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Veja quais as cirurgias bariátricas que os obesos podem fazer no País

Redação Publicado em 11/09/2012, às 11h03 - Atualizado em 23/09/2012, às 05h55

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Sabe-se que a obesidade causa doenças como hipertensão arterial, irregularidade menstrual, incontinência urinária, diabetes, problemas cardiovasculares, artrite e artrose. As entidades de saúde vêm alertando sobre isso, mas, com as facilidades proporcionadas pela vida atual, levando sobretudo a uma alimentação errada e excessiva e ao sedentarismo, a chance de as pessoas mudarem seus hábitos e controlarem o peso é pequena. Isso só poderia ocorrer se se fizesse com a obesidade o que se fez com o tabagismo, buscando mudar os hábitos dentro da casa de cada família. Como ainda não se faz, a tendência é aumentar o número de pessoas com sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, há uma epidemia da doença. Metade da população de 25% dos países mais industrializados, por exemplo, tem sobrepeso. Também as crianças se tornam obesas. No Brasil, de outro lado, há mais indivíduos obesos do que com peso excessivamente baixo. 

Com isso, ganham mais importância ainda as cirurgias de redução do estômago. O conceito atual, aliás, é de que se intervenha antes que o obeso apresente as doenças citadas. Veja quais são as cirurgias aprovadas pelo Conselho Federal de Medicina e às quais pode recorrer no Brasil.

l Gastroplastia vertical com bandagem, ou cirurgia de Mason. Consiste em diminuir o tamanho do estômago por grampeamento. Era considerada muito boa nos anos 1980 e depois deixou de ser utilizada porque surgiu outra mais eficaz, a banda gástrica ajustável. Consiste na instalação de um anel de silicone inflável, ajustável, em torno do estômago para controlar seu esvaziamento e manter a saciedade por mais tempo. Desse modo, o paciente come menos e perde peso.

l Gastroplastia em “Y” de Roux, ou Bypass gástrico. É usada em 90% dos casos em todo o mundo, pelo fato de ser a mais segura e eficaz. Consiste em separar parte do estômago por grampeamento, para reduzir o espaço do alimento, e desviar a porção inicial do intestino, o que leva ao aumento dos hormônios que dão saciedade e, claro, diminuem a fome. O emagrecimento vem da menor ingestão de alimentos.

l Gastrectomia vertical. Consiste em transformar o estômago em um tubo com capacidade de 80 a 100 ml, eliminando a sua porção restante. Também é eficaz e faz o paciente perder peso diminuindo a produção da grelina, hormônio responsável pela fome.

l Cirurgias disabsortivas. Reduzem pouco o estômago, mas reduzem bastante a absorção de alimentos pelo intestino, podendo causar diarreias e distúrbios na absorção de nutrientes.

A gastroplastia em “Y” de Roux, como eu disse, é a cirurgia mais usada hoje. As outras três são indicadas apenas quando o paciente tem problemas que inviabilizam o uso dela. Mas as cirurgias são apenas o início do tratamento da obesidade. São importantes para as pessoas perderem peso, mas só uma mudança nos hábitos de vida lhes permitirá mantê-lo sob controle. Isso inclui reeducação alimentar e a prática de atividades físicas. Assim, é fundamental fazer a cirurgia em um centro de excelência, que dispõe de uma equipe multidisciplinar para ajudar o paciente também a prevenir alterações nutricionais ou emocionais, buscando melhorar sua saúde e sua qualidade de vida.