UM GIRO PELO MUNDO DE GISELE BÜNDCHEN

por Luciana Marques A modelo mais bem paga do mundo, Gisele Bündchen (27), como sempre, deu um espetáculo à parte em seu sétimo desfile consecutivo pela Colcci, no Fashion Rio. Nem mesmo a inusitada passarela, circular e giratória, armada no Centro Cultural da Ação da Cidadania, assustou a top. Com a desenvoltura habitual, magnetizou a platéia. "É legal, diferente. Mas tem que pisar no local certo. Não quero ser a mala que cai", divertiu- se, no Copacabana Palace, horas antes da apresentação. Completamente à vontade, de short e blusa de alcinhas e coque no cabelo, ela mostrou-se segura também para falar sobre assuntos como aposentadoria. A modelo garantiu ainda não temer novos desafios e cobranças. "O medo paralisa as pessoas", assegura. Gisele também reafirmou o desejo de ter a própria família, apesar de manter a discrição sobre o namoro de cerca de um ano com o jogador de futebol americano Tom Brady (30). Mas abriu um grande sorriso ao receber três presentes da grife CARAS para sua cachorrinha, a yorkshireVida: Bolsa PET, Cama PET e Coleira DOG. "Ela vai se sentir! Como já tem 10 anos, cansa nas viagens longas, por isso não veio ao Brasil", contou a maior estrela do evento de moda, com cachê estimado em 350 000 euros - 1 milhão de reais - pelo desfile e a campanha da marca catarinense. - Como as modelos, a moda brasileira já chegou ao topo? - O Brasil está cada vez mais entrando no circuito mundial. O São Paulo Fashion Week foi importante, o Fashion Rio já faz parte do calendário. Nosso país tem uma moda específica, as roupas são leves. Em se tratando de biquíni e jeans, acho que o Brasil já é o número 1 quando se fala do mundo fashion. - Com 13 anos de carreira, já pensa em aposentadoria? - Minha vida é tão maravilhosa, não sei. Só quero continuar evoluindo e crescendo como ser humano. Se esta profissão vai ser o meio de eu continuar neste meu desenvolvimento, vou continuar. Mas tenho tantas paixões, adoro criança, arquitetura, floresta. - Encara qualquer desafio? - O medo paralisa as pessoas. É a última coisa na minha vida. - Mas sempre será cobrada. - Sim, mas a maioria das pessoas que me cobram está cobrando delas mesmas. De repente, elas não têm o tempo ou a opção de fazer o que faço, a pressão vem delas. O importante para mim é saber que estou dando o meu melhor. Então, realmente, a opinião dos outros não pode me interessar. - Está pronta para ser mãe? - Esse é um grande sonho. Mas a vida é como um rio. Tem que acontecer quando você sentir que está no lugar certo, com a pessoa certa. Uma família não depende só do que acredito, mas de duas pessoas decidirem que isso é algo que queiram juntas. Quando chegar a hora para mim e para a pessoa com quem eu achar que quero construir minha família, aí deve acontecer. - Que tipo de mãe será? - Vou dar ao meu filho o mesmo tipo de educação que eu tive. O mais importante é dar amor e passar valores, como os da família. - Mima muito a Eduarda, filha de sua irmã Raquel, de 1 ano? - Sou babona, ela é o anjo da família. São cinco tias, então, falo para as minhas irmãs: 'Vamos encomendar a cegonha aí' (risos). - O que a tira do sério? - Não suporto bagunça. O segredo da vida é ter organização, foco. Em minha casa, organizo tudo, sei onde encontrar cada coisa. E sou a rainha da faxina, adoro isso. Organização em pequenas coisas significa organização na vida. - Qual seu esporte preferido? - Sempre fui fã de vôlei e vou morrer sendo. É o único esporte que sei jogar bem. Também acho legal tênis, basquete e futebol. - E futebol americano? - Também gosto bastante, é muito legal (risos).