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De ‘Valente’ a ‘Monstros S.A.’: Teoria da Pixar explica como os filmes fazem parte de uma mesma história

O jornalista Jon Negroni surpreendeu os fãs de animação ao mostrar evidências que sugerem a conexão entre produções como Procurando Nemo, Toy Story e Wall-E. Conheça a teoria e se surpreenda!

Felipe Pinheiro Publicado em 16/07/2013, às 08h15 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Conheça a Teoria da Pixar e veja de que forma as animações estão conectadas! - Reprodução
Conheça a Teoria da Pixar e veja de que forma as animações estão conectadas! - Reprodução

Será possível que todos os personagens dos filmes da Pixar façam parte de um mesmo universo? Segundo o jornalista Jon Negroni, não só é possível como existem evidências que sugerem a conexão entre todos os filmes!

A partir de uma tese publicada em seu blog, Negroni explorou o que ele chama de "The Pixar Theory" (A Teoria da Pixar, em tradução livre). No estudo, ele investiga as “coincidências” que relacionam um filme ao outro – ou como ele prefere dizer, que agrupam todas as animações em uma mesma timeline.

O filme que conecta todos os demais em uma espécie de ciclo é Valente. Nesta produção, apresentada como o “cenário mais antigo” das animações da Pixar – pois se passa em um reino Escocês durante a Idade Média -, é explicado o porquê de animais se comportarem como humanos. O embate homens X animais e depois homens X máquinas estará presente em toda teoria.

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Graças à bruxa de Valente, os animais passaram por vários experimentos, se reproduziram e deram origem a uma enorme “população de animais de personalidade e inteligência própria”. A bruxa , por incrível que pareça, é segundo o autor “alguém que conhecemos de outro filme”. Entenda a teoria e descubra mais abaixo de quem se trata!

Teoria da Evolução

Ratatouille mostra exemplos de humanização desses animais, ainda que em condições menores e controladas. O jornalista lembra do interesse de Remy em cozinhar, o que representaria uma característica humana do rato.

É possível que Charles Muntz, de Up, tenha tido conhecimento do rumor dessa descoberta e por isso resolveu criar a coleira que traduz os pensamentos de seu cão. Essa inveção teria mostrado para Muntz que os “animais são mais espertos e até mais parecidos com humanos do que imaginávamos”.



Um dos sinais mais intrigantes da teoria de Negroni é a presença da empresa Buy-n-Large (BNL), pois ela é um dos elementos presentes em vários dos filmes. Segundo o blogueiro, esta seria a corporação que forçou Carl, de Up, a abandonar sua casa por conta de expansão industrial. “Qual corporação é culpada por poluir a Terra e terminar com a vida local em um futuro distante por excessos tecnológicos?”, indaga o jornalista, ao anunciar a narrativa de Wall-E.

Esta é a mesma empresa que controla o mundo em Wall-E, a qual, por sua vez, também surge em cenas de Toy Story 3 e em Procurando Nemo. É na aventura marinha que os homens passam a se armar contra os animais inteligentes, os quais se unem para resgatar o peixe palhaço. Dory é apresentada como um peixe que não atingiu um nível avançado de evolução, por isso a sua frequente perda de memória recente.

Em Os Incríveis aparece pela primeira vez um outro tipo de inteligência: a artificial. Buddy cria um robô assassino, mas o vilão acaba sendo manipulado por ele. O robô então destrói todos os heróis.Em determinado momento, o robô se rebela, o que indicaria o alto poder de organização das máquinas. É o início do domínio global das máquinas, que tem seu auge com a BNL.

Toy Story explica por que as máquinas se empenham em exterminar os humanos. Na animação, os brinquedos são descartados e acabam se rebelando.Assim como as máquinas, brinquedos são seres inanimados.

As máquinas, então, usam uma corporação para dominar a Terra, que se torna um lugar inabitável para os humanos. Por isso, as pessoas de todo o mundo se refugiam na na nave Axiom, de Wall-E. O filme mostra como os humanos são dependentes das máquinas, numa clara inversão de papéis.

Seguindo a linha cronológica, o filme Carros se passaria nesta nova condição de domínio das máquinas sobre a Terra. Não existem mais humanos ou animais. Os carros são os novos cidadãos, que viajam inclusive por conhecidos cartões postais.

O robozinho salvador de Wall-E é o responsável por trazer de volta a vida humana na Terra. No final do filme, é mostrado o sapado com a última planta do planeta, que cresce e se transforma na robusta árvore de Vida de Inseto, o qual serve como ponto de partida para o reinício da ocupação no planeta.

De volta ao passado?

Monstros S.A. está localizado em um período futuro na timeline de Negroni, no qual humanos estão extintos. Os monstros, no entanto, se conectam com os homens ao viajarem para o passado a fim de capturarem energia, mas a animosidade com a antiga raça dominante ainda é realidade. Os monstros seriam o último estágio de evolução dos animais.

A bruxa que viaja no tempo!

Ao final da exposição, a maior surpresa da teoria e que arremata todos os filmes no mesmo universo. Lembra da bruxa de Valente, cuja magia transforma a mãe de Merida em urso? Na verdade, ela é um personagem de outra animação... ela é a garotinha Boo, do Monstros S.A.!

Como? Ela descobre como viajar no tempo e chegar à cidade dos monstros. É aí que ela encontra o monstro azul Sully. Como ela aprende a viajar no tempo, vai até a Idade Média e  pega a mágica das chamas para conseguir reencontrar o amigo Sully. Em Valente existe um vestígio da passagem de Boo – lembram dessa imagem? É Sully!

A bruxa ainda tem a escultura de um caminhão, o que, segundo o blogueiro, só faz sentido se ela já tiver visto um. As portas de Valente, pelas quais a bruxa desaparece, são na realidade portais fabricados do mesmo material que as portas de Monstrons S.A.

Ao final da teoria, a conclusão: “o amor de Boo pelo Sully é o cerne do universo Pixar. O amor de pessoas diferentes, de idades diferentes e até de espéciais diferentes tentando encontrar formas de viver na Terra sem destruí-la somente pela ganância dos luxos energéticos”.