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Psicóloga explica o que é transtorno bipolar, doença vivida por Demi Lovato

A profissional fala sobre a doença e como amenizar os sintomas; confira

Bruna Nastas Publicado em 23/03/2017, às 09h48

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Demi Lovato - Getty Images
Demi Lovato - Getty Images

No final de 2016, a cantora Demi Lovato falou em entrevista à 'People' sobre sua bipolaridade. "Se você conhece alguém que está lidando com isso ou se você mesmo está passando por isso, saiba que é possível viver bem. Sou a prova viva disso", disse na época.

Além dela, outros famosos como Jean-Claude Van Damme, Cássia Kis e Maurício Mattar também assumiram publicamente a doença.

A psicóloga Maíra Madeira explica que essa é uma doença sem cura, caracterizada pela alternância de humor, com momentos de euforia e outros de depressão, intercalando ainda com períodos de normalidade. "A pessoa apresenta episódios em que fica com o humor exaltado, ou eufórico, constituindo a fase maníaca e também pode apresentar episódios em que fica com o humor rebaixado, muito triste, melancólico, constituindo a fase depressiva".

Segundo ela, o trantorno costuma se manifestar na adolescência ou no início da vida adulta. "As causas podem envolver inúmeros fatores como desregulações nos neurotransmissores cerebrais ou neuroendócrina, alterações cerebrais, fatores genéticos onde a incidência do transtorno bipolar é bem maior em parentes de pessoa que tem o transtorno do que na população geral, e é mais alta quanto mais próximo o parentesco e maior ainda em se tratando de gêmeos idênticos; fatores psicossociais com acontecimentos na vida, entre outros".

A profissional diz que os familiares e amigos ajudam na identificação da doença. "Ao notar essas alterações em algum familiar deve-se tentar convencê-lo a aceitar ajuda, estimulando-a buscar tratamento adequado com equipe multidisciplinar (psiquiatra, neurologista e psicólogos), pois a intervenção precoce pode evitar recaídas".

O tratamento inclui acompanhamento psicológico, tratamento medicamentoso e orientação psicoeducacional. A terapia cognitivo-compornamental, por exemplo, é um dos que mostra resultados favoráveis. "A orientação psicoeducacional auxilia no esclarecimento sobre sintomas e causas para os pacientes e familiares, além dos riscos e quais atitudes tomar durante a depressão ou a mania, como se preparar para as recorrências, entre outras. Outra questão a ser aprendida é como lidar com uma nova crise, evitando decepção, frustração, desesperança, além de prevenir consequências prejudiciais que são fundamentais na recuperação", conclui.