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Datas Especiais / Dia dos Pais

Renato Aragão e Lívian: cumplicidade de pai e filha

Redação Publicado em 12/08/2012, às 09h31 - Atualizado às 12h12

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Renato Aragão e Lívian - Cadu Pilotto
Renato Aragão e Lívian - Cadu Pilotto

Lívian Aragão (13) está crescendo, tomando as primeiras formas de mulher, fazendo as primeiras escolhas do que deseja para a vida, mas para o pai, Renato Aragão (77), ela será sempre a caçula, a menina, a “Livinha”. “Não adianta dizer que não sou ciumento. Ela não está mocinha, nem vem com essa, é a Livinha!”, diz ele, aos risos. Lívian coloca panos quentes. “Ele tem um ciúme moderado. Não gosta quando vou dormir na casa das minhas amigas, fala que posso ficar dois dias no máximo”, conta ela. Ao lado da mulher, Lílian – com quem está casado há 21 anos - Renato e Lívian receberam CARAS Online na casa em que moram, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para contar um pouco de como é a relação dos dois, ainda mais agora que Lívian decidiu: quer ser atriz!

Tal pai, tal filha

Renato está muito orgulhoso. Lívian passou o mês de julho em Nova York, nos Estados Unidos, estudando teatro em uma das melhores escolas, a Stagedoor Manor, de onde saíram Natalie Portman (31) e Robert Downey Jr. (47) entre outros atores famosos. “Ela sacrificou as férias, ficou lá estudando, imersa, não podia telefonar pra pai, mãe, ninguém, das 7h às 21h e ela arrancou de lá um troféu de revelação em drama”, conta ele. “Fiquei muito feliz, porque ninguém sabia quem eu era, pude provar que consigo fazer”, desabafa ela. Lívian começou a aparecer nos filmes do pai aos nove meses, depois ganhou vestidos brancos, com os mesmos tecidos das roupas do pai, para usar no 'Criança Esperança', em que abria as cortinas e fazia graça, arrancando risos da plateia. Continuou a fazer pontas e ganhou papéis nos trabalhos do pai, mas agora quer mais, quem sabe ser uma atriz de novela? "Sempre quis fazer um papel, que não precisa ser o principal, mas um que goste de fazer”, afirma Lívian.O pai dá conselhos, principalmente sobre o tempo das falas. “Quando ela está em cena e vejo que está disparando, falando muito rápido, digo pra ter calma, sentir antes, porquese você diz uma frase sem sentir, ela cai no chão, não dá emoção, tem que ter pausa”, ensina Renato. No sábado 18, eles estarão juntos no palco mais uma vez, na 27ª edição do Criança Esperança.

Amigo

Renato e Lívian tinham tudo para ser distantes, já que ele é 65 anos mais velho que a filha, mas o comediante sempre teve uma cabeça avançada e divertida, o que o aproximou de Lívian. Para ele, a explicação vem de sua própria criação. “Eu tinha uma mãe que quebrava todo o protocolo, se integrava com a gente, virava criança também. Isso acontece hoje entre eu e Livinha, ninguém sabe quem é quem, quem é pai equem é filho, quem aprende e quem ensina”, garante Renato. As horas das refeições são sempre as melhores para conversarem e saberem um da vida do outro. “A gente fica horas conversando sobre tudo, é muito engraçado”, conta Lívian, que completa: “Por causa do jeito que ele fala, a cabeça dele, parece que estou falando com um amigo. Ele e minha mãe são meu portinho seguro”.

Aos 77, no Facebook

Mas Renato é muito preocupado com a educação dela e dos outros quatro filhos, Juliana, (35), Renato Jr., (44), Ricardo (50), e Paulo (52). “O Dia dos Pais deveria ser todo dia”, afirma ele, que acredita que o pai verdadeiro é aquele que educa, ensina, acompanha o filho. “Não adianta dizer ‘ah, no meu tempo’. O tempo é hoje, é hoje que tem que ensinar a seu filho o que ele vai ser”, explica Renato. Ele procura saber das novidades, para poder conversar com a filha, e fica apreensivo com o tempo que Lívian gasta no computador. “Isso é uma preocupação enorme. A mãe sempre diz que tem tempo pra tudo, não é ficar em joguinho, em Facebook, telefone. Mas nem precisa dizer, ela chega da escola, brinca com a gente, faz o dever de casa e aí que pega o computador”, se orgulha ele. E, quem diria, Renato se aventura no Facebook. “Estou tentando (ele cai na gargalhada), uma hora vou conseguir, confesso que está difícil acompanhar, mas não vou me entregar”, se diverte.

Privilegiada

Cinco filhos significam um grande aprendizado, segundo ele, que os observa e se sente realizado por serem pessoas boas, educados e trabalhadores. Mas não pode negar, Lívian nasceu em um momento mais tranquilo de sua carreira, foi privilegiada, conseguiu ter mais atenção do pai. “Quando a Livinha nasceu já estava até esquecido de como se cuidava. ‘Temporão, e agora?’, pensei. Mas não desaprendi, fui cuidar, fiz um pouco melhor, todos os que nasciam tentava fazer melhor”, revela. Com os mais velhos, ele tinha pouco tempo, fazia seis shows por semana com Os Trapalhões, gravava o programa semanal e ainda fazia dois longas-metragens por ano. “Era mais difícil chegar em casa e estar com todo mundo, saber como estavam, tinha que perguntar da semana e, hoje, pergunto como foi o dia. Ela foi mais privilegiada pela minha presença”, assume ele. A vida está mais calma, mas aposentadoria é uma coisa em que Renato não consegue pensar. “Não como carne vermelha, não como fritura, gordura, doces, ando na esteira quase todo dia, faço hidroginástica quando chega o verão, não paro. Meu corpo tem que acompanhar minha cabeça”, finaliza.