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Carlos Alberto Kirmayr fala da emoção de ser pai aos 62 anos

No Castelo de CARAS, com a mulher, Cecilia, treinador de tênis fala da experiência de ser pai na maturidade

Redação Publicado em 18/12/2012, às 22h08 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Em NY, com Max e a amada, o ex-tenista, que foi o no 1 do País por cinco anos, conta como a paixão
pelo esporte é fundamental até em sua vida familiar. - Jaime Borquez
Em NY, com Max e a amada, o ex-tenista, que foi o no 1 do País por cinco anos, conta como a paixão pelo esporte é fundamental até em sua vida familiar. - Jaime Borquez

Acostumado a viver grandes emoções, o ex-tenista Carlos Alberto Kirmayr (62) conta no Castelo de CARAS, em New York, que nada se compara à missão de ser pai após os 50 anos. A gravidez inesperada da executiva Cecilia Yoshizawa Kirmayr (51) trouxe um fôlego a mais em sua vida, já que passou a ter o delicioso desafi o de criar e educar Max (6). “É uma injeção de energia. Todos os dias recebo nova lição”, derrete-se ele, que tem também Natalie (28), do primeiro casamento. O “japinha” herdou as características físicas da mãe, exceto o cabelo loiro e a paixão pelo esporte, que vieram do pai. “Antes de aprender a andar, Max já brincava com a raquete”, lembra Cecilia, mãe ainda de Constance (23). Ao perceber a aptidão precoce, Kirmayr resolveu apostar no talento do garoto. “Já que começou a me pedir dicas de tênis, chegou a hora. Mas não vou acompanhá-lo o tempo todo. Max é muito teimoso. Precisa ser outra pessoa para ter relação mais ‘profissional’”, antecipou ele, que, durante cinco anos, foi o melhor tenista do Brasil, atingiu a 32ª posição no ranking da ATP e venceu monstros sagrados como Ivan Lendl (52) e John McEnroe (53).

– Queria ter um filho tenista?

Kirmayr – Nunca pensei nisso. Tenho outras preocupações, como saúde e educação. Não posso ter sonho ou expectativa. Mas, treinando  direito, Max tem chance.

– Fica apreensivo em colocá-lo tão cedo no mundo do es porte?

Kirmayr – Entendo que não é a hora de nada. Ele brinca de tudo, bola, raquete. Mas, como começou a me solicitar...

– O temperamento é forte...

Kirmayr – Sim. Com dois minutos de explicação, diz que sabe tudo. Por isso não me envolverei o tempo todo no treinamento.

– É muito difícil criar outro filho depois de 22 anos?

Kirmayr –Tudo muda. Com Natalie não fui tão presente. Minha vida era diferente, muitas ausências, viagens. Certas coisas só hoje percebo. Desde dar banho a conversar...

Cecilia – Max foi um ‘milagrinho’. Achava que era impossível, tomava remédio. Fiz ultrassom para saber se estava com nefrite (inflamação nos rins) e o médico viu um saco gestacional.

– Quem é mais firme com Max?

Cecilia – Kirmayr é mais forte nas orientações. Sou mais derretida. Pai e mãe mais velhos têm tolerância maior, são mais flexíveis, procuram resolver pela inteligência, pelo estímulo. Quando se é jovem, há ansiedade, insegurança. Max é soltinho, tem autonomia.

– Mas é mimado?

Kirmayr – Acho que não. E não quero que seja, mas tem coisas que faço, quero agradar.

– Como ficou a relação de vocês após o nascimento dele?

Kirmayr – Sou muito feliz por tudo o que aconteceu. Tive um encontro abençoado com Cecilia.

Cecilia – Continuamos com o mesmo ritmo. Viajamos muito juntos e separados, e incluímos Max em toda a programação.

– Cecilia, você é vice-presidente da IMX e gerencia carreiras de talentos como a do seu marido. É complicado trabalhar junto?

– Não é difícil. Como a gente se conheceu trabalhando, acho uma delícia. Respeitamos os nossos espaços. Nos damos muito bem.

Kirmayr – Temos muita sintonia. Começamos amigos, aprendemos a aceitar um ao outro. A admiração cresce a cada dia.

– Como se conheceram?

Cecilia – Comecei a fazer uma pesquisa sobre o tênis feminino brasileiro. Há 23 anos a gente não tem uma tenista entre as 100 melhores do mundo. Surgiu um grupo de empresários disposto a investir e fui procurar o maior técnico. A recomendação era o Kirmayr, que levou a Gabriela Sabatini a ganhar o US Open. Começamos a trabalhar em 2002. Primeiro veio o respeito, a admiração. Até que demoramos para engatar o namoro. Ambos estavam saindo de relações, e somente no fim de 2004 a gente resolveu ficar junto.

– Fazem planos para o futuro dessa família tão unida?

Kirmayr – Não imagino nada. (risos) Vivo um dia de cada vez.