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HIIT, treino intervalado de alta intensidade, é a nova febre nas academias e ajuda a emagrecer muito

Método é eficaz e ideal para quem não tem muita disponibilidade de tempo. Médico fala de seus benefícios e riscos; confira!

Luiza Camargo Publicado em 19/05/2016, às 11h20

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HIIT: tudo sobre o treino intervalado intenso - Shutterstock
HIIT: tudo sobre o treino intervalado intenso - Shutterstock

A nova tendência nas academias é o HIIT, treino intervalado de alta intensidade, que intercala segundos de esforço exaustivo com repouso ou diminuição de ritmo.  A eficiência do HIIT tem fundo cientificio, já que estudos recentes revelam que fazer exercícios intensos em tempos curtos é tão eficaz para manter a forma e saúde quanto o treino normal, o que acaba sendo uma grande vantagem para quem tem pouco tempo disponível. Eles geralmente é usado em exercícios aeróbicos e a perda calórica é muito maior que um treino leve que dure 1 hora , por exemplo.

Mas não é qualquer pessoa que pode aderir ao exercício “Por ser uma carga muito intensa, é preciso estar com a saúde em dia, já que o esforço vai exigir muito dos músculos, ossos e coração”, explica Sérgio Mauricio, ortopedista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício.

Em entrevista à CARAS Digital, o médico revelou quais são os principais cuidados antes e depois dos treinos, as lesões mais comuns e  as contraindicações do HIIT

Quais são os cuidados antes e depois dos treinos?
"Uma atenção especial deve ser dada à alimentação. Existe uma corrente que prega a prática de aeróbico em jejum, visando a maior perda calórica, o que sou particularmente contra. No HIIIT a demanda energética é muito intensa, devendo haver carboidratos disponíveis para sua produção, sendo o jejum contraindicado pelo risco de hipoglicemia. Outro ponto chave é a ingestão de aminoácidos essenciais e de cadeia ramificada, fundamentais para a manutenção da massa muscular. Apesar do HIIT ter menor liberação de cortisol, hormônio que quebra proteína para produção de energia, a baixa ingestão desses aminoácidos pode ocasionar perda de massa magra e até mesmo lesão muscular".

Quais aquecimentos devem ser feitos?
"O treino HIIT tem por característica uma curta duração e alta intensidade. Seja qual for a atividade que escolheu, os intervalos de aquecimento costumam variar de 5 a 10 minutos realizando o mesmo exercício que irá praticar no HIIT. Isso tem por objetivo preparar a musculatura específica para o exercício questão. É realizado então o treino, variando alta e moderada intensidade e ao fim é realizado um período de desaquecimento, em geral de 5 a 10 minutos também".

Quais são as lesões mais comuns no HIIT?
"O HIIT, apesar de ser muito praticado com a corrida, é um método de treinamento que pode ser realizado com qualquer atividade aeróbica, como bicicleta, natação ou até mesmo pulando corda. Dessa forma a as principais lesões irão variar com o esporte praticado. No entanto, alguns estudos tendem a apresentar uma menor taxa de lesões do que nos esportes de longa duração. Acredita-se que devido à musculatura não permanecer em fadiga por muito tempo e pela menor liberação de cortisol, hormônio que estimula a quebra de proteínas para produção de energia, esteja justificada a menor taxa de lesão. Uma atenção especial deve ser dada quando se combina a musculação com o HIIT. É fundamental que peça orientação ao seu treinador quanto a freqüência e quando incluí-lo nos treinos. Nesses casos, em geral é recomendado praticar 3 vezes na semana e em dias alternados com a musculação. Quando praticados no mesmo dia, usar um intervalo de 6h, para que seja evitada a perda de massa muscular".

 Quem não pode fazer esse tipo de exercício?
"Todos, sem exceção, devem fazer uma avaliação cardiovascular, realizando o teste de esforço quando indicado. Indivíduos portadores de doenças cardiovasculares devem optar por exercícios com menor solicitação. Apesar de estimularmos a prática de exercícios para portadores de doenças cardíacas, pelos benefícios comprovados, durante o intervalo de alta intensidade do HIIT é desejável que se mantenha o treino acima de 90% da capacidade cardiovascular, o que está contraindicado nesses indivíduos. Outros grupos de risco, que merecem um cuidado redobrado com visitas periódicas ao cardiologista (e não só o atestado médico de quando se matriculou na academia há anos atrás) são:
- hipertensos e diabéticos

-  colesterol elevado
- história familiar de infarto ou AVC
- fumantes e sedentários
- idosos
- obesos
- pacientes com dores articulares e tendinites"