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VICTOR MEIRELLES

Redação Publicado em 19/06/2009, às 17h03 - Atualizado em 23/06/2009, às 14h44

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Primeira Missa no Brasil, óleo sobre tela (268 x 356 cm), 1860: fiel à carta de Caminha. Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro. - ACERVO MUSEU NACIONAL DE BELAS-ARTES/DIVULGAÇÃO
Primeira Missa no Brasil, óleo sobre tela (268 x 356 cm), 1860: fiel à carta de Caminha. Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro. - ACERVO MUSEU NACIONAL DE BELAS-ARTES/DIVULGAÇÃO
Importante pintor histórico brasileiro, Victor Meirelles (1832- 1903) é autor da conhecida tela Primeira Missa no Brasil, restaurada pelo Museu Nacional de Belas-Artes. Feita em Paris, a obra retrata a celebração tal qual descrita na carta de Caminha (1450?-1500) a dom Manuel (1469-1521). Formado pela Academia Imperial de Belas-Artes, Meirelles teve influência da escola neoclássica, marcada pela imitação perfeita da natureza, e de artistas italianos. "Sua pintura meticulosa, estruturada por um desenho que, rigoroso, se sobrepõe à cor, atesta as qualidades de pintor filiado ao romantismo purista italiano", escreveu Tadeu Chiarelli (52) em Arte Internacional Brasileira (Lemos Editorial), ao comentar a obra Batalha Naval do Riachuelo (1968). Mesmo sob críticas por não aderir às inovações da época e acusações de plagiar pintores franceses, o artista ficou famoso e produziu em torno de 100 pinturas históricas, retratos e panoramas urbanos. Só saiu de cena com a Proclamação da República, em 1889. Filho de comerciantes portugueses, Victor Meirelles de Lima (ao lado, em retrato de A. Pelliciari, 1915) nasceu em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis (SC). Ainda adolescente foi estudar na Academia Imperial de Belas-Artes, no Rio. Premiado com uma viagem, viveu de 1853 a 1861 entre Roma, Florença, Milão e Paris. Ao retornar, deu aulas na academia onde estudou. Pintou muito por encomenda da monarquia, o que o levou à decadência no começo da República. Morreu pobre, aos 71 anos, deixando um enteado e a mulher, Rosália, que o seguiu meses depois.SUA ÉPOCA Com ateliê no navio Brasil, Meirelles seguiu para a Guerra do Paraguai em 1868. A bordo, fez estudos para as telas Passagem do Humaitá e Batalha Naval do Riachuelo. A guerra, que havia começado em 1864, durou até 1870. O Brasil invadiu o Uruguai para conter ascensão de corrente que punha em risco a livre navegação pelo Rio da Prata. O Paraguai, em fase próspera, temeu ser invadido e atacou o Brasil, que o enfrentou com a ajuda da Argentina e do próprio Uruguai. Morreram cerca de 50000 brasileiros e 150000 paraguaios, além de uruguaios e argentinos. E o Paraguai mudou de rumo. Hoje é o país menos desenvolvido da região.