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TENOR MASSIMO PUCCINI

A VOZ QUE ENCANTOU CLAUDIA CARDINALE NA TOSCANA

Redação Publicado em 27/11/2007, às 16h27

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À entrada do Castello Santa Maria Novella, na Itália, o tenor mediterrâneo, bisneto do compositor de ópera Giacomo Puccini, revela o sonho de se apresentar no Brasil.
À entrada do Castello Santa Maria Novella, na Itália, o tenor mediterrâneo, bisneto do compositor de ópera Giacomo Puccini, revela o sonho de se apresentar no Brasil.
por Marcia Villanova Dono de voz marcante, o tenor italiano Massimo Puccini (44) conquistou com sua simplicidade os convidados da 1a Temporada de CARAS no Castello Santa Maria Novella, na região italiana da Toscana, entre eles, a atriz italiana Claudia Cardinale (69). "Foi realmente uma bela oportunidade cantar no Castelo, porque neste momento eu precisava estar com essas pessoas tão amáveis. Vivo um período muito difícil, pois em junho deste ano morreu minha mãe", revela o tenor, que, desde então, vem dedicando à genitora todos os seus concertos da turnê Io Sono Io. "Ela era o meu ponto de referência. E sempre será", afirma Puccini. Bisneto do grande compositor toscano de ópera Giacomo Puccini (1858-1924) - autor do clássico Madame Butterfly -, Massimo é humilde ao admitir que precisaria viver muitas vidas para chegar aos pés do bisavô. "Eu me sacrifico por amor à musica, não porque sou um Puccini. Tive a grande sorte de ter esse dom, de conseguir expressar minhas emoções através das canções e assim alegrar a vida de quem me ouve." Famoso mundialmente por ter sido o primeiro tenor a se apresentar no altar da Basílica de São Pedro, no Vaticano - no qual interpretou sua composição Ave Maria Jubilaei -, ele vendeu mais de 10 milhões de cópias do CD de título homônimo à canção. "Em 2000, recebi a maravilhosa notícia de que cantaria para o papaJoão Paulo II. Quando compus a letra, não imaginava que um dia fosse mostrar a ele de perto a canção que lhe dediquei", conta o italiano, que se recorda com emoção da bênção recebida do papa na ocasião. "Lembro que ele me disse para continuar sendo sempre esta pessoa sorridente. João Paulo II era uma figura muito especial. Aquele encontro foi inesquecível", ressalta Massimo. Apesar da morte de sua mãe, 2007 também reservou momentos de felicidade ao tenor. Puccini conseguiu publicar seu livro, Anjos sem Asas, um enorme sucesso, com mais de 500 000 cópias vendidas. "Ver as pessoas lendo a obra para mim é muito importante porque os anjos sem asas são todas aquelas crianças que só precisam ter um pouco de esperança para acreditar que podem mudar o mundo por meio de seus sonhos. De alguma forma, procurei passar uma mensagem de apoio e solidariedade às crianças em dificuldades, maltratadas, vítimas de guerra, fome e que, apesar da pouca idade, já não acreditam que possuem asas para voar", explica. Admirador de tenores como Luciano Pavarotti (1935-2007) e José Carreras (60) - tendo participado do concerto José Carreras and Friends, em 1994 -, Puccini mostra ter se inspirado nos dois ídolos em suas interpretações, mas procura a versatilidade, cantando do pop ao lírico. "Sou um cantor do povo. Devemos soltar a voz com sinceridade e usar a música como forma de chegar aos corações das pessoas. Eu procuro ser flexível, pois assim posso atingir gente de todas as classes, raças e gostos", acredita o tenor, que sonha se apresentar no Brasil. "Eu espero que este sonho se realize logo. Trata-se de um país espetacular, admirável, multicultural. Cantar lá deve ser uma experiência única. Sem falar no calor humano que só os brasileiros sabem transmitir", afirma Massimo. Além de cantar no Brasil, outro projeto do tenor é resgatar a música do período do renascimento italiano em um CD. "Atualmente, os italianos estão fazendo somente canções de amor. Mas nós também queremos escutar boas músicas, como aquelas que fazia o meu bisavô", conta ele, referindo-se à corrente de ópera verista - que procurava tratar de temas realistas e mais trágicos, chegando ao melodrama puro -, que foi seguida pelo compositor Giacomo Puccini.