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Uma nova cirurgia revoluciona o tratamento das fraturas na coluna

Redação Publicado em 20/12/2011, às 13h07 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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A coluna vertebral é uma espécie de haste óssea flexível que se localiza na parte posterior e central do tronco. Ela vai da cabeça à bacia. É fundamental porque envolve e protege a medula espinhal e seus nervos. Constitui-se de 33 vértebras que se dividem em cinco grupos: sete na coluna cervical; 12 na dorsal; cinco na lombar; cinco soldadas entre si na sacral; e quatro, também soldadas entre si, na coccidiana. Infelizmente, as vértebras da coluna podem apresentar doenças e problemas, como fraturas.

A principal causa de fraturas de vértebras em jovens e adultos são os acidentes. Já a causa mais importante de tais fraturas em idosos é a osteoporose. Essa doença sistêmica, mais comum na população feminina, se caracteriza pelo enfraquecimento progressivo dos ossos. A principal causa de osteoporose na mulher é a queda na produção dos hormônios sexuais a partir da menopausa.

Portadores de osteoporose podem sofrer fraturas de vértebras em toda a coluna. São mais comuns, porém, na coluna torácica e na lombar, porque são as que mais suportam o peso do corpo. As fraturas podem resultar de quedas e, nas situações de osteoporose mais grave, até de atividades simples como caminhar, baixar-se e/ou levantar-se. Causam muita dor, pela deformidade vertebral (cifose) e/ou pelo esmagamento da vértebra, mas raramente provocam lesões medulares ou dos nervos. Portadores de osteoporose com suspeita de fraturas de vértebras têm de ser levados a um ortopedista ou a um neurocirurgião que seja especialista em cirurgia da coluna. Todas as fraturas de vértebras por osteoporose devem ser tratadas. O tratamento consiste no controle das dores com analgésicos, no uso de colete para proteger a coluna até que as fraturas se consolidem e repouso. Em geral não se faz cirurgia convencional nesse tipo de paciente porque seus ossos são fracos e não sustentam parafusos e hastes. Ela só é indicada em casos de instabilidade espinhal importante ou comprometimento neurológico.

Felizmente, ultimamente se vem usando com sucesso nos portadores de fraturas por insuficiência (do idoso) que não conseguem bons resultados ou têm efeitos colaterias graves no tratamento com remédios, ou não toleram o uso de colete, ou não podem fazer repouso por longos períodos duas cirurgias minimamente invasivas: a vertebroplastia e a cifoplastia. São feitas percutaneamente (sem cortes), por meio de cânulas, com as quais se injeta cimento medicinal na vértebra fraturada para fixá-la, aliviar a dor e reduzir a deformidade.

A vertebroplastia é usada em fraturas desde o meio dos anos 1990. É feita em ambulatório com anestesia geral. Proporciona bons resultados, mas tem o inconveniente de parte do cimento às vezes sair da vértebra, podendo causar embolia e/ou comprimir a medula espinhal.

Já a cifoplastia foi criada com base na vertebroplastia e representa uma grande evolução. É utilizada no Brasil desde 2006. Consiste em introduzir um balão na vértebra fraturada, inflá-lo para que restaure a altura do corpo vertebral e injetar cimento. Como se utiliza um cimento mais viscoso, o risco de extravasar para o canal vertebral ou causar embolia é bem menor. Também é feita com anestesia local e proporciona bons resultados. É fundamental que tanto a vertebroplastia quanto a cifoplastia sejam feitas sempre por profissionais experientes.