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Vitaminas são essenciais, mas, em excesso, podem provocar doenças

Celso Cukier Publicado em 09/06/2008, às 11h38 - Atualizado em 18/08/2012, às 16h32

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Celso Cukier
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As vitaminas são indispensáveis ao crescimento e ao funcionamento dos órgãos humanos. Elas participam de todos os processos orgânicos. Há basicamente treze, divididas em dois grupos: as que se dissolvem em água e as que se dissolvem em gordura. As solúveis em água são as que integram o complexo B (B1, B2, B3, B6, B9, B12, ácido pantotênico e niacina), mais a C. As solúveis em gorduras, de seu lado, são as seguintes: A, D, E e K. Todas são igualmente fundamentais. As vitaminas não são produzidas pelo organismo e precisam ser adquiridas por meio da ingestão de alimentos como frutas, verduras, legumes, carnes e lacticínios. Por isso a alimentação balanceada se compõe de porções de cada um desses grupos de alimentos. As vitaminas hidrossolúveis não ficam estocadas em nosso corpo: precisam ser ingeridas, ainda que em pequenas doses, diariamente. As vitaminas lipossolúveis, ao contrário, ficam armazenadas em nosso organismo. Quem não se alimenta de maneira correta ou faz regime com restrição de produtos pode ficar carente em alguma delas e apresentar doenças. A vitamina C, por exemplo, adquirida sobretudo ao se consumir frutas e verduras, é essencial pois ajuda na absorção de ferro e na formação e manutenção das fibras colágenas, que sustentam as estruturas corpóreas. A carência em vitamina C deixa os tecidos mais frágeis, rompendo-se e causando hemorragias. É o principal sintoma do escorbuto, doença que no passado matou muita gente sobretudo no norte da Europa e da Ásia, onde frutas e verduras eram pouco consumidas principalmente nos meses frios. Já a vitamina B12, presente nas carnes, colabora para a formação das células do sangue (hemácias) e a multiplicação celular em geral. Quem não ingere vitamina B12 pode ter a formação de hemácias diminuída e apresentar anemia. Pessoas que ficam doentes por carências vitamínicas, claro, são instruídas a se alimentar com produtos que as contenham ou, nos casos mais graves, tratadas com a substância na forma de medicamentos. Mas as vitaminas ganham espaço em nossas farmácias, por influência norte-americana, na forma de pílulas. E muitas pessoas com fraqueza, cansaço, rendimento inadequado no trabalho e outras situações corriqueiras têm adquirido tais pílulas e consumido a seu bel prazer. Põem a saúde em risco sobretudo quando as consomem em grandes doses. A ingestão excessiva de vitamina A, por exemplo, pode danificar o fígado e levar à cirrose. E mais: pesquisas apuraram que, embora não se saiba por quê, fumantes que tomam muita vitamina A têm mais câncer de pulmão. Já doses diárias superiores a 1 grama de vitamina C apressam a formação de cálculo renal em pessoas predispostas. Os excessos de vitamina E, em moda como antioxidante, favorecem os sangramentos. Quem toma muita vitamina D pode ter absorção demasiada de cálcio, o que leva à calcificação das articulações e à deposição de cálcio nos vasos, com a formação de aterosclerose. E a vitamina K em excesso, enfim, interfere na coagulação sanguínea e favorece a formação de trombose. Como se vê, uma alimentação balanceada é a melhor forma de se ingerir vitaminas para o organismo se manter saudável. E não se deve tomar vitaminas em pílulas por conta própria. Diante de algum problema de saúde, consulte um médico nutrólogo. Só ele pode fazer uma avaliação adequada e indicar vitaminas na quantidade e na periodicidade corretas.