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VERA FISCHER EXIBE PELA PRIMEIRA VEZ SUAS TELAS

Redação Publicado em 20/10/2006, às 10h30

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A atriz, que pinta há três meses e já fez 80 quadros, abre o ateliê caseiro. â¬SA minha arte mistura surrealismo, dadaísmo e impressionismoâ¬, explica.
A atriz, que pinta há três meses e já fez 80 quadros, abre o ateliê caseiro. â¬SA minha arte mistura surrealismo, dadaísmo e impressionismoâ¬, explica.
por Bianca Portugal Às vésperas de completar 55 anos, no dia 27 de novembro, Vera Fischer descobriu uma nova faceta: a de pintora. "Minha arte é uma mistura de surrealismo, impressionismo e dadaísmo", define a atriz. Notívaga assumida, há três meses ela aproveita as madrugadas insones para criar telas tão coloridas como sua personalidade. "Não poderia fazer nada em tons pastel. Não sou assim. Sempre usei cores em minha vida", justifica Vera. Mas a atriz confessa que o tempo tem suavizado as nuances de sua vida. "Estou cada vez mais caseira. Me definiria hoje como um grande e bonito verde, que não é vibrante como o vermelho, nem apagado como o bege. Mas que ninguém se engane, o verde não é calmo. É muito forte", afirmou ela, que volta à TV na minissérie Amazônia, que vai ao ar em janeiro, e está em turnê com a peça Porcelana Fina. A pintura tem, inclusive, preenchido diferentes necessidades na vida de Vera, que de tão envolvida com as artes plásticas confessa não pensar mais em namorar. "Não encontro, não acho e, principalmente, não quero namorado. É claro que posso me apaixonar, porém não tenho pensado nisso. À noite, estou cheia de energia, mas pintando eu resolvo", disse a atriz, solteira há exatamente um ano, quando terminou o relacionamento de três meses com o ator Marcos Paulo (55). - Você não 'pinta mais o sete'? - Não. Tenho curtido programas light: cinemas, restaurantes e teatros. Não gosto mais de festas e boates. Perdi a vontade de badalar. - Nem no seu aniversário? - Vou fazer apenas uma reunião em casa. Festas exigem energia e não tenho mais para isso. - Por quê? Os 55 anos pesam? - Nunca tive crise de idade e jamais vou virar uma senhora. É questão de cabeça e a minha é infantil. Sempre terei esse jeito jovem. Vou usar minissaia para sempre. - Qual o balanço da sua vida? - Tive uma trajetória corajosa, curiosa e obreira. Trabalhei bastante, tenho meus filhos (Rafaela e Gabriel), meu sítio, minhas orquídeas... Sinto muito orgulho da minha vida. Só tenho boas lembranças e continuo inventando coisas, como pintar. - Mas não vai mais namorar? - Além de não querer, não háespaço na minha vida agora para isso. Estou viajando com a peça e fazendo Amazônia. - Como começou a pintar? - Um dia o Gabriel pediu tinta para pintar um quadro. Então pensei em fazer um também. Pintei um abstrato, bem diferente dos que faço hoje. - Em que sua arte é inspirada? - Depois do primeiro quadro, quis fazer mais. Precisava então achar um linha. Foi quando pensei em mulheres enquadradas. - Por que mulheres? - A plasticidade das mulheres me atrai. É como brincar de boneca. Tem cílio grande, boca colorida... Homem é rude. Não tem fantasia e pintar para mim é uma fantasia. - Você estudou artes plásticas? - Nunca. Minha experiência é a de observadora. Me inspiro em Miró, Picasso, Mondrian e Magritte. - Qual é a rotina de pintora? - À tarde, desenho a mulher e o fundo abstrato a lápis. Quando volto do teatro, tiro a maquiagem, tomo banho, janto e então vou pintar. Fico até umas 5h pintando. - Quantas telas já produziu? - A pintura virou um vício. Estou até tomado muito leite porque fico horas trabalhando com tinta a óleo. Faço uma tela por dia. Já fiz 80. Muito em breve todos verão uma exposição minha.Beleza:Ronald Pimentel.FOTOS: CADU PILOTTO