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Datas Especiais / Dia dos Namorados

'A primeira vez que amei foi com ela', diz Luciano Camargo sobre o casamento com sua Flávia Fonseca

Luciano Camargo e Flávia Fonseca abriram sua casa neste Dia dos Namorados para falar sobre a história do casal e mostrar seu dia-a-dia romântico

Camila Gomes Publicado em 11/06/2012, às 08h16 - Atualizado em 19/03/2020, às 13h26

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Luciano e sua mulher Flávia em momento romântica em sua casa em São Paulo - Marcela Beltrão; Produção: Carlinhos Duarte/ CHD Produções
Luciano e sua mulher Flávia em momento romântica em sua casa em São Paulo - Marcela Beltrão; Produção: Carlinhos Duarte/ CHD Produções

Luciano Camargo (39) não perde o romantismo com a mulher Flávia Fonseca (31), com quem tem 12 anos de relacionamento e quase 9 de casado. A arquiteta recebe uma orquídea todo dia 16 para comemorar o casamento, que foi em 16 de outubro, além de todo ano o sertanejo distrubuir pelo Brasil milhares de adesivos no formato de coração com a frase 'O ato de amar é eterno' no aniversário de casamento deles.

Apaixonado, o casal recebeu a CARAS Online em sua casa em São Paulo para falar sobre a história do seu amor, que se transformou em uma família com o nascimento das gêmeas Helena e Isabella (2). Luciano e Fau, como o cantor carinhosamente chama a amada, falaram sobre o início do namoro, o primeiro beijo e ele ainda revelou a transformação que teve que sofrer para conquistá-la. Veja!

- Como vocês se conheceram?
Flávia - Eu estava no show em Americana, interior de São Paulo, e odiava sertanejo com todas as minhas forças, mas passou o olhar do Luciano no telão e eu falei: ‘Que homem lindo!’. Aí minha amiga disse que ele era meu vizinho. Eu fiquei apaixonada e pensei ‘vou dar umas bitocas!’. Aí peguei o CD da minha mãe e fui pedir um autógrafo.

Luciano - E eu não dei um autógrafo, pedi o telefone dela e a gente começou a namorar. Engraçado que até o namoro engrenar, acho que demorou um pouco...

Flávia - Para mim não, né? Demorou para ele se tocar da seriedade do relacionamento... [risos]

- E como foi o primeiro beijo?
Luciano - A primeira música romântica que escutamos juntos foi Dou a Vida Por um Beijo. Eu a convidei para assistir a gravação e eu estava colocando voz nessa música. Levei a Fau pra uma sala vazia para dar nosso primeiro beijo e ninguém ficar olhando.

Flávia -Eu comecei a ficar desesperada, queria ir embora, mas a porta da saída já estava aberta e estava todo mundo me olhando ter um ataque histérico. Isso aconteceu porque tinha saído em uma revista naquela semana que ele levava as meninas para as cortinas do cinema... Aí, quando ele me levou para lá, vi as cortinas e achei que ele estava me confundindo com essas 'namoradas' e quis ir embora. Eu estava achando que atrás daquela porta já teria um esquema de uma cama, algo assim, então você imagina a situação [risos].

- A música marcou tanto que você até desenvolveu uma joia com o nome dela?
Flávia -Eu e a Talita, minha irmã, estamos nos organizando há um ano e criamos a marca Seraceni. Há seis meses estamos desenhando joias e eu estava ouvindo Dou a Vida Por um Beijo e desenvolvi um brinco com esse nome, que é uma orquídea, nosso símbolo. Tem uma flor e uma chuvinha de brilhantes azuis, canários e diamantes. É a nossa peça!

- E por que a orquídea?
Luciano - Eu sempre gostei de presenteá-la e um dia minha sogra falou que não se dá só presente material para a mulher. Eu fui pra casa pensando nisso e vi um documentário sobre orquídeas, que falava sobre o risco que os homens corriam para pegar as orquídeas no pântano e tentar fazer a reprodução dela em viveiros. Eles tiveram que se adaptar para poder ter essa flor e eu tive que me adaptar para conquistar a Fau. Eu acho que assim como ela mexe com joias, a mulher é como um diamante: ela vai se adaptando cada vez mais e o homem tem a chance de estar perto dela nessa lapidação. Eu estou me adaptando cada dia que passa, querendo ser um homem melhor para o dia em que a gente estiver bem velhinho, ela falar que eu sou o homem ideal para a vida dela. Eu acho que eu ainda não sou, mas quero melhorar cada vez mais.

- Por isso que você fez tantas surpresas pra ela?
Luciano -Sim, já fiz várias surpresas. A primeira vez que eu publiquei a nossa foto comemorando nosso aniversário de um ano de casado foi na CARAS! Todo ano eu distribuo mais de 100 mil adesivos no formato de um coração com a frase ‘O ato de amar é eterno’, todo dia 16 ela ganha uma orquídea, porque nos casamos em 16 de outubro. Tem muitas...

- Qual surpresa você mais gostou, Flávia?
Flávia - Em um de nossos aniversários ele alugou um castelo no sul da França e um balão para passearmos. Ele tem medo de altura, então estava super apreensivo. Quando a gente acordou e ele quis tomar um champanhe de manhã, eu achei estranho porque ele não bebe. Fomos de helicóptero até o castelo que ficava no meio de um jardim maravilhoso e começaram a encher um balão. Nunca achei que fosse ele, mas ele tinha sumido e fiquei uns 10 minutos procurando. Quando fui até o balão para perguntar para as pessoas se alguém tinha o visto, ele subiu de dentro da cestinha meio tonto e falou para eu pular.

Luciano - O balão era para ela, estava escrito em francês: ‘O amor está no ar'. Na descida, a gente quebrou a chaminé de uma casa e uma velhinha saiu correndo atrás do balão com um rolo de macarrão [risos]. Todo ano comemoramos de uma forma diferente, não importa se é grande ou surpresa.

- Como vocês fazem para manter o casamento vivo com a agenda de shows do Luciano?
Flávia - Quando é bate e volta, em vez de ele ficar na cidade para descansar, ele volta para ficar comigo. Quando são dois ou três dias, eu consigo viajar com ele. Mas com virada de tempo, por exemplo, as meninas adoecem, aí eu fico com elas. Se troca de babá eu também não tenho coragem e fico dois, três meses sem viajar.

Luciano - Antes de as meninas nascerem, a Fau viajava comigo 99,9 % dos shows, mas a gente tem que saber fazer a hora. A mulher já traz a coisa da maternidade desde quando nasce, o homem não tem essa coisa de sonhar em ser pai. Não posso tirar dela os momentos especiais com as meninas. Eu me sinto um romântico porque enfrento voo de madrugada e um monte de coisa para voltar logo para casa. Quando a gente ama, vale surpreender, sentir saudades, para não cair na rotina. A gente tem que fazer da rotina uma coisa maravilhosa.

- E o que vocês fazem para isso?
Luciano - A gente assiste filme, vai ao cinema... A gente tem que ter isso, senão vira aqueles casais que são marido e mulher e não namorados. Nós seremos eternamente namorados.

Flávia - A gente ama dançar! Dança em casa, no quarto, no banheiro, no chuveiro. Adoro dançar techno e ele aprendeu a dançar.

Luciano - No casamento da Wanessa nós fechamos a festa!

- O que mudou depois do nascimento das meninas?
Flávia - Mudou que a gente está dormindo menos, não batem mais na nossa porta pra entrar e às 8h da manhã fazem a gente acordar [risos].

Luciano - A gente tenta fazer do dia-a-dia das crianças a nossa diversão. Minhas filhas acham que eu sou um brinquedo, porque é sempre divertido. Não fica essa coisa de pai e mãe. Nossa vida amorosa não mudou, porque a gente faz do tempinho que a gente tem em casa e com as meninas uma grande diversão. Na verdade, nós dois vivemos numa casinha de brinquedo com as nossas filhas, depois das 19h a gente não atende mais o telefone e depois das 23h, acabou, nem celular, então a gente tem o nosso mundo e a gente se basta, a nossa rotina na verdade nem é rotina.

- Que conselhos vocês dariam para os jovens que estão apaixonados?
Luciano - Eu conheço pessoas que têm medo da paixão e do amor e acabam fugindo disso. Quando eu comecei a namorar a Fau, eu tinha muito medo de me apaixonar, tinha vindo de decepções e descobri que a primeira vez que amei foi com ela. Então, o que eu falo para a garotada é: se diverta bastante, mas a partir do momento que encontrar a pessoa que você ama, viva intensamente esse amor, não se repreenda, não é vergonha falar ‘eu te amo’. Não tem um recado que eu mande pra Fau que não termine com ‘beijos, eu te amo’.

Flávia - Acho que está muito banalizado o amor. As pessoas trocam o amor por uma paixão e cinco segundos de prazer, então não tem respeito, fidelidade, temor a Deus. O respeito é fundamental em uma relação. Ele fala que não, mas durante um ano do nosso namoro, eu amei pelos dois, porque o Luciano não tinha essa noção de família, de fidelidade. Eu lutei e investi nesse amor, poderia dar ou não certo, mas olha só, lá em cima em duas gordinhas que enchem ainda mais a nossa casa de amor.

Luciano - Eu aprendi a ser fiel com a Fau.

- Qual é a maior qualidade da Flávia?
Luciano - A Fau é muito correta em tudo. Quando a gente discute, eu já entro perdendo. Se a Fau tem algum defeito, as qualidades que ela tem, tanto fisicamente quanto como pessoa e como mãe, não deixam eu enxergar. E se um dia eu enxergar, vai ser tão pequeno que não vai atrapalhar.

- E o Luciano tem algum defeito?
Flávia - São defeitos bobos que não pesam na minha balança. Ele é bagunceiro, por exemplo, minha poltrona chaise maravilhosa de seda tem uma marca de toalha porque ele jogou e ficou, mas não importa, não sou neurótica se abaixou tampa da privada, essas coisas. A vida é tão curta para eu me apegar a essas besteiras, então, o que realmente seria um defeito seria falta de amor e falta de respeito, e isso, se ele tivesse, eu nem estaria mais falando aqui.