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Tatiana Issa: Um olhar de refinamento

Radicada na metrópole, ela revela seu cotidiano com reinvenções e arte

Redação Publicado em 24/11/2010, às 15h51 - Atualizado em 26/11/2010, às 14h14

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Tatiana na Grand Army Plaza, na Quinta Avenida. - FOTOS: João Passos/Brasil Fotop ress e Wander Rob erto /Inovafoto
Tatiana na Grand Army Plaza, na Quinta Avenida. - FOTOS: João Passos/Brasil Fotop ress e Wander Rob erto /Inovafoto
Na TV Globo, Tatiana Issa (36) tinha uma carreira estabelecida. Brilhou em minisséries como Hilda Furacão e em novelas como A Gata Comeu, Deus nos Acuda e O Fim do Mundo. Em 2002, disposta a explorar novos horizontes, veio passar um mês na casa do amigo Raphael Alvarez (36), radicado em New York há 18 anos. Desde então, a atriz só voltou ao Brasil a passeio, e conseguiu realmente dar uma grande guinada em sua vida. Apresentou o programa NY Underground, na Band, e abriu uma produtora, onde começou a trabalhar como diretora. O resultado mais palpável da mudança é o sucesso do documentário Dzi Croquettes, que fez em parceria com Raphael, sobre o grupo que revolucionou a cena teatral brasileira nos anos 70 e teve grande reconhecimento no exterior. E é justamente a paixão de Tatiana não só pelo cinema, mas pela vida cultural, que move seus passos em Manhattan. Mesmo em passeio pela Quinta Avenida, um dos templos do consumo na cidade, ela exerce seu olhar diferenciado. "Tenho muito carinho pelo prédio do Hotel Plaza porque serviu de locações para filmes que gosto muito, como North by Northeast, clássico de 1959 dirigido por Alfred Hitchcock, e Descalços no Parque, de Neil Simon", justificou. - Você está em New York há 8 anos, como foi a adaptação? - Desde criança, tenho vida de cigana, passei temporadas com meus pais na França, Itália, Alemanha, e sempre me adaptei bem. Falo seis idiomas, então não tenho problemas, rapidamente me sinto bem nos lugares. - O que mais a atrai em NY? - A riqueza cultural. São muitas possibilidades de exposição, eventos de arte, teatro, shows. Além disso, gosto da mistura de raças. É um pouco como se fosse o Brasil, com todo mundo convivendo junto nas ruas. E tem também a questão da segurança. Aqui não tem tanta paranoia e violência. Mas vejo a cidade de uma forma diferente. Como moro aqui, minha rotina inclui supermercado, ida ao banco para pagar contas, dentista, essa rotina mais burocrática de um típico morador. - E qual sua região preferida? - Gosto de Downtown, de ir a Tribeca, Soho, Village. - E seu programa favorito? - O lugar de que mais gosto e sempre frequento, aliás sou membro e estou lá quase todos os dias, é o MoMA, Museum of Modern Art. Sempre tem exposições novas e instalações. Também sou assídua da cinemateca deles, onde a programação é recheada de filmes clássicos e mostras de cinema europeu. Aliás, uma das maiores felicidades que tive em minha vida profissional foi a première Dzi Croquettes no MoMA. Foi uma emoção insana ver aquela cinemateca lotada para a exibição do meu filme. Era o mesmo lugar onde assisti a clássicos de Woody Allen, Martin Scorsese, Truffaut, Godard, Bunuel. Nosso filme, inclusive, lotou tanto que, além das duas sessões previstas inicialmente, acabaram por fazer uma terceira. - E que dicas costuma dar aos amigos que visitam a cidade? - Além do MoMA, indico o Guggenheim Museum e o Metropolitan, onde também podemos ver exposições incríveis. Também gosto da livraria Rizzolli. Lá, encontro belíssimos livros de arte e literatura em diversas línguas.