial, não só do trabalho." Débora Aguiar
Para Débora Aguiar, arquiteta paulista com mais de quinze anos de experiência, destaque da decoração e arquitetura contemporâneas, é fundamental que haja sinergia na relação. "Você tem que sentir confiança no profissionalismo e na metodologia de trabalho daquele que escolheu para fazer a sua casa. É preciso ainda saber qual a estrutura que ele vai oferecer para o desenvolvimento do projeto e se vai poder dar atenção e acompanhar tudo", explica. "Não adianta você fazer com alguém só porque tem um nome famoso, ou coisa assim. É essencial que goste também da pessoa, não só do trabalho. Afinal, você vai conviver muito tempo com esse profissional, e mais ainda com o que ele vai criar para a sua casa", alerta Débora. "Preços, honorários e a forma de pagamento fazem parte do segundo item dessa seleção; o importante é a afinidade mesmo", conclui.
"É como achar um médico. Você precisa ficar à vontade." Sig Bergamin
O arquiteto Sig Bergamin, um dos nomes mais importantes da arquitetura brasileira, com escritórios em São Paulo e Nova York, exemplifica bem essa questão, comparando-a à escolha de um médico. "Você tem que se sentir à vontade. Faça uma entrevista com o arquiteto e fale sobre o que você gosta, conte como vive, como mora... Se ele não te entender, não pode fazer a sua casa. Não é ele quem vai morar lá, é você; então, tem que ser uma pessoa que te aceite", esclarece Sig, acrescentando que essa relação, entretanto, é uma via de mão dupla e que deve haver flexibilidade de ambas as partes para que não se crie um clima tenso durante esse longo período de convívio. Brunete Fraccaroli, arquiteta paulistana com dezessete anos de experiência, especializada em interiores, concorda. "É igual à escolha do médico: ou você confia ou não confia. O arquiteto tem que entrar na alma do cliente. Se isso não acontecer, não dá certo, não dá liga", garante.
"O arquiteto tem que entrar na alma do cliente." Brunete Fraccaroli
Outra situação muito comum e que pode complicar a decoração da casa é ceder ao impulso de ir às compras e adquirir peças antes da consulta ao profissional. Isso pode levar a situações de difícil solução, como móveis que não cabem nos espaços previstos ou o mau aproveitamento de um determinado ambiente. Contudo, se você quer muito comprar algo, aquele objeto do desejo, ou se tem uma peça antiga de família que planeja expor em um lugar nobre da casa, a arquiteta Bya Barros - dona de um estilo eclético, que mescla com harmonia o antigo e o contemporâneo - pede para que não se iniba! Apenas converse sobre isso com o seu decorador. Podem encontrar juntos soluções criativas. "Às vezes, as pessoas compram três sofás para a mesma sala e acham que têm que ficar encostados na parede! Isso porque não sabem criar um ambiente no meio de um living, por exemplo, e valorizá-lo como ele é, com a circulação à volta", explica ela, indicando que são inúmeras as possibilidades e enfatizando a necessidade de entrosamento entre o designer e seu cliente. "É uma viagem de sonhos, feita em parceria e, nessa jornada, tanto o cliente me ensina coisas sobre o seu trabalho, sobre o seu mundo, quanto eu o ensino sobre obras de arte, arquitetura mundial, mercado nacional... Mostro materiais com os quais ele nem sonhava! A orientação de um bom profissional viabiliza o projeto dentro do seu orçamento e ainda valoriza o imóvel", afirma Bya. Sonho realizado.
"É uma viagem de sonhos, feita em parceria." Bya Barros