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Atualidades / Postura diferente!

Taís Araújo sobre fama de 'metida': "Tive que levantar meu nariz ou seria atropelada"

A atriz Taís Araújo refletiu sobre racismo e relembrou uma situação que passou com um colega de trabalho

CARAS Digital Publicado em 02/08/2022, às 20h32

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Taís Araújo fala sobre fama de 'metida' - Reprodução/YouTube
Taís Araújo fala sobre fama de 'metida' - Reprodução/YouTube

Taís Araújo (43) participou do podcast Quem Pode, Pod, de Giovanna Ewbank (35) e Fernanda Paes Leme (39) e revelou que precisou mudar seu comportamento para lidar com o racismo. A atriz contou que ouviu muitas vezes comentários de que era metida e confessou que sua postura é proposital.

"Escuto isso, sei lá, desde que saí da maternidade. As pessoas falam 'nossa, que garota metida'. Desde sempre! Na minha infância e adolescência, fatalmente tive que levantar meu nariz ou seria atropelada. Eu fui criada num lugar muito branco e muito de elite. Se eu não me impusesse, seria atropelada por todo mundo e não estava a fim de ser atropelada por ninguém", afirmou.

Em seguida, Taís contou um caso de racismo que sofreu com um colega de trabalho. "Uma vez, um ator da Globo falou para mim: 'engraçado, eu não conheço nenhum negro bem-sucedido que não seja prepotente e arrogante'", relatou ela, sem citar nomes. Em seguida, a atriz explicou como respondeu: "Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Será que é você que não está acostumado a ver negros em lugares de poder e só entende negros em lugar de subserviência e se não for assim, acha que é prepotência?. Ele não teve resposta. Eu lembro muito bem. Estava trancada dentro de um carro com ele fazendo uma cena", recordou.

A artista ressaltou que suas atitudes é uma forma de preservar sua saúde e refletiu. "Se eu não boto limite nas pessoas quando acho que estão me atravessando, eu adoeço, mesmo. E as pessoas têm a tendência a atravessar a gente, todos nós. Se sinto que estou sendo desrespeitada, preciso botar limite na hora. Isso vem desde o Brasil colônia. Encarar uma população que foi sequestrada e escravizada com algum poder olhando para você no mesmo nível... você fala 'não, no meu subconsciente, no meu histórico, você tem que estar de cabeça baixa e dizer amém para tudo que eu falo, não pode levantar a voz'. Isso é uma questão que está na pele do brasileiro, correndo, tatuado. É um olhar que não está acostumado, mas vai ter que se acostumar", completou.

Confira a entrevista de Taís Araújo na íntegra: 

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