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Rosamaria Murtinho no Castelo de CARAS

No Castelo, Rosamaria Murtinho é exemplo da alegria de viver

Redação Publicado em 25/10/2011, às 12h06 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Com alto-astral em New York, estrela da novela global O Astro festeja o atual momento na profissão, enaltece a família e revela os segredos do seu bem-estar. - Victor Sokolowicz
Com alto-astral em New York, estrela da novela global O Astro festeja o atual momento na profissão, enaltece a família e revela os segredos do seu bem-estar. - Victor Sokolowicz

Mesmo em dias de descanso no Castelo de CARAS, em New York, os olhos de Rosamaria Murtinho (76) brilham quando fala da sua profissão. A atriz está eufórica ao completar 60 anos de carreira e ter a oportunidade de se reinventar em cena com a misteriosa tia Magda de O Astro, que terá seu último capítulo exibido nesta sexta-feira, 28. “Gosto de me desafiar como profissional, de arriscar. Voltei a não querer parar de trabalhar”, desabafou, após três anos longe das novelas – seu último folhetim foi Sete Pecados (2007). O triunfo da estrela vem sendo compartilhado e comemorado com o marido, o ator Mauro Mendonça (80). “Somos muito parceiros um do outro”, enfatizou ela, casada há 52 anos – eles têm três herdeiros, o diretor Mauro Mendonça Filho (44), Rodrigo Mendonça (47), que é ator, e o produtor musical João Paulo Mendonça (48).

Mesmo exaltando o que considera excelente momento profissional, Rosinha, como é carinhosamente chamada pelos mais íntimos, não esquece dos cuidados com o amado. “A relação é uma troca. Meu marido é muito cavalheiro comigo”, derreteu-se.

– Como foi a volta à TV?

– Um êxtase. Depois de anos fazendo a velha assanhada que dá em cima do garotão, ganhei um presente: vivi uma mulher velha, fraca e mal-amada. Não fui subestimada, e, sim, estimulada a criar novamente em cima de uma personagem. Desde a postura corporal ao olhar.

– Pensou em se aposentar?

– Fiquei com um vazio de uns tempos para cá. Uma sensação de que não tinha mais nada para fazer de bacana na TV. Agora me sinto diferente. Com o ânimo e o frescor de quem está começando. Só espero que isso continue. Caso contrário, como já trabalhei muito, pode ser a hora de ficar em uma cadeira de balanço contando histórias para os netos (Vitória, Anna Luiza, Pedro Lucas, Sofia e Januária) e mostrando as fotografias da vovó atuando.

– Será que conseguiria abrir mão dessa paixão?

– Não sei. Às vezes, param de escalar a gente. Isso é uma coisa bem difícil e que, infelizmente, não dá para impedir. Fico chateada com o preconceito de idade. Só quero poder fazer um bom papel. Acredito que isso seja o desejo natural de qualquer profissional que realmente gosta da sua arte.

– Por isso, tia Magda vai deixar saudades em você?

– Muitas, amei interpretá-la, fiz com gosto. Pensei em cada nuance dela. Realmente tive o prazer de voltar a atuar.

– Depois desse presente, pretende curtir sua família?

– Não quero parar. Em novembro, vou retomar a peça Sopros de Vida, com a Nathalia Timberg. Vamos rodar o país. Inclusive, temos nos encontrado na minha casa, no Rio, para bater o texto. Trocamos dicas de interpretação, uma delícia.

– E o marido, como fica?

– Estamos acostumados com a falta de rotina da profissão. Gostaria de arrumar um tempo e viajar com o Mauro. Mas ele diz que está com preguiça. (risos)

– Seus filhos são ligados ao meio artístico. Vê em algum dos seus netos a mesma aptidão?

– Também acho que seguirão o mesmo destino de alguma forma. Não forçamos nada, mas, antes de mais nada, quero mesmo é que eles sejam bastante felizes.

– No último dia 24, você completou 76 anos e mantém o mesmo corpo desde os 30, com 60kg em 1,65m. Qual é o segredo?

– Vestida, realmente continuo igualzinha. De fato, consegui manter a minha cintura, mas, sabe como é, sempre muda uma coisa ali outra aqui. Nem por isso faço ginástica. Na verdade, tenho dificuldade de engordar. Até queria pesar mais um quilo para ficar com o rosto um tanto mais cheinho. Mas se para isso tiver que ficar com barriga, é melhor continuar do jeito que estou. Acredito que o DNA ajude. Minha família, tanto por parte de pai quanto de mãe, é magra. Também continuo muito agitada. Faço várias coisas ao mesmo tempo. Acho que isso ajuda a queimar caloria.

– Não se cansa?

– Fico até um pouco com vergonha porque ainda tenho disposição. Não tive crise de velha, de modo algum. Quero que me deixem descansar só quando eu estiver em um caixão. (risos)