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Tratamento de asma permite que o portador leve uma vida normal

Clystenes Odyr Soares Silva Publicado em 19/04/2007, às 17h39

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Clystenes Odyr Soares Silva
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A asma é uma doença inflamatória crônica dos pulmões. Sua prevalência cresceu de 3% a 5% da população nos anos 1950 para 10% hoje. Ocorrem cerca de 350 000 internações por asma no país anualmente. A doença é a quarta causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde. Os fatores determinantes da elevada prevalência da asma incluem o aumento da industrialização e da poluição e a rapidez com que os vírus circulam atualmente pelo planeta. Os principais sintomas da asma são: falta de ar, chiado, aperto no peito e tosse. Ela pode iniciar-se em qualquer fase da vida. Mas em geral se considera asma só após os 2 anos de idade, pois os chiados são comuns nos pequeninos em associação com viroses, o que é chamado de "bebê chiador". Ainda não se descobriu a causa da asma. Mas sabe-se que se trata de um tipo de alergia. Os brônquios - canais pelos quais circula o ar -, em contato com pó, pêlos e odor de artigos de limpeza, por exemplo, reagem mal e se inflamam. Outros desencadeantes são: ar condicionado, mofo, corantes e conservantes contidos em alimentos industriais, perfumes, mudanças climáticas - geralmente na passagem do calor para o frio -, tintas e vernizes. Já em crianças é comum o surgimento de asma também após uma infecção pelo vírus sincicial respiratório. O cigarro e a poluição agravam muito a doença. A asma é determinada geneticamente, ou seja, portadores podem gerar filhos predispostos a desenvolvê-la. Quando não é tratada adequadamente, incomoda muito, transtornando a vida dos doentes. Também onera o setor de saúde, pelo fato de os levar freqüentemente aos serviços de emergência dos hospitais. O mais grave, porém, é que pode matar. Numa crise mais intensa, às vezes há a obstrução dos brônquios, com a conseqüente interrupção na circulação do ar, o que é chamado de asma asfixiante. Se a pessoa não é socorrida às pressas, às vezes tem insuficiência respiratória e vai a óbito. Morrem todo ano da doença no Brasil por volta de 2 600 pacientes. Quem tosse, tem chiados no peito e sente aperto nas vias respiratórias, com sensação de sufocamento, quando entra em contanto com alérgenos, claro, deve ir ou ser levado a um pneumologista. O diagnóstico é clínico e se baseia no surgimento de chiado no peito quando o paciente se expõe aos alérgenos respiratórios ou contrai uma virose (gripe ou resfriado). A espirmetria, exame que avalia o grau de obstrução dos brônquios e a resposta ao tratamento com broncodilatadores, é de fácil realização. Asma ainda não tem cura, mas pode ser controlada. A primeira providência é afastar de casa o que possa juntar poeira, como livros, tapetes e brinquedos de pelúcia. Também é fundamental não ter animais e evitar o contato com alérgenos. O tratamento emprega broncodilatadores e antiinflamatórios. Os broncodilatadores, que podem ser utilizados até nas "bombinhas", são eficazes e seguros, podendo reverter uma crise em minutos. Eles devem estar sempre ao alcance da mão do doente. Já a inflamação, que é o componente crônico da doença, pode ser tratada com antileucotrienos e corticóides, os medicamentos mais eficazes no controle da doença. A maioria dos pacientes consegue um controle adequado utilizando pequenas doses de corticóides inalatórios aspirados diretamente para os pulmões com praticamente nenhum efeito colateral. Isso representa uma grande conquista da Medicina, diminuindo o risco dos indesejados efeitos dos corticóides orais. Pneumologistas, aliás, têm uma visão bem otimista da asma. Portadores que fazem um controle ambiental adequado e usam corretamente a medicação podem levar uma vida praticamente normal.