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Um jogo ensina os parceiros, com humor, como se agradar melhor

Alberto Lima Publicado em 02/03/2006, às 14h50

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O que é importante ao homem difere do que importa à mulher. Homens não são 'mulheres com defeitos'. O que é desejável para uma mulher não coincide com o almejado pelo homem. Mulheres não são 'homens com defeitos'. Como podem ambos, então, atender aos anseios recíprocos? É comum os parceiros olharem um para o outro a partir de uma auto-referência, sem se darem conta das diferenças entre os gêneros. Generalizam, supondo que seus interesses prioritários valem para todas as pessoas. Assim, por exemplo, um homem talvez goste do convívio com os amigos. Se a mulher não experimenta os mesmos sentimentos no contato com amigas, não entenderá por que o parceiro prefere um chopinho com um colega de trabalho a um jantar à luz de velas com ela. Ao preparar o clima romântico, entende que o faz por ele, como um gesto de amor, e fica irritada com o parceiro: "Troca o certo e bom pelo frugal e infatil." Um exemplo feminino, agora. Digamos que a mulher goste de sentir-se necessária na vida do marido. Inconsciente disso, o homem, que pressupõe ser sua obrigação fazer com que nada falte a ela, dispensa-a de conhecer suas dificuldades e conflitos. Resultado: em lugar de feliz e satisfeita, ele a vê ressentida. De fato, ela sente-se tratada como inútil, alguém que não tem com o que contribuir. "Queixa-se de barriga cheia, sempre insatisfeita, por mais que eu me esforce por fazê-la feliz", pode ele concluir. Assim, é difícil um homem sensibilizar-se com os desejos de uma mulher - e atendêlos, caso seja esse seu intento e sua possibilidade. O mesmo vale para a mulher. Nenhum deles adivinha o que agrada ao parceiro. Diante do desencontro, sugiro um jogo conjugal simpático, que ajuda a informar o desejável ao outro, e contorna as dificuldades relativas ao tema. Chama-se A Salva de Prata. Sabe aquela cestinha de prata com a qual a dama ou o valete de honra leva as alianças dos noivos até o altar? Aquela. O jogo funciona assim: recorte tiras horizontais de uma folha de papel rosa e de uma azul. Em cada tira azul, o homem escreve um desejo que gostaria de ver atendido pela esposa - pequeninos gestos com os quais ela não se ocupa, mas bem-vindos para ele. Por exemplo: "Espere por cinco minutos depois de eu ter chegado do trabalho, antes de me contar sobre qualquer problema com a empregada, as crianças, ou a máquina de lavar. Aí vou ouvir o que você tem a dizer com a maior atenção." Ou: "Ao menos por uma semana, deixe de verificar se cortei as unhas." Ou: "Traga um pratinho de queijo e uma latinha de cerveja, numa noite de quarta-feira, enquanto vejo o jogo na televisão. Sente-se comigo e veja com interesse, uma vez só." Nas tiras rosas, é a mulher quem escreve: "Olhe para os meus olhos por mais do que 10 segundos enquanto falo com você." Ou: "Dê um telefonema de surpresa, no meio de uma tarde, e diga coisas de amor para mim; convide para jantar fora, tomar um banho juntos." O conteúdo dos papeizinhos é mantido em segredo. Estarão dobrados na salva de prata. A cada dia, de manhã, os dois pegam um, na cor do parceiro, e nada falam. A tarefa consiste simplesmente em dispor-se a atender o desejo com boa vontade, amorosidade e espírito lúdico. Cada um terá a delicadeza de receber bem o atendimento ao seu desejo, sem qualquer alarido a respeito. Pode-se repetir o jogo ao terminarem as tiras, caso o tenham curtido. Divertida, a brincadeira é também amorosa e esclarecedora, além de ter a capacidade de operar verdadeiras transformações positivas no casal. Contribui para que homem e mulher passem a conhecer a realidade do gênero oposto e da pessoa com quem convivem, sem ter de se utilizar de suas referências pessoais. Preparem-se para um upgrade no casamento e... boa diversão.