CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Quentin Tarantino revela como cria seus personagens: “Sou um escritor”

O famoso diretor diz que presta atenção nas histórias e experiências das pessoas

CARAS Digital Publicado em 11/05/2015, às 17h07 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Quentin Tarantino - Getty Images
Quentin Tarantino - Getty Images

Em entrevista a revista eletrônica The Talkso diretor Quentin Tarantino fala sobre a violência nos seus filmes. O diretor está prestes a estrear seu novo projeto, Os 8 Odiados,  

Julgando pelos seus filmes, tenho que perguntar: você é obcecado por pés femininos?
Se você pensar nos diretores que foram acusados de serem loucos por pés, como Alfred Hitchcock, Luis Buñuel e Samuel Fuller, creio que estou em boa companhia. E isso sugere que eles eram cineastas muito bons porque sabiam onde colocar sua câmera. Mas eu acho que pernas e traseiros ganham tempo igual em meus filmes.

Assim como a violência?
Na verdade, só estou contando minhas histórias e fazendo minhas coisas. Gosto de lidar com os gêneros e ficar dentro dos subgêneros. E os gêneros com os quais tenho lidado têm material sensacionalista, violento- são filmes de crimes, filmes de Kung fu, filmes de samurai, filmes de terror, filmes de perseguição de carro. Quando falamos de cinemacom emoção, esses gêneros param o coração porque são violentos. Gosto disso. Mas no caso de Jackie Brown, este não é um filme violento.

Qual a sua receita para escrever personagens tão vívidos?
Isso não é de maneira nenhuma uma resposta jocosa, mas eu sou um escritor. É o que faço. É o trabalho de um escritor não escrever apenas sobre si mesmo, mas olhar para o resto da humanidade e explorar isso - o jeito de falar de outras pessoas, as frases que eles usam. E minha cabeça é uma esponja. Escuto o que todo mundo diz, observo pequenos comportamentos idiossincráticos. As pessoas me contam uma piada e eu lembro dela. As pessoas me contam uma história interessante sobre suas vidas e eu lembro dela.

E se você não se lembra delas?
Então ela provavelmente não valia a pena. O fato é, está tudo lá. Nem que seja seis meses ou 15 anos depois, quando escrevo meus novos personagens, minha caneta é como uma antena, ela pega aquela informação e, de repente, aqueles personagens aparecem mais ou menos formados. Não escrevo seus diálogos, coloco eles para falar entre si.

Voltando para a violência, do que você pessoalmente tem medo?
Meu medo número um é provavelmente o único super medo que eu tenho. É uma dessas coisas irracionais: eu tenho medo de ratos.

Veja a entrevista completa no site.