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Crianças precisam ter contato com a literatura desde o primeiro ano de vida

Juliana Cazarine Publicado em 17/11/2014, às 11h36 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Crianças têm que ter contato com a literatura desde o primeiro ano de vida - Getty Images
Crianças têm que ter contato com a literatura desde o primeiro ano de vida - Getty Images

“Livros também são itens indispensáveis no enxoval de um bebê”, é o alerta de Christine Fontelles, diretora de educação e cultura do Ecofuturo, para quem tem ou planeja ter um filho. Criança que não tem contato com a leitura desde o primeiro ano de vida pode apresentar dificuldade de aprendizagem no início da vida escolar - e até se tornar um analfabeto funcional. De acordo com pesquisa do Instituto Paulo Montenegro em parceria com o Ibope e com a ONG Ação Educativa, somente 25% dos brasileiros de 15 a 64 anos consegue entender tudo o que lê, enquanto o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - aponta que 31,2% da população brasileira é analfabeta funcional e não possui capacidade de interpretação de texto. “Quem desenvolve o hábito de ler consegue transformar as informações com que se depara em conhecimento. Quem não lê chega à escola com vocabulário pequeno e apresenta uma condição menor de absorver informações”, diz.

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Saiba como transformar seu filho em um bom leitor:

- Leia em voz alta

Os pais são os responsáveis por estabelecer o primeiro contato do bebê com a literatura. “É comum as mães cantarem para os bebês, mas elas também podem ler. Lendo para o filho os pais tornam os livros objetos presentes na vida deles. A criança vai entender que aquilo que o adulto oferece permanentemente a ela é necessário para a sobrevivência humana”, garante Christine. Uma criança que já sabe falar também pode ‘brincar’ de contar ou até desenhar as histórias que já ouviu.

- Livro também é brinquedo

“A criança tem que enxergar o livro como uma ‘caixa mágica’, com a qual ela irá vivenciar uma série de experimentações. É importante que eles fiquem guardados com os brinquedos, para ela usar enquanto brinca”, avalia a diretora do Ecofuturo. Vale lembrar que os livros precisam estar de acordo com a idade da criança. “O papel é mais importante nos primeiros meses de vida porque o bebê precisa interagir com o livro sem estragá-lo durante o uso. Para bebês, por exemplo, existem livros de banho, que são de plástico. Outra boa opção são os livros pop-ups, com cenários saltados. Mas os tablets, que emitem os sons dos personagens, também são opções de plataforma de leitura”, recomenda.

- Dê o exemplo e leia na frente dos filhos

As crianças imitam o comportamento dos pais, que precisam dar o exemplo e interagir com livros, jornais e revistas na frente dos filhos. “Os pais têm de se adaptar a uma série de fatores para receber um bebê em casa. Eles podem, portanto, desenvolver o hábito de ler. Quem não gosta pode encarar a chegada de uma criança como uma oportunidade para praticar a leitura”, afirma Christine, que lança a comparação: “a criança jamais terá uma alimentação saudável se tiver fritura para o jantar todos os dias”, diz. 

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- Garanta o acesso das crianças aos livros

Para Christine, antes de matricular os filhos na escola, os pais precisam se certificar de que a criança também terá acesso à literatura durante o período letivo e uma biblioteca disponível. “Na escola pública ou privada, os pais têm que perguntar: ‘Qual será o contato do meu filho com os livros nas aulas?’, ‘A escola possui biblioteca?’”, sugere. Para garantir o acesso das crianças aos livros, os pais precisam fazer passeios frequentes à biblioteca e abastecer o acervo pessoal à medida que a criança cresce.