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Datas Especiais / Especial

Suzy Rêgo dedicada e impecável em seu papel principal: Mãe

Na companhia do marido, Fernando Vieira, Suzy Rêgo se diverte com os filhos, os gêmeos Marco e Massimo, durante um piquenique comemorativo ao Dia das Mães e revela à CARAS Online as maravilhas da maternidade

Paola Donner Publicado em 12/05/2012, às 23h02 - Atualizado em 24/03/2020, às 16h04

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Suzy Rêgo com os fofos Massimo e Marco - Vagner Campos; Produção: Carlinhos Duarte/ CHD Produções
Suzy Rêgo com os fofos Massimo e Marco - Vagner Campos; Produção: Carlinhos Duarte/ CHD Produções

Se tornar mãe sempre foi um sonho para Suzy Rêgo, mesmo que demorasse alguns anos para isso se tornar realidade. E foi o que aconteceu. Em 24 de julho de 2009, aos 42 anos, ela deu à luz os gêmeos Marco e Massimo, frutos de sua feliz união com Fernando Vieira (50). Hoje, aos 45 e prestes a completar oito anos de casamento, a atriz, que já interpretou vilãs e mocinhas nas principais novelas da televisão brasileira, elege o seu principal e favorito papel: o de Mãe.

Para comemorar o Dia das Mães, Suzy e seus três tesouros, como ela mesma gosta de defini-los, foram ao Parque do Ibirapuera, em São Paulo, para fazer algumas de suas atividades favoritas, como passear de bicicleta e caminhar pela natureza, após se deliciarem com o Piquenique Charme Urbano, preparado pela chef Mônica Dajcz, à convite da CARAS Online, que teve no cardápio, entre outras coisas, briochinhos e muffins de amoras. Em meio às atividades, a atriz, que atualmente interpreta Jáqui em Amor Eterno Amor, também foi surpreendida por Fernando e pelos pequenos Marco e Massimo ao ganhar uma joia e flores.

Em um bate-papo exclusivo, Suzy falou dos benefícios e das mudanças trazidas pela maternidade, do auxílio do marido na criação dos gêmeos e do sentimento puro e verdadeiro de ser mãe.

- Você sempre teve o desejo de ser mãe?
Eu sempre sonhei com isso, desde pequena. Sempre adorei crianças e vivia dizendo que queria ser mãe. Porém, quando realmente sonhei com isso na fase adulta, achei que precisava construir muita coisa na minha profissão e emendei um trabalho no outro. Eu falava que, se não tivesse filho até os 25 anos, não teria mais. Depois, se não tivesse até os 35 anos, não teria mais. Até que eu parei de colocar prazos, porque eu sempre os aumentava. Mas o engraçado é que eu sempre soube que seria mãe e que, se não fosse biológica, seria adotiva. Essa tranquilidade eu sempre tive. Então eu reencontrei o Fernando, nós dois mais tranquilos e mais serenos em relação às sensações da vida, ambos pensando ‘Sabe o que eu queria agora? Formar uma família’, e deu certo. Nosso encontro se deu em um momento muito especial para os dois. Sempre tive tranquilidade por saber que ia chegar a hora e foi um momento muito bom.

- Por que você decidiu ser mãe após os 40 anos?
Na verdade foi mais uma enrolação minha, porque nós dois queríamos isso e eu acabei fazendo um trabalho atrás do outro. Fiz novelas e peça no Rio de Janeiro, o que exigiu que eu morasse lá, então, além da distância geográfica, já que o Fernando morava em São Paulo, tinha a carga de trabalho. Em abril de 2008, eu puxei o freio de mão para engravidar e, entre tentativas caseiras e tratamentos, foi pouco mais de um ano até Marco e Massimo nascerem.

- Ficou com medo de não engravidar?
Não, em nenhum momento. Fiquei triste nas três tentativas que falharam, porque isso mexe muito com a gente. Na terceira vez que não deu certo, o Fernando me levou para conhecer Praga, na República Tcheca, e foi uma viagem maravilhosa. Voltamos de lá com outra cabeça e falamos que, se não fosse por esse método, seria por outro.

- O que a maternidade trouxe de bom para você e para o casal?
Eu costumo repetir que, assim que eles nasceram, tive a certeza absoluta de que essa é a minha vocação, de que desde sempre sei ser mãe. Atriz é uma coisa que você aprende, mas mãe é algo de cada uma e sou muito competente nisso. Eu não sou modesta, falo ‘caramba, eu sei fazer isso e eu gosto!’. O Fernando me perguntava como ia ser a maternidade e começou a estudar desde o início, mas descobrimos tudo juntos e ele me ajudou sempre.

- A maternidade é tão boa quanto falam?
É espetacular! Existe uma revolução aqui dentro que não dá pra explicar. Eu ouvia as mulheres dizendo isso e achava que era exagero, mas não é. Gerar filhos é maravilhoso. O aprendizado de dar de mamar me dava ondas de muito amor, um amor físico, quente e que se expande. Isso é transcendental. E o Fernando sempre um grande parceiro. No quarto dos meninos tínhamos a poltrona da mamãe e ele pediu a do papai. Eu dava de mamar e ele ficava lá acompanhando ou me auxiliava dando o complemento para um enquanto o outro mamava. Quase todo o dia eu olho para eles e me emociono, pois é muita felicidade, é muita gratidão mesmo. Já o Fernando chora todos os dias [risos].

- Como o Fernando participa nos cuidados com os meninos?
Ele faz questão e gosta de participar de tudo. No começo, não sabíamos quem havia mamado ou feito cocô, então ele foi lá e criou uma tabela. Com um pai e um marido como esse é lógico que as coisas ficam mais fáceis, pois nesse momento larga-se mão de si mesmo para cuidar das crianças. Até hoje, mesmo quando estou viajando, ele manda o relatório completo do dia, como: ‘Marco comeu tudo e Massimo rejeitou tal coisa, Massimo dormiu no horário e Marco demorou um pouco’. Somos como um time, um sempre ajudando o outro a fazer isso ou aquilo, mesmo quando discordamos. Ter alguém com o Fernando é como ganhar na loteria.

- Como é a Suzy mãe?
O Fernando é muito mais permissivo, mas eu, com raízes nordestinas e filha de militar, sou mais durona. Por exemplo, na hora de ir dormir: pelo Fernando, os meninos podem passar um pouco do horário, mas eu não deixo. A hora de dormir é 20h, então já começo a chamá-los às 19h30. Se eles não dormirem, pelo menos estarão no quarto. A gente pode rolar no chão com eles ou fazer a Festa do Chocolate, mas tem algumas que não têm negociação. Tem horas que eu não faço muita pergunta, como colocar o uniforme. Tem que colocá-lo e ponto!

- Você concorda quando dizem que é bom aproveitar bastante a vida antes da chega dos filhos?
Sim. Podem-se fazer muitas coisas com crianças, mas realmente vai exigir mais operacional. Algumas vezes optamos por ficar em casa ao invés de ir ao restaurante, porque é mais jogo do que colocá-los numa situação em que nós estamos buscando a diversão mas que não será divertido para eles. Os pais devem ter a consciência de que a programação pode não agradar. Digo que somos muito corujas, porque desistimos de muitos programas para ficar com eles, salvo por alguma coisa muito relevante. É possível sair com filhos? É, mas tem que fazer uma programação sempre!

- Voltou ao trabalho quando eles tinham um ano e meio e já estavam na escolinha. Como foi retomar a rotina?
Foi um horror! Eu ia deixá-los na escola junto com o Fernando e chorava muito. Quando tinha uma mãe por perto, ele dizia que era o período de adaptação. Muitas perguntavam se as crianças estavam em fase de adaptação e o Fernando respondia: ‘Não, é ela, a mãe!’ [risos]. É engraçado, porque eu não queria chorar, mas eu não controlava isso.

- E hoje em dia, como é deixá-los em casa em São Paulo para ir ao Rio de Janeiro gravar cenas de ‘Amor Eterno Amor’?
Nos ensinaram a jogar limpo com eles, então é assim: sentamos e explicamos que a mamãe vai pegar o avião para gravar no Rio de Janeiro e volta depois que terminar. Eles até perguntam de mim para o Fernando quando não me veem, então ele explica de novo, eles entendem onde estou e não tem erro. No final de semana passado foi a primeira vez que viajei sozinha com Fernando desde 2008 e não tivemos qualquer problema.

- Eles te reconhecem na TV?
Com toda a tecnologia, desde pequenos eles me veem pela câmera do celular ou do computador, então não tem a menor graça. Eles apenas sabem que é a 'novela da mamãe', mas gostam muito mais das aberturas. Também fazemos muitos vídeos em casa, colocamos na internet e eles gostam de assistir, então, para eles todo mundo é da televisão.

- Como faz para suprir o tempo que passa fora? Quais atividades gosta de fazer com sua família?
Toda a possibilidade que eu tiver durante a semana de estar com eles, é isso que eu faço. Nos preparamos juntos de manhã para a escola, então o Fernando leva e eu busco. Voltamos conversando no carro e quando chegamos em casa tem uma atividade direcionada para eles. Qualquer coisa que envolve chão eu já adoro: cócegas, cambalhota e ginástica, eles adoram deitar e rolar no chão. Reduzimos o tempo com televisão ligada quando estamos com eles, porque também  adoram jogos de montar, pintar, cubos e carrinhos. Além disso, cantamos muito, adoramos cantar.

- Você se considera uma mãe comum?
Nada comum. Como eu já falei, a modéstia passou longe. Eu decidi ter filhos, planejei junto com o Fernando, não tem sentido deixar para outra pessoa cuidar. Enquanto esse método funcionar nessa família, Fernando e eu criaremos os meninos.

- Quais valores que aprendeu com seus pais você pretende passar para seus filhos?
Disciplina, respeito e união. Meu pai sempre foi muito generoso, sempre nos ouviu muito, e sempre me senti bem porque eu via que meu ele se importava comigo. Também procuro passar responsabilidade. Eles derramam alguma coisa no chão, já pegam o esfregão e enxugam. Não é uma obrigação fazer isso, mas foi uma iniciativa que mereceu elogio. Aqui em casa tem a escola do elogio. Tem que elogiar, todo mundo gosta! Dificilmente vamos banalizar algo que para eles é importante.

- Como é a personalidade deles?
A gente sempre pensa como é engraçado duas pessoas nascerem no mesmo dia, quase no mesmo horário, serem tão diferentes. O Marco é extremamente brincalhão, expansivo, articulado e falastrão, já o Massimo é mais observador, sedutor, intelectual e introspectivo. Quando eles vão aprontar algo, quem arquiteta tudo é o Massimo e quem executa é o Marco, os chamo de Pink e Cérebro. Respeitamos muito essas características e não fazemos comparações entre eles, mas tomamos atitudes bacanas de cada um como exemplo.

- Gostaria de ter mais filhos?
Não é algo que cogitamos agora, porque temos que priorizar o conforto do Marco e Massimo, mas na terra dos sonhos eu gostaria, adoraria ter uma menina. Além disso, adotar é algo possível.

- Como vê sua família daqui a 15 ou 20 anos?
Nunca parei para pensar nisso. Realmente, gosto de ver como vejo a minha família, todo mundo muito unido e que gosta de estar perto um do outro. Aos domingos tem um almoço com a família do Fernando que é muito tradicional e eu vou gostar muito se também for assim. Vou torcer para que a nossa convivência seja saborosa como é hoje, quando sinto que tanto para nós quanto para eles é bom estarmos juntos. Não tenho a intenção de virar uma grande amiga, porque eu sou a mãe deles e quero continuar nesse papel. Também vou fazer questão que eles assistam às nossas peças, isso é obrigação, pois tem que assistir papai e mamãe no teatro [risos].

- Como você lida com as surpresas diárias que eles te proporcionam?
São grandes presentes e muito emocionantes. Estamos na fase do desfralde agora, então, cada nova conquista deles, cada passo que eles dão em direção ao aprendizado e ao aperfeiçoamento, para nós é motivo para aplaudir de pé, chorar de emoção e comemorar. Também tem o nosso aprendizado, meu e do Fernando, como melhores seres humanos e melhores pais. Creio que estamos sendo bem-sucedidos nisso e todas essas vitórias são comemoradas independente do tamanho que elas têm.

- O que mudou no seu Dia das Mães desde a chegada deles?
Você ouve de diversas pessoas que o Dia das Mães é todo o dia e é verdade, porque a hora em que você recebe aquele abraço espontâneo ou vem aquele beijo daquele anjinho é um presente magnífico, mas é claro que muda quando você se torna mãe, porque a vida começa a fazer outro sentido. Você se sente mais viva, mais saudável, mais atuante, mais poderosa e mais forte porque você gerou vida e isso é uma realização em tanto. As pessoas têm filhos diariamente, mas a hora que percebe que foi você que gerou uma vida e tem a missão de amar esse ser, é mesmo um amor sem uma explicação, sem lógica. É um amor maior. O que eu quero neste Dia das Mães é que todas as coisas, na maioria do tempo e na medida do possível, sejam bem reais. Vamos fazer coisas próximas um dos outros, desligar os aparelhos e ir junto ao ar livre fazer uma atividade que incentive o toque e a manifestação das sensações de forma natural. Quero um Dia das Mães com aroma de tangerina: simples, gostoso e leve, senão fica tudo muito automático.