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Carnaval com as crianças exige atenção redobrada na folia

Ana Paula de Andrade Publicado em 27/02/2014, às 16h31 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Crianças no Carnaval: riscos e cuidados - Shutterstock
Crianças no Carnaval: riscos e cuidados - Shutterstock

Passar o Carnaval com as crianças exige cuidados. Em clubes ou na rua, a ordem é estar sempre atento à segurança, alimentação, hidratação e bem-estar dos pequenos. Tomando-se os devidos cuidados, a folia é totalmente recomendada. “O Carnaval é interessante para a socialização, pois os pequenos estarão em contato com outras crianças, em um novo ambiente”, diz a psicóloga Juliana Mattoso Del Vigna. “Mas é preciso levar em conta se seu filho se sente bem nesse tipo de evento”, acrescenta. Confira dicas de alimentação e segurança para curtir o carnaval sem sustos:

Antes da festa, conversa e pulseirinha

Antes de saírem para o baile ou bloco de carnaval, explique para as crianças onde estão indo e os cuidados que devem ter. “No caso de crianças maiores, conversar é essencial para estabelecer regras”, diz a psicóloga Juliana Mattoso Del Vigna. Determine pontos de encontro para tomar lanche, beber água ou ir embora. E oriente seus filhos a não aceitarem bebidas ou alimentos de estranhos. “Outra dica é deixar um telefone de contato com elas, para que possam apresentar quando pedirem ajuda, caso se percam”, diz Rubens Linhares, assessor da São Paulo Turismo. Além de uma boa conversa explicando o que podem e não podem fazer, coloque sempre uma pulseirinha de identificação com nome da criança, nome dos pais e telefone.

Barulho

Música alta não é recomendada para crianças pequenas. Então é importante usar o bom senso. “Se a exposição ao som não ultrapassar duas horas, não há problema, desde que a criança não esteja gripada ou com dor de ouvido”, diz o otorrinolaringologista Fernando Pochini, do Hospital São Luiz. Segundo ele, o ideal é fazer uma audiometria antes de frequentar eventos desse tipo. “Se a criança já tiver uma perda auditiva, o problema pode ser agravado com a exposição ao som alto”, afirma. Vale lembrar: quanto mais alto o volume, menor a tolerância ao ruído e maior o prejuízo auditivo. Portanto, o médico recomenda que as crianças não fiquem próximas das caixas de som e que usem protetores auriculares de silicone, à venda nas farmácias.

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Aglomerações

Em ambientes com muitas pessoas reunidas, os pequenos devem ser monitorados o tempo todo para evitar que se percam ou se machuquem. E os pais devem levar em conta se o filho gosta de festas cheias de gente. “Se a criança ficar irritada, chorar e quiser ir embora, tente conversar para que entenda o motivo de tantas pessoas à sua volta e se sinta segura”, diz psicóloga Juliana Mattoso Del Vigna. Mas se perceber que seu filho não está aproveitando a festa, não insista em permanecer no local. Se a diversão vira desgaste, não é mais diversão. 

Alimentação e higiene

Antes da folia, as crianças devem ingerir alimentos leves e de fácil digestão, que dão energia para aproveitar o agito do Carnaval. Lembre-se que existem alimentos que se tornam mais perigosos no verão, como a maionese. O cardápio pode incluir macarrão, arroz ou batata. “Mas evite preparações gordurosas como batata frita, hambúrgueres e frituras em geral”, alerta a nutricionista Nelaine Cardoso. Durante a festa, hidratação é fundamental, então ofereça muita água. “E oriente as crianças a lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro para evitar contaminação”, diz Nelaine.

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E se a criança não gosta de Carnaval?

Criança também tem gostos e opiniões. Então, é importante conversar. Muitas escolas realizam bailes de Carnaval nessa época e costumam pedir que os alunos compareçamfantasiados. “É importante conversar com a criança para saber se ela quer ir fantasiada. Explique que alguns colegas estarão fantasiados e outros não, e que a decisão é dela”, diz a psicóloga Juliana Mattoso Del Vigna. Ela explica que esse tipo de atitude incentiva as crianças a elaborarem suas próprias opiniões e críticas. E se seu filho não quiser pular o Carnaval, nada de estresse: há outras opções para se divertir no feriado.

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Segurança

Antes de ir a bailes e a sambódromos, verifique a idade mínima permitida nesses locais. Nos sambódromos de São Paulo e do Rio, apenas maiores de cinco anos podem entrar. E até 16 anos, só é permitido ir acompanhado dos pais ou de um representante legal, apresentando documento de identidade. Nos blocos em Salvador, na Bahia, criança não entra: a idade mínima é de 18 anos ou 16 acompanhado por responsável. Nas ruas da capital baiana, as crianças receberão pulseirinhas de identificação distribuídas pelo Juizado da Infância e da Juventude. A assessoria da São Paulo Turismo informa que o Sambódromo de São Paulo possui um Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI), que monitora e soluciona as ocorrências. “Há 49 câmeras que monitoram todas as alas do  Sambódromo. Com base nessas imagens, acompanhadas em tempo real, é possível identificar ocorrências, como o caso de crianças perdidas”, diz Rubens Linhares, assessor da São Paulo Turismo. Além disso, a segurança do Sambódromo conta com mais de 2 mil pessoas, entre policiais, guardas civis e vigilantes particulares, que podem ser acionadas em caso de criança perdida. Nos desfiles de Carnaval nos bairros existem pontos de encontro ou locais de achados e perdidos, que não são específicos para o atendimento de crianças perdidas, mas também atendem esses casos. Além disso, em todos os eventos de rua do Carnaval atuam a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana, que podem ser acionadas.