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BRUNET EM SEU LONGO RECESSO AMOROSO

COM O FILHO, ELA CURTE SUA SOLIDÃO E RESISTE TRANQÜILA AO ASSÉDIO MASCULINO

Redação Publicado em 14/08/2008, às 15h58

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Em Bariloche, durante a temporada CARAS/NEVE, Luiza aprecia a paisagem e a beleza do animal.
Em Bariloche, durante a temporada CARAS/NEVE, Luiza aprecia a paisagem e a beleza do animal.
por Jackson Bezerra "Não almejo nem invejo a boca da Angelina Jolie nem o rosto da Jennifer Lopez ou a magreza da Gisele Bündchen. Olho no espelho e gosto do que vejo. Sei quem eu sou. Sou Luiza Brunet." A frase sai despretensiosa e rápida, muito rápida da boca de Luiza Brunet (46). E ela já emenda em outra. Não dá importância à força do que acaba de dizer. Verdadeira metralhadora verbal, a carioquíssima sul-mato-grossense às vezes parece nem se dar conta de quem é. Apenas parece. "Sei que meu nome é forte. Não me deslumbro, mas sei que é forte." E como! Quem conviveu com ela durante a temporada CARAS/Neve, em Bariloche, pôde sentir o valor de sua - bela - imagem, seja nos passeios pela cidade, seja no respeito que desperta nos próprios artistas que a acompanharam no evento. É uma unanimidade. E ainda por cima mãezona. Acompanhada do filho, Antônio (9), do casamento com Armando Fernandez (58), de quem está separada há quase um ano, Luiza, também mãe da modelo Yasmin (20), mostra-se incansável nos cuidados com o garoto. Sincera, na entrevista a seguir ela fala de amigos, desafetos, falta de sexo, alegrias e frustrações. - Luiza Brunet também tem frustrações? - Tenho, claro, como todo mundo. Uma delas foi a participação na novela Anjo Mau, em 1994. Não atuei bem e não agüentei as críticas. Desisti da carreira. Não tive forças, não encontrei apoio. - Nem em casa? - O Armando me dizia que eu tinha que melhorar, mas não me falava que eu 'podia' melhorar. - Você ainda pode tentar... - E eu quero. Hoje acho que as coisas estão mais fáceis. Os críticos ainda pegam pesado com alguns modelos que tentam a carreira de ator, mas na minha época o preconceito era bem maior. - O fim de seu casamento também é uma frustração? - Não acho. Ficamos quase 25 anos juntos e a verdade é que não estamos sentindo necessidade de voltar. Ficar sozinha é bom. Fazer o que quero, quando quero. Me sinto no direito de ser egoísta aos 46 anos, coisa que nunca fui. - Não sente vontade de conhecer alguém? - Por enquanto, não. Nem olho para o lado. Não tenho vontade nem quero me arriscar a ter uma pessoa me usando como holofote. Estou há um ano sem fazer sexo. - Não é muito tempo? - Me considero uma pessoa supersexualizada, mas agora estou em recesso (risos). - Já pensou em fazer análise? - Nunca. Sou muito mais eu mesma. Não me vejo resolvendo problemas com quem eu não conheço. Nunca cheguei ao ponto de estar tão ruim para precisar de terapia. Sempre fui otimista. - Desde os tempos de garota pobre de subúrbio do Rio? - Fui feliz naquela época também. Eu ia à praia com um biquíni pequenininho e passava pasta de dente no rosto para parecer pasta d'água. Esse era o meu luxo! - Como foi a transição para o luxo de verdade da moda? - Me casei cedo, com 16 anos (seu primeiro marido foi o engenheiro Gumercindo Brunet). Pouco depois comecei a carreira. Um amigo, o Luís Orlando, me levou a um estúdio para ver a (modelo) Rose di Primo, que era a sensação da época. O fotógrafo Nilton Ricardo fez um book comigo no mesmo dia. - Você entrou para alguma agência de modelos? - Passei pela Ford e pela Viva, na França, mas não gostei. Sempre tratei dos meus trabalhos. - Há vantagens e desvantagens na independência. Você não teve problemas com o empresário Humberto Saade, na Dijon? (Ela foi exclusiva da marca). - É verdade. Minha época na Dijon foi importante para mim. O Humberto é um estrategista, mas não me relaciono mais com ele. Eu tive um problema jurídico enorme. - Você cuida da carreira da Yasmin também? - Dou dicas, claro, digo para ela ficar atenta às oportunidades, mas a Yasmin quer carreira internacional, mora em Nova York e trabalha com uma boa agência. Ela está muito bem, se mantém sozinha. - Pena que ela não veio... - Não deu porque ela tinha um trabalho, mas o Antônio está se divertindo. É a primeira vez que ele vê neve. Isso é marcante para uma criança. Essa temporada não vai sair da memória dele. - Vai ficar na sua também? - Claro, foi a primeira vez que eu esquiei! Já fiz fotos com esquis na Suíça, por exemplo, mas nunca tinha me arriscado na pista. - O que mais te marcou? - Gosto de gente. Me emocionei em ver a (atriz) Ildi Silva tratando a mãe de 'mãinha'. Me encantei com o (apresentador) Celso Portioli, que é um paizão e uma figura muito engraçada. Nunca imaginei! E aprendi muito com o desprendimento da (apresentadora) Cynthia Benini, que, ao contrário de mim, não cerca a filha de cuidados exagerados. Adorei a turma. Fui feliz aqui em Bariloche.