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TOULOUSE-LAUTREC

Redação Publicado em 25/10/2007, às 16h00

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A Dança no Moulin Rouge, óleo s/tela (115,6 x 149,9 cm), 1890: retrato da belle époque. Philadelphia Museum, Philadelphia, EUA - ARQUIVO ALPHABETUM
A Dança no Moulin Rouge, óleo s/tela (115,6 x 149,9 cm), 1890: retrato da belle époque. Philadelphia Museum, Philadelphia, EUA - ARQUIVO ALPHABETUM
O pós-impressionista Toulouse-Lautrec (1864-1901) teve na noite parisiense sua maior inspiração. Retratou os personagens dos cabarés - dançarinas, prostitutas e boêmios, entre os quais se incluía - da excitante Paris da belle époque. Mostrou-os em telas e cartazes, suporte que elevou à categoria de arte. Para a crítica, porém, era um mero caricaturista. Avaliação equivocada. Vítima de uma doença óssea que lhe atrofiou as pernas, bem jovem ele já pintava, principalmente paisagens. Em Paris, sob influência das gravuras japonesas e de Degas (1834-1917), passou a captar momentos fugidios, sob ângulos inesperados e foco nas pessoas. Na curta carreira - morreu aos 36 anos -, produziu muito, mas sem a preocupação de vender. Até abandonou obras em casas que morou. Muitas foram destruídas.

Sua época

Sete anos depois do nascimento de Lautrec, o britânico Charles Darwin (1809-1882) chocaria o mundo com o livro A Descendência do Homem. Na obra, ele aplicava aos humanos o conceito de evolução, desenvolvido em A Origem das Espécies, de 1859, e sugeria haver ancestrais comuns para homens e macacos. Como o pai de Lautrec, Darwin casouse com uma prima. De seus dez filhos, três morreram e outros apresentaram doenças. Em seus livros, ele aventou a hipótese de tais fatos se deverem à consangüinidade.

O autor

Filho de um conde com uma prima, Henri-Marie- Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa nasceu num castelo, em Albi, perto de Paris. Esperava-se que, como todo nobre, se dedicasse às cavalgadas e caçadas, mas uma doença óssea e fraturas mal curadas nas duas pernas o deixaram deformado. Como as pernas não cresceram, ficou com 1,52 m de altura. Refugiou-se, então, na arte. Em Paris, adotou o bairro boêmio de Montmartre. Rodeado de artistas e de prostitutas, bebia muito. Morreu de sífilis e de efeitos do álcool nos braços da mãe, Adèle, aos 36 anos.