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Claudia Leitte: mãe e filha

Em entrevista exclusiva a CARAS Online, a cantora Claudia Leitte conta detalhes de sua relação com a mãe, dona Ilna, e como desempenha o principal papel de sua vida: mãe do pequeno Davi

<i>Por Kellen Rodrigues</i> Publicado em 05/05/2011, às 13h29 - Atualizado em 06/05/2011, às 11h53

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Claudia Leitte com a mãe, dona Ilna, e Davi - Thiago Teixeira / Divulgação
Claudia Leitte com a mãe, dona Ilna, e Davi - Thiago Teixeira / Divulgação
Em maio de 2009, o país acompanhou o drama da cantora Claudia Leitte com a doença do filho Davi, então com apenas três meses de vida, internado com meningite. E é desse momento de dificuldade - e superação - que ela guarda a recordação de seu primeiro Dia das Mães. "Almoçamos no hospital, e eu, que sempre apostei no amor, tive certeza de que não importa quem você é para o mundo, se há o amor da família e o amor de Deus, você tem tudo o que precisa sempre", conta. Dois anos depois, a cantora se prepara para ter uma comemoração bem mais animada, em sua casa, na Bahia, na companhia de toda a família. Em entrevista a CARAS Online, Claudia contou como é a relação com a mãe, dona Ilna, os valores que aprendeu com ela e como o apoio da mãe foi fundamental em sua carreira. "Eu ligo para minha mãe de madrugada e nós conversamos como se ainda fosse duas da tarde", revela. Contou também como desempenha o principal papel de sua vida: mãe do pequeno Davi - fruto do casamento com o empresário Marcio Pedreira -, mesmo com tantos compromissos na agenda. "Brigo para arrumar um tempinho para ficar com ele". Confira a entrevista completa!Como é a Claudia Leitte como filha? - Eu e minha mãe somos muito amigas. Na verdade, ela é minha melhor amiga. Confidenciamos coisas só nossas. Apesar de ter me casado, de ter meu filho, sou bastante presente na vida dos meus pais e sempre divido anseios, planos e problemas com eles. Minha mãe é uma guerreira admirável, divertida, sincera, e isso tudo nos torna mais próximas a cada dia, afinal quem não quer desfrutar da companhia de alguém assim, que nos inspira ser melhor? A mãe de meu amigo, Jaime Camil, Dona Cecília Da Gama, disse certa feita que se não fosse mãe dele, queria a honra de tê-lo no mínimo como amigo. Eu digo o mesmo sobre minha mãe. Você deu muito trabalho para a sua mãe? - Adolescente é sempre rebelde, acha que sabe tudo, tem idéias e posições intransigentes (risos). Tive aquela fase que bate o pé e diz que quer fazer tal coisa, mesmo com a negativa dos pais. Mas sempre tive o maior respeito por eles e por minha avó Nizuca então... Agora, posso dizer que fui uma adolescente tranquila, bacana (risos). Não dei muito trabalho, a não ser pela bagunça. Eu me encontrava em meio às calças e sapatos que se misturavam no meu armário. Uma vez, lembro que meu pai deu vários nós nas pernas das minhas calças jeans para que os desatasse e depois as dobrasse e as pusesse do jeito certo em meu guarda roupa. Era um castigo. Talvez isso tenha me ajudado. Tem alguma recordação especial da infância ou adolescência que envolva a sua mãe? Exemplo, um programa que faziam juntas? - Muitas. Nossa família sempre foi muito unida. Eles sempre quiseram o melhor para mim, queriam que eu concluísse a faculdade, tivesse uma formação superior. Minha mãe é professora, meu pai, administrador. Mas meu negócio sempre foi a música, desde menina essa era a minha vocação e acho que pelos 18 a 19 anos eles concluíram que meu sonho se tornaria minha profissão. E daí em diante, me deram todo o apoio e sempre estiveram ao meu lado. Certa feita, mainha escreveu numa carta: "você nasceu artista, nasceu pra cantar, eu só não a queria distante dos seus princípios, da sua família, eu tinha medo, mas ninguém pode mudar o que Deus planejou e eu confio em você". Eu devia ter uns 18 pra 19 anos nessa época. Francamente, acho que fui apoiada no momento certo. Já deu algum presente engraçado para ela no Dia das Mães? Qual foi a reação dela? - Não sei. Sempre fui de surpresas fofas. Apesar da intimidade com minha mãe, há um respeito enorme. Em dias especiais eu não faço tanta palhaçada como no dia a dia. Qual foi o Dia das Mães mais especial da sua vida? - O primeiro dia das mães com Davi e minha família. Davi estava recuperado da doença que teve. Marcio colocou nele uma camisa com a frase: "Eu amo a mamãe". Almoçamos no hospital, nos últimos dias de tratamento, e eu, que sempre apostei no amor, tive certeza de que não importa quem você é para o mundo, ou que bens possui, se há o amor da família e o amor de Deus, você tem tudo o que precisa sempre, em qualquer lugar. Como é a Claudia mãe? - Acho que uma nova mulher. Que reviu conceitos e se sente plenamente realizada. Desde menina construí sonhos como os de casar e ser mãe. Fazia parte das minhas brincadeiras e, na fase adulta, dos meus projetos de felicidade. Faço questão de cuidar de tudo do meu filho, quero lhe mostrar o que eu aprendi e, ainda que eu tenha pais maravilhosos para me darem apoio, faço questão de ser uma mãe participativa. Brigo para arrumar um tempinho para ficar com ele. Mesmo cansada encontro forças para rolar no chão ou assistir um filme. Sinto como se não houvesse ninguém no mundo capaz de fazer por Davi o que eu posso fazer. O que você aprendeu com sua mãe que procura passar ao seu filho? - Ser verdadeira. Sempre. Minha família é minha base, meu porto seguro, meu amor. Meus pais dedicaram suas vidas para nos educar, a mim e a meu irmão, sacrificando-se na maior parte do tempo. Eu ligo para minha mãe de madrugada e nós conversamos como se ainda fosse duas da tarde. Se algo bom acontece, independente da hora, são meu pai, minha mãe, meu marido e meu irmão, os primeiros a saberem. Quando algo não está legal, eu também corro pra eles. O melhor dessa relação é saber que sempre ouvirei a verdade. Como você define a maternidade? Mudou a sua vida? - Quando Davi nasceu, mudou absolutamente tudo. Minhas perspectivas, minhas prioridades. Tudo foi marcante demais, mas quando ele saiu de mim e foi trazido pelo médico para mamar no meu peito, foi incomparável a qualquer emoção que tive. O Davi já deu algum presente? - Ele me dá presentes todos os dias. Cada sorriso, cada brincadeira, cada carinho. E olha que procuro ser uma mãe normal, sem culpas pela ausência por conta do meu trabalho. Parto do seguinte princípio: ele tem uma mãe famosa, não pode evitar isso, mas eu posso impor limites para que ele faça suas próprias escolhas e, até, para sua própria segurança. Então, eu me imponho diante de determinadas situações e, graças a Deus, sou respeitada. Onde será o Dia das Mães neste ano? - Em casa, na Bahia, com a família toda e com Davi. Tem algum apelido, alguma brincadeira, algo que seja de vocês poderia contar pra gente? - Minha mãe me chama de "Audinha" quando faz um chamego especial, desde pequena. É sinal de que vou ganhar um colo. Adoro!