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Big Brother / Eita!

Gilberto comenta beijo em Lucas Penteado e relação com Fiuk: ''Queria o corpo dele''

Em entrevista com o eliminado, Gilberto analisou alguns dos seus momentos na casa mais vigiada do Brasil

CARAS Digital Publicado em 03/05/2021, às 15h22 - Atualizado às 15h29

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Gilberto, último eliminado do BBB, fala de Lucas e Fiuk - Reprodução/Instagram
Gilberto, último eliminado do BBB, fala de Lucas e Fiuk - Reprodução/Instagram

Gil do Vigor deu adeus ao BBB21, mas com certeza marcou o público do reality global!

Após sair da casa mais vigiada do Brasil, o economista concedeu uma entrevista à Rede Globo e, falou sobre sua trajetória, seus aliados no jogo, sobre o beijo emLucas Penteado e sua relação com Fiuk.  Além da sua amizade com Sarah e Juliette,o querido G3, que acabou sendo desfeito no decorrer dos dias. 

Gilberto foi o último eliminado do BBB após disputar o paredão ao lado de Camilla de Lucas e Juliette. O economista foi eliminado com 50,87% dos votos e garantiu o quarto lugar do reality.

Confira:

Participar do BBB era um grande sonho. Como foi realizá-lo?

Eu tinha a ideia de que participar do BBB21 mudaria minha vida financeira. Mas participar do programa foi uma surpresa muito grata. Eu percebi que não se trata somente de uma transformação financeira ou social, é uma transformação do ser humano, é algo muito mais interno do que a gente consegue imaginar. Eu encontrei com todas as minhas personalidades em um momento único e precisei assumir aquilo e ser quem eu era, tanto nos meus aspectos positivos, quanto negativos. Eu descobri muitas coisas ruins, muitos lados que não eram tão legais e precisei refletir “caramba, isso não é bom, preciso trabalhar nisso”. Foi muito grandioso eu me encontrar, me aceitar. Descobri uma coragem em mim que eu não sabia. O BBB foi uma surpresa também em termos religiosos. Deus falou comigo no programa, que Ele me ama e me aceita da forma como eu sou. Eu entrei no reality e lá encontrei respostas muito pessoais que eu sempre procurei. A questão de me aceitar, de me entender e de me conhecer melhor... Isso, para mim, é muito significativo. Eu era fã do programa, sempre quis entrar, mas não tinha ideia da dimensão que ele teria na minha vida, independentemente se eu fosse querido, tivesse sucesso ou não. As mudanças internas no Gil do Vigor valeram todo o tempo que eu passei lá.

Como espectador, você é um grande especialista em BBB. Como participante, o que mais te surpreendeu no reality?

A gente tem a ideia de que o programa não tem mais tanta forma de mudar porque os recursos para as dinâmicas já teriam sido esgotados, achamos que virão dinâmicas fáceis de prever. E dentro do BBB eu percebi que não. A produção vai muito além de qualquer expectativa, por isso não tem como prever o que vai acontecer. Essa falta de capacidade que a gente tem de descobrir e adivinhar as coisas é o que deixa mais gostoso. A gente cria mil possibilidades, mas a única que não pensamos é a que acontece e, por acontecer de uma maneira tão inesperada, faz com que as coisas sejam reais. É muito orgânico, muito real, justamente porque a gente não consegue adivinhar; isso dá um gostinho maior. Podem existir 100 edições do ‘Big Brother Brasil’ e quem entrar, mesmo sendo fã, não estará preparado. Vai chegar lá e se deparar com um monte de coisas. Vai errar, vai acertar, porque não tem como saber de tudo. Tem que ter jogo de cintura. 

O Gil fã do BBB estaria orgulhoso de que parte da trajetória do Gil participante?

Das provas que eu venci, de ter me posicionado, de ter falado nos jogos da discórdia. Essa parte do Gil que vigorou, que ganhou provas, que foi do paredão para a liderança, da liderança para o paredão, que venceu prova de resistência. Eu acho que esse Gil deixaria o fã muito orgulhoso, porque eu não deixei de jogar. Errei, mas foi tentando viver o programa. Se eu tivesse assistindo, eu diria: “Que bom que ele está vivendo, que está falando”. Errando ou acertando eu estava lá para o jogo, e me orgulharia disso

Em sua opinião, o que fez você sair da final?

Eu acredito que passei por um período meio tenebroso, mas eu não me arrependo porque foi importante para eu me conhecer, me identificar. É muito estranho existir uma pessoa que, em três meses, não vai errar. A gente está acostumado a errar na nossa vida, a ficar confuso, a endoidecer mesmo. Eu acho que esse período que eu passei pirando foi o que me tirou a chance de chegar à final. Mas passar por isso humanizou ainda mais a minha participação, mostrou que a gente é assim mesmo: erra, pede desculpa, volta atrás, depois erra de novo. Nós somos seres humanos e vivemos em um mundo de constante progresso e mudança. Se for para acertar o tempo inteiro, ser perfeito, glória, aleluia, pega um altar, me coloca em cima e pronto. E não: eu sou humano, pé no chão, gente. Mesmo tendo perdido, eu não me arrependo porque acho que eu consegui me humanizar, me conhecer e me aproximar de quem eu era também através dos erros que eu tive no programa.

Com seu jeito explosivo, você protagonizou várias discussões dentro do BBB. Antes de entrar, imaginava tudo isso?

Eu imaginava sim, porque eu entrei disposto a isso; que me eliminem (risos). Não vou mentir que eu entrei com pé atrás com quem era Camarote porque, na minha vida, eu já tinha um receio com pessoas de nariz em pé. Eu já entrei com a neurose de que tinha que ter cuidado com famoso, porque, se viesse se achando, eu já ia dar um “baile”. Fui com esses dois pés atrás, mas tentando conhecer o povo. Eu sabia que eu ia entrar sem ter medo, ia falar na cara e quem não gostou, não gostou. O que eu não imaginei foi que os sentimentos lá seriam tão reais e que iriam me afetar tanto as brigas. As “cachorradas” que eu tive nesse sentido não me faziam bem. Era muito sentimento envolvido, algo muito louco. Sempre que eu explodia, me vinha uma sensação muito ruim depois, porque eu não queria passar do ponto. Mas eu sentia que eu passava, que eu estava muito desprotegido. Era um sentimento tão forte que, mesmo eu sendo fã do programa, eu cheguei a pensar em desistir algumas vezes. Isso mexia comigo: chegar ao ponto de querer sair por brigar com uma pessoa. Então, eu comecei a repensar algumas atitudes, a tentar me controlar mais, a entender que de fato havia neuroses na minha cabeça que explodiam. Aí eu comecei a pisar no freio.

Você foi um grande competidor, conquistou três lideranças e ganhou um anjo. Acha que isso te fez ir mais longe no jogo?

Com certeza, porque, se não, eu ia acabar batendo o recorde de paredões do Babu (risos). Fui para sete e escapei em um na Bate e Volta. Eu acredito que as lideranças ajudaram, até porque o paredão é muito estranho, você não sabe a configuração e o que o público está achando, e isso mexe muito com o nosso psicológico. Ir a mais paredões, em momentos errados, poderia fazer com que eu tivesse atitudes muito mais pesadas. Já era difícil conviver com pessoas diferentes, o paredão ainda trazia um sentimento de rejeição, que eu tentava afastar de mim. Então, eu ser líder e evitar mais paredões foi o que fez eu conseguir eu ir mais longe, porque evitou mais surtos e sentimento de rejeição. Isso afastava a possibilidade de eu ter atitudes das quais eu iria me arrepender depois.

Seu beijo com o Lucas marcou a temporada e foi bastante significativo para muita gente. Você vê futuro na relação ou foi só curtição?

Eu queria muito revê-lo, mas ainda preciso saber direito tudo o que aconteceu. Assim que eu saí, ouvi algumas coisas que me chocaram. Eu não sei como vai ser, mas quero sentar e conversar com ele para entender. Fiquei bem surpreso com algumas coisas.

A Sarah foi sua aliada desde o primeiro dia no confinamento. Como a saída dela te impactou?

Eu via a Sarah como uma grande irmã no jogo e na vida. A gente tinha nosso shipp, nossa hashtag e eu tinha um carinho enorme por ela. A grande questão foi que eu me sentia culpado por ela sair. Na minha vida, se eu faço algo, eu quero pagar pelo que fiz. Eu até falei para todo mundo que não queria receber imunidade de ninguém porque eu tinha que arcar com as consequências dos meus atos. Eu tive um sentimento de que a Sarah pagou pelas coisas que eu fiz; na minha cabeça, ela tinha saído por conta da situação com o Rodolffo. Me doeu demais a eliminação dela. Eu a amava e vê-la saindo por algo que eu pensava que havia feito me machucou muito. Mas eu segui, decidi ir em frente e ser feliz porque imaginava que seria eliminado na semana seguinte e precisava aproveitar o tempo que tinha. Então, eu fui vivendo cada dia como se fosse o último – isso foi muito importante para mim, foi a minha luz. Eu voltei àquele Gil do início, que era fã, que queria aproveitar. Saí daquela neurose de jogar igual a um desesperado. Se eu saísse com 99%, eu teria aproveitado.

Diferente da sua parceria com a Sarah, sua relação com Juliette teve altos e baixos. Como você enxerga essa amizade?

A Ju é uma querida, uma pessoa sensacional de quem eu gosto muito. A gente teve, sim, nossas situações. Eu sou aquela pessoa que pensa uma coisa, surta, cria ideias. Desde o primeiro dia, eu disse isso, que desde criança eu crio coisas na minha cabeça. A gente que vem de uma realidade mais dura, de muito preconceito, aprende a desconfiar das pessoas porque o tempo inteiro vê isso. Eu chegava em um lugar, olhava para o lado e via um olhar diferente. Talvez nem todos os momentos que eu percebi havia um preconceito contra mim, mas era a única coisa que eu conseguia enxergar. A minha vida por muito tempo era enxergar preconceito e maldade – aquilo me blindava. Quando eu entrei no BBB, a Ju era muito idêntica a mim e isso foi maravilhoso. Quando a gente se conectou, eu não conseguia ver nada de ruim nela, mas, em algum momento no jogo, eu comecei a ver muita coisa de muita gente. Fiquei surpreso e comecei a desconfiar, sim, da casa toda. Eu comecei a ver que ela tinha muitas características do Nordeste e era algo que me tocava muito. As pessoas me falavam que ela poderia estar usando isso porque sabia que era meu ponto fraco. Aí eu já começava a criar coisas na minha cabeça e tudo mais. Eu não me isento do meu julgamento com a Ju, mas tem toda uma questão por trás. Graças a Deus eu consegui pedir desculpas, me resolver com ela e seguir o meu jogo. Espero que sejamos amigos aqui fora.

A paixão pelo Fiuk foi real ou só amizade?

É tudo muito intenso, muito louco. Agora eu quero a amizade dele; lá dentro eu queria o corpo dele nu (risos). Aí a gente confunde isso com paixão. Não vou mentir para o Brasil que a verdade é essa. 

Quais são os amigos que fez no BBB e quer levar para a vida?

O João, a Camilla, a Sarah (amor da minha vida), o Fiuk e a Ju são amigos que quero levar daqui para frente. Também amo demais a Thaís. Tem a Pocah, com quem eu me conectei mais no final, e o Arthur –  inclusive descobri que existe o shipp #Gilthur. Que babado, estou chocado, Brasil! Todos eles são pessoas incríveis.

Qual cachorrada você mais gostou e de qual se arrepende?

Vivi tudo mesmo e não me arrependo. Os erros e os acertos construíram minha trajetória. Uma cachorrada que eu gostei muito foi a situação com o Rodolffo naquele jogo da discórdia. Eu disse que ia votar nele mesmo, que eu estava indignado, dei “baile” nele e “botei para torar”. Aquela foi boa porque eu não passei do ponto e consegui falar tudo com firmeza na hora da indicação.

Qual o maior aprendizado que tirou da sua participação?

Eu acredito que a gente pode confiar um pouco mais nas pessoas e ter a coragem de ser quem nós somos, não tem problema. A vida está aberta a nós vivermos de verdade e a gente não merece se privar para agradar alguém ou alguma coisa buscando ser aceito. A gente consegue ser aceito sendo quem nós somos. Essa é a maior lição que eu levo do ‘Big Brother Brasil’ para toda a minha vida.

Quem leva R$ 1,5 milhão? E quem você quer que seja o grande campeão? 
Acho que vai ser a Juliette, pelo que vi aqui fora. Eu torço pelo Fiuk, meu amado, gosto muito dele, é alguém muito especial, mas acho que a Ju vai ganhar. Os três finalistas são muito incríveis, têm suas trajetórias, sua importância. Me identifiquei com a Ju assim que ela chegou, vi meu Nordeste. Acho que ela leva e vai ser muito merecido.

Quais são seus planos agora? Vai mesmo para o PhD ou pretende continuar no Brasil, aproveitando a visibilidade do reality?

Eu sei que tenho que colher os frutos do BBB, mas o PhD é o meu sonho, é o meu planejamento, meu projeto. Se eu não for, eu vou estar mentindo para um desejo que eu sempre tive. Eu disse que sonhei, eu me vi tanto entrando no ‘Big Brother Brasil’, quanto chegando no meu PhD. Se eu não for, vou estar me traindo. Fui aceito em três universidade, sendo duas com bolsa. E já escolhi uma.

Após sua saída, Gilberto falou sobre a aceitação de sua mãe, Dona Jacira