Yahima Torres, atriz cubana descoberta na periferia de Paris, é a protagonista do filme ‘Vênus Negra’, que será apresentado no Festival Varilux de Cinema Francês, que começa nesta quarta-feira, 8, em São Paulo, e quinta-feira, 9, no Rio de Janeiro
<i>por Augusto Pinheiro</i><br><br> Publicado em 08/06/2011, às 16h12 - Atualizado às 19h55
Bela, negra e cheia de força, Yahima Torres foi uma descoberta gloriosa para o diretor Abdellatif Kechiche, que a colocou como protagonista de seu pesado filme Vênus Negra, cuja estreia acontece durante o Festival Varilux de Cinema Francês, que teve início nesta quarta-feira, 8, em São Paulo. Na quinta-feira, 9, o evento de cinema abre no Rio de Janeiro.
Em entrevista a coletiva, a atriz cubana, que no longa-metragem vive uma mulher africana que é exposta como um 'animal' exótico na Paris do século 19, afirmou que participar desse projeto foi uma experiência muito intensa. "Era muito importante levar essa história para o cinema. As pessoas precisam saber como era a realidade naquela época", contou Yahima, que ainda relatou o clima no set de filmagens. "Apesar das cenas fortes e de nudez, sempre contei com o apoio do diretor, do elenco e de toda a equipe".
Esse é o primeiro filme da cubana, que foi descoberta na periferia de Paris. Para Vênus Negra, ela começou a fazer aulas de interpretação e teve que aprender africâner (língua da África do Sul). "Havia dias em que estávamos todos muitos cansados. Mas o diretor sempre me dizia: 'Você tem muita energia', e isso me deu força para seguir adiante", recordou a moça, que visita o Brasil pela primeira vez, cheia de expectativas. "Espero que o filme tenha a mesma recepção que teve em Cuba. Acabo de voltar de Havana (capital), e lá o longa teve êxito total."