Cantor ressaltou que não brincaria com fatos da sua vida: “Em acordo com o que vivi, por ter sido condenado socialmente, sem ter sido julgado juridicamente”
CARAS Digital Publicado em 15/02/2019, às 08h24 - Atualizado às 10h33
O cantor Victor Chaves se pronunciou na noite desta quinta-feira, 14, sobre o recente vídeo divulgado em seu canal no YouTube, no qual ironiza a denúncia de agressão feita pela ex-mulher, Poliana Bagatini, e o término da dupla com o irmão, Léo.
“Trata-se de uma sátira. Algumas pessoas não reconheceram como uma sátira e isto é super-respeitável. Mas é um vídeo de cunho sátiro sim. Existe um ensejo muito sério, uma intenção muito séria. Não tem como ser uma brincadeira, pois eu não brincaria com fatos da minha vida. Não faria sentido”, explicou ele em nova publicação, que tem como objetivo “esclarecer alguns pontos que foram mal interpretados”.
No vídeo, em que o cantor conversava com si próprio, como se estivesse em uma entrevista, ele se passou por roteirista, diretor e ator. “Embora o nome seja meu e a imagem seja minha e eu também não seja ator, eu me propus a atuar os dois personagens”, comentou.
De acordo com Victor, o entrevistador está simbolicamente sem camisa, no sentido de representar um tipo de profissional da mídia que não veste a camisa da investigação, nem busca comprovar os fatos que publica. “Não só não veste como vende aquilo que bem entende que dá maior lucratividade e isto tem haver com quem vai comprar, que não questiona, não raciocina e acredita cegamente.”
Do outro lado está o entrevistado, bem-vestido e representando aqueles que não se posicionam nunca, que dão respostas desejáveis e esperadas, para que continuem sendo ovacionados de forma santificada.
Esses dois personagens começam a atuar, quando vem a primeira pergunta. “Quando ela vai da primeira palavra até a última, ela cai no ridículo. Não dá para misturar quinze chutes na barriga de alguém com futebol. Este cunho ridículo é motivo de riso da parte do entrevistado. Um riso quase doentio, que ultrapassa o ridículo”, contou.
A segunda pergunta questiona se Victor foi indiciado por vias de fato, que corresponde à agressão sem deixar marcas. Para explicar a menção, o cantor compara o ocorrido com uma situação de briga em um bar. “O entrevistador tropeça na palavra indiciado, pelo fato de ele ler pouco e não ter domínio sobre o assunto. Vou abrir um parêntese sobre contravenção, vias de fato. Eu respondo por vias de fato, fui indiciado por vias de fato e não sou um criminoso. Porque se você estiver num bar e tiver ali duas pessoas com o propósito de uma briga física, você se levanta e segura uma delas tentando dominá-la, para que ela não se atraque com a outra. Você cometeu vias de fato, talvez você tenha que responder por isto, até que se prove que a sua intenção no fundo era muito boa.”
Fim da dupla
“Parece que é difícil que uma dupla muito popular e de sucesso pare em comum acordo. Eu e o Léo paramos em comum acordo e estamos muito bem com isto. Foi uma atitude estudada, pensada, ensaiada e que levou tempo pra gente se organizar”, esclareceu Victor.
Ao final do vídeo, o cantor salienta que o objetivo da sátira foi o de provocar o público. “Mas provocar não é chamar para briga, e sim provocar o raciocínio lógico, a cognição, o questionamento, uma inteligência adormecida, uma indagação. Preocupado com a situação que estamos vivendo e em acordo com os fatos que vivi, por ter sido condenado socialmente, sem ter sido julgado juridicamente.”
Confira abaixo o vídeo na íntegra.
