CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Troféu Raça Negra enaltece luta contra a desigualdade com presença de famosos

Autoridades e talentos de múltiplas áreas endossam tributo à causa na 9ª edição da tradicional láurea

Redação Publicado em 22/11/2011, às 16h00 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Michel Temer com Michele e Alyson, alunos da Faculdade Zumbi dos Palmares - Samuel Chaves
Michel Temer com Michele e Alyson, alunos da Faculdade Zumbi dos Palmares - Samuel Chaves

Exaltar aqueles que lutam contra o preconceito racial e a favor de um País mais igualitário é o lema do Troféu Raça Negra, criado em 2000 pela ONG Afrobras, Sociedade Afro-brasileira de Desenvolvimento Sociocultural, com apoio da Faculdade Zumbi dos Palmares. Em sua 9ª edição, o prêmio reuniu personalidades para, mais uma vez, destacar a nobre causa, na Sala São Paulo, na capital paulista. A bela pernambucana Lucy Ramos (29) não escondeu a alegria ao ser anunciada vencedora na categoria Melhor Atriz. “É possível desempenharmos grandes papéis de maneira incrível. Só precisamos de uma oportunidade”, diz ela, a Maria Cesária da global Cordel Encantado, encerrada em setembro. Já a estatueta de Melhor Ator foi para Micael Borges (22), de Rebelde, da Record, felicitado pelo colega de elenco Rocco Pitanga (31).

Na área jornalística, a premiada foi a competente Dulcineia Novaes (48), da Globo. “É um momento sublime, de consagração do meu trabalho”, enfatiza a repórter para a prefeita da cidade baiana de São Francisco do Conde, Rilza Valentim, primeira mulher negra a ocupar o posto no município, e para o governador de SP, Geraldo Alckmin (59), ambos homenageados. “O prêmio poderia se chamar Troféu Brasil, visto que a contribuição do negro por aqui é enorme”, afirma o vice-presidente da República, Michel Temer (71), que recebeu láurea de alunos da faculdade que apoia o evento. “Temos o compromisso de reduzir qualquer desigualdade que possa existir entre brancos e negros”, emenda o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (40), apoiado pelo ministro Carlos Ayres Britto (68), vice-presidente do Supremo Tribunal Federal.

Como já é tradição, a noite também homenageou um ícone da música, e o tributo, desta vez, foi ao talentoso Jair Rodrigues (72). “Tenho 52 anos de carreira e sempre recebi muito carinho. Não há dinheiro que pague isso. Os negros, muitas vezes, só precisam de uma oportunidade para mostrar seu talento. Se der isso, ninguém segura”, atesta o cantor, prestigiado pela amada, Claudine (59), e pelos herdeiros, os cantores Luciana Mello (32) e Jair Oliveira (36), com quem dividiu o microfone para entoar Um Filho Meu. “Fico feliz que reconheçam a trajetória do meu pai, um cara que mantém o bom humor e a vontade de trabalhar. Tenho orgulho de ser sua filha”, diz Luciana. “Foi emocionante, não só pela homenagem ao meu pai, mas também pela importância do prêmio”, fala Jair, eleito da atriz Tania Khalill (34), com quem tem Isabella (4) e Laura (8 meses). No ar em Fina Estampa, novela global das 9, Tânia foi a linda mestre de cerimônias ao lado de Hélio de La Peña (52). “É uma honra fazer parte da vida de Jair Rodrigues e um orgulho por minhas filhas terem herdado a bondade, o amor, o respeito e a generosidade desta família”, destaca a atriz. “Seguramente, esta noite eleva a autoestima da ‘negada’e dá visibilidade à luta por maior espaço da comunidade”, acrescenta o humorista, radiante com o retorno do programa Casseta & Planeta, em 2012. “Voltamos em abril na nova programação da Globo, animados e com novidades”, adianta ele.

No palco, além das premiações, o repertório musical inspirado em hits do homenageado animou os convidados. Elegantes, Thalma de Freitas (37) e Vanessa Jackson uniram as belas vozes para cantar Tristeza. O trio Negra Li (32), Rappin Hood (39) e Thulla Melo (44) foi responsável por embalar a plateia com o sucesso Deixa Isso pra Lá, enquanto Toni Garrido (44) interpretou Festa para Um Rei Negro. A noite ainda teve apresentações afinadas do grupo Quinteto em Branco e Preto, com participação de Jorge Aragão (62), além de Pedro Mariano (36) e Sandra de Sá (56). “Sinto-me parte da família do Jair. Amo esse cara. A homenagem é justa e merecida”, avalia Sandra.

Habituée do evento, Zezé Motta (67) ficou com a missão de entregar a estatueta à ministra da Cultura, Ana de Hollanda (63). “O Brasil é respeitado no mundo todo por sua cultura rica, colorida e alegre. Não o seria se não fosse a participação da raça negra”, pontua a política. “Esse é um momento de apoteose, no qual mostramos que estamos em sintonia com todos. Não é uma festa que segrega, mas que une”, avalia Thobiasda Vai-Vai (53). Coordenador da ONG Educafro, o frei David Santos (59) definiu a participação efetiva dos órgãos públicos na luta contra o racismo como fundamental. “O troféu e a cerimônia indicam uma virada que precisamos fazer, com maior presença dos negros em todas as áreas”, defende ele, premiado na categoria Institucional, assim como Andrés Sanchez (47), presidente do Corinthians, representando a torcida do Timão.

Acompanhado de sua agente, Cláudia Gutierrez (47), André Ramiro (30) era só sorrisos. “Estar aqui é contribuir para divulgar inúmeros profissionais e guerreiros que lutam pelo espaço do negro”, declara o ator, reconhecido internacionalmente após sua atuação no longa Tropa de Elite, no qual interpretava o policial Mathias. Anfitrião da noite, José Vicente (51) reafirmou a importância da iniciativa. “Fico feliz em saber que o prêmio dá visibilidade à causa”, conclui ele, presidente da ONG organizadora do evento e reitor da faculdade.