CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Carol Sampaio conta que na adolescência mentia para ir em bailes na favela carioca

Em seu casa, a promoter, considerada a mais badalada e influente do Rio, revela sua curiosa história de vida

CARAS Publicado em 09/01/2014, às 16h05 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Carol Sampaio - César Alves; Beleza: Duh
Carol Sampaio - César Alves; Beleza: Duh

No início da adolescência, Carol Sampaio (31) saía de casa vestida por sua mãe como uma bonequinha para frequentar festas da elite carioca. Com a cumplicidade do motorista, não só trocava rendas e babados por short, camiseta e tênis, como mudava de rumo. Sem ela saber, seguia para favelas e comunidades, onde se divertia ao som do funk, na época visto como totalmente maldito. Considerada hoje a mais badalada e influente promoter do Rio, criadora do Baile da Favorita, que reúne multidões para ouvir o ritmo em todo o Brasil, Carol se diverte com a estripulia. Mas vai além. Vê aquele momento como chave para suas conquistas. “Sempre brinco que fiz uma Avenida Brasil antes do sucesso da novela. O negócio é incluir, juntar pessoas bem variadas”, ensina, em seu apartamento em Ipanema. Com a assinatura da arquiteta e decoradora Tatiana Scorzelli (31), a casa traduz o espírito inquieto, ousado e agregador da dona. “Queria um cantinho onde pudesse relaxar, me ‘jogar’, receber amigos e trabalhar. Quis trazer até um pouco do clima da noite para cá”, conta ela, que namora o jogador Rodrigo Alvim (30).

– A noite é mais que um trabalho para você?

– Sempre gostei, faço com amor. Era esportista, fui tricampeã brasileira de jiu-jítsu, joguei no time feminino de futebol do Flamengo, mas nunca deixei de ir para a noite. Saía porque gostava. Mas continuo apaixonada por esportes.

– Qual é a magia da noite?

– Me sinto realizada em ver os outros se divertindo. Sempre me preocupei em ajudar. Tenho prazer nisso.

– Qual é o segredo para criar uma boa festa?

– A música e o mix de pessoas. Penso em todos os processos, nos detalhes, em fazer diferente. Na Favorita, tem gente que vai e nem gosta de funk, mas se diverte.

– Como enfrentou o preconceito com o funk?

– É um ritmo em que é impossível ficar parado. A galera no morro se diverte. Não dava para comparar  a felicidade que encontrava com o pessoal do morro às de boates da Zona Sul. Funk faz dançar sem ser vulgar. Queria mostrar como é divertido. Mas, acima de tudo, sou festeira, gosto da música eletrônica ao samba. No meu último aniversário, reuni 2500 convidados e a lista de amigos que cantou sem cobrar cachê incluía Tony Garrido, Preta Gil, Sandra de SáMaria Gadú, Gabriel, o Pensador, Thiaguinho, Thiago Martins, Naldo, MC Marcinho e os grupos Jota Quest, Revelação, Sorriso Maroto e bateria da Grande Rio.

– E como faz tantos amigos?

– Circulo em todos os meios, esportes, festas, teatro, balé. Acho também que meus princípios ajudam a atrair: lealdade, transparência, fidelidade, sinceridade. E sou muito moleca, sempre agrego.

– Agrega mesmo quando precisa falar não?

– Quando se diz com sinceridade, é aceito. E não deixo de responder a ninguém. Mas, lógico, há quem não entenda. É difícil ouvir não. Ronaldo Nazário, por exemplo, ficou dois anos sem falar comigo por causa de um camarote do carnaval. Não consegui incluir sua lista de amigos. Mas já voltamos às boas.