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Torben Grael explora paisagem mineira

Com sua Andrea e Marco, o iatista navega por trilhas em terra firme

Redação Publicado em 02/08/2011, às 16h23 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Maior medalhista olímpico do Brasil, Torben curte a mulher, Andrea, e o filho Marco entre uma tarefa e outra. - Júnia Garrido
Maior medalhista olímpico do Brasil, Torben curte a mulher, Andrea, e o filho Marco entre uma tarefa e outra. - Júnia Garrido

Em um belo dia de sol e calor no interior de Minas Gerais, a família Grael, liderada pelo renomado iatista Torben Grael (51), participou da quarta etapa do Mitsubishi Outdoor 2011, rali de estratégia que mescla percurso a carro com atividades físicas e tarefas culturais. Acostumado com a vida no mar, o clã trocou as aventuras nas águas pela exuberância da natureza de Sete Lagoas. “Gosto tanto do mar quanto da terra, os dois ambientes são muito interessantes. Lógico que somos todos ligados ao mar, mas sempre que podemos e temos a oportunidade de fazer programas como este, achamos superlegal. A família toda gosta de estar ao ar livre, em meio à natureza em geral”, conta Torben, maior medalhista brasileiro em Olimpíadas — são duas de ouro, duas de bronze e uma de prata —, ao lado da mulher, a veterinária Andrea Soffiatti Grael (47), e do primogênito, Marco (22). A caçula, Martine (20), está na China participando de competição de vela na classe 470.

A paisagem da Serra do Cipó, a 100km da capital Belo Horizonte, foi o palco das atividades. “Participei do rali de regularidade no ano passado e já tinha achado muito bacana. Este aqui é diferente, há tarefas que você tem de cumprir, como escalada, bicicleta e canoagem. Achei esta prova mais interessante, pudemos conhecer lugares lindos”, elogia o campeão. “Adoramos essa parte das atividades. Acho que isso nos chamou mais a atenção para vir para cá, pois gostamos dessa integração com a natureza”, emenda Andrea, encantada com a fauna e flora locais.

Com apoio da amada e do filho, Torben foi o primeiro a se aventurar e cruzou trajeto acidentado de bicicleta. “As provas são fáceis de executar, o esquema do rali é estratégia e não dificuldade nas atividades”, ensina ele. A tarefa seguinte também não apresentou nenhum desafio extra para o trio, muito pelo contrário. A bordo de uma canoa, eles navegaram pelo plácido Rio Cipó. “Na água é tranquilo para a gente”, brinca Marco, atualmente morando em Porto Alegre, RS, onde se prepara para tentar uma vaga nas Olimpíadas de Londres 2012 com seu companheiro da classe 49er, o velejador André Fonseca (33), o Bochecha. “Lá, estou fazendo uma campanha olímpica. Mas não resisti ao convite. Eu vim pela novidade, nunca tinha participado de um rali antes, então, achei que era uma boa oportunidade para experimentar e de estar perto dos meus pais”, completa Marco, que, fazendo jus ao seu DNA, tem se destacado entre os jovens talentos da vela nacional.

Extremamente ativos, Torben, Andrea e Marco pisaram no freio e pararam por um momento para contemplar e fotografar a linda Cachoeira Grande. “Curto isso de estar em meio à natureza, ainda mais junto do meu filho e do meu marido”, comenta Andrea, embevecida com a beleza do local. A calmaria, no entanto, durou pouco. A prova ainda guardava algumas surpresas, como caminhada morro acima e escalada. De alma esportiva, o trio não hesitou em escalar a rocha de aproximadamente 12 metros de altura. “Essa foi a parte que mais gostei”, diverte-se Marco. “Cada um tem mais aptidão para uma prova ou outra, mas todo mundo acaba se divertindo, curtindo a paisagem junto. Para mim, como atleta, é mais gostoso. Faço isso com prazer”, afirma Torben, empolgado.

Apesar de toda a aventura, a cumplicidade, união, sintonia e amizade do clã eram visíveis. “Essa era uma preocupação contínua da minha mãe. Ela sempre viajou muito com a gente desde pequenos para campeonatos e fez de tudo para que ficássemos mais perto do meu pai, que até hoje viaja muito por causa das competições. Estávamos sempre juntos e fazendo tudo de uma forma bem agradável. Isso foi uma coisa fundamental em nossa criação. Se você está bem com a família em casa e nos passeios, isso é o que faz um relacionamento ficar harmônico”, explica o jovem Marco. “Procuramos fazer programas em família quando não estamos velejando, isso é muito importante para a gente”, completa Andrea.