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Inabalável alegria da top Shirley Mallmann

No Castelo de Caras, a gaúcha Shirley Mallmann fala do drama vivido com o furacão Sandy e exalta a família

Redação Publicado em 13/11/2012, às 19h01 - Atualizado em 24/03/2020, às 14h57

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Garra e coragem são características tão marcantes quanto os traços delicados da bela loira.Em Tarrytown, ela celebra a vida e revela seus planos de adoção. - Fernando Lemos
Garra e coragem são características tão marcantes quanto os traços delicados da bela loira.Em Tarrytown, ela celebra a vida e revela seus planos de adoção. - Fernando Lemos

Em fevereiro de 1996, com menos de um ano de carreira, a gaúcha Shirley Mallmann (35) desembarcou na Big Apple para uma temporada curta de trabalho. Com o sucesso avassalador, meses se transformaram em anos e a top adotou os EUA como segunda pátria, onde vive feliz e realizada até hoje com o marido, o hair stylistZaiya Latt (41), e os herdeiros, Axil (10) e Ziggy (4). Há cerca de duas semanas, porém, a família foi surpreendida pelo furacão Sandy, que devastou parte da costa leste americana, atingindo principalmente os Estados de New Jersey e New York. Shirley, que mora na região dos Hamptons, exclusivo balneário nova-iorquino a duas horas e meia da metrópole, levou um grande susto. “A ordem do governo foi evacuar a cidade na noite anterior. Dois dias depois da passagem do Sandy, voltei para ver a casa, coisas flutuavam por todos os lados. Perdemos bens materiais, mas estamos bem e com saúde. O resto a gente recupera”, enfatiza ela. Garra e coragem são características tão marcantes em Shirley quanto a pele alva, os olhos azuis e a silhueta enxuta: 58kg em 1,80m. No Castelo de CARAS, a top falou sobre a carreira, os planos de aumentar o clã e a saudade do Brasil.

– Como vocês estão?

– Estamos bem e agradecemos muito o carinho das pessoas que se preocuparam conosco. Em um primeiro momento, foi bem complicado. Fui com os meninos para a casa de amigos e depois para a minha sogra. O Zaiya estava em L.A. a trabalho e não conseguia voltar, ficou angustiado. As aulas foram suspensas, não havia energia elétrica e nem aquecimento. Os postos não tinham gasolina, por duas vezes fiquei horas na fila e não consegui abastecer. Agora, as coisas estão voltando ao normal.

– Como achou forças para enfrentar toda a situação?

– A prioridade era o bem-estar dos meninos, não queria que eles ficassem assustados, traumatizados. Quando a gente estava saindo de casa, Axil veio com um porta-retrato dele bebê e disse: ‘Se alagar tudo, mamãe, pelo menos eu tenho essa foto’. Isso partiu o meu coração. Amamos este lugar, a praia faz parte do nosso estilo de vida. Sempre, claro, em primeiro lugar vem a família e eu jamais vou colocá-los em risco.

– Perderam muita coisa?

– O sistema de calefação da casa e quase tudo que estava na garagem. Aqui nos Estados Unidos, a gente usa a garagem não para os carros, mas para guardar coisas, bicicletas, brinquedos, pranchas, ferramentas, móveis do jardim... O Zaiya perdeu um armário cheio de perucas e acessórios para cabelo que ele usava em trabalhos especiais, coisas caras que ele foi comprando aos poucos.

– Como estão os planos para adotar uma menina?

– Há tempos falamos em ter um terceiro filho. Zaiya sempre diz que quer uma menina, mas engravidando não dá para garantir se vem mesmo uma garotinha, não é? (risos) Tenho uma prima que acabou de adotar, várias amigas também adotaram e, de uns tempos  para cá, a conversa foi ficando cada vez mais séria a respeito...

– Com 35 anos você segue trabalhando bastante...

– É engraçado, eu achei que ia parar faz tempo. E continuo aqui! Adoro o meu trabalho. Tenho 35 anos e a realidade do negócio vai mudando gradualmente. Posso até trabalhar, mas com coisas especiais. Ser seletiva não é ruim, as coisas foram mudando com os anos, os meus filhos são a minha prioridade atualmente.

– Você pensa em voltar a morar no Brasil?

– Esse é o meu sonho, voltar com a família inteira. Quando era criança, meu sonho não era viajar o mundo, eu queria ser uma mulher independente, fazer faculdade, ter a minha própria casa. Só pensava em viajar o mundo se eu pudesse dividir isso com alguém, o que não aconteceu, porque a carreira de modelo é muito solitária. Você conhece lugares incríveis, mas está sempre sozinha. Eu sempre senti muita falta da família, parte de mim não é completa longe da minha família, da minha cultura. Quero dar essa oportunidade aos meus filhos, de experimentar a cultura brasileira. Quero proporcionar uma visão diferente sobre o mundo para eles.