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SP R I N G - S U M M E R 2 0 0 7 ST. LAURENT

É proibido bater palmas

<img src="/imagens/2484/20080918120000_2484_thumbnail.jpg" border="0" alt="Regina Guerreiro" align="left"> Regina Guerreiro Publicado em 04/01/2007, às 12h07

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O xadrez toalha de bistrot do vestido-casaco que abre a coleção até me empolgou. A silhueta meio inflada lembra (de leve) o visu dos anos 80, ainda que o mood seja now. Depois, mais xadrezes, às vezes ampliados, quasequase exagerados. As jaquetas, um tanto"robustas", se alargam no sentido cintura, e saem - bem-casadas - com saias justas. Vestidinhos retos em black and white, coquetes, e very day by day, prometem promessas... Sabe como? Até aí tudo bem. Nossa! Que confusão. As chamadas "homenagens" a Yves Saint-Laurent (em verdade, uma parafernália duvidosa dos códigos do mestre que fazem parte dos arquivos da maison) pululam pra lá e pra cá, o tempo todo. Turbantes, saarianas , blusas debruadas, plastrons masculinos, caudas tipo saruel, smokings e por aí afora. Stefano Pilati (estilista da marca fazem dois anos já) tenta reinventar mas - aiaiai - acaba estragando shapes históricos e eternos que - sorry, querido Stefano - dispensam mesmo qualquer tipo de reinvenção. Vai daí que o smoking encolheu, a proporção do saruel é absurda, sem falar que os prints são horrorosos. Resultado: um verão como tantos outros, bobinho, que não muda mesmo o futuro da moda, nem o de ninguém. Enquanto o clima que domina as coleções dos modernos neste verão 2007 é futurista, Pilati chega apostando no romantismo quasequase campagne, com direito a aventais, "fichus", e mangas-presunto. Piegas também os vestidinhos de noite, com seus entremeios floridos, plissados embabadados. O melhor de tudo? A passarela perfumada coberta por violetas. E para combinar um modelito roxo-azulado, completamente recoberto de violetas de organza, recortadas uma a uma. Bonito, sim. Mas revolucionário, não não não. Parece que - que pena! - a moda vive um momento delicado. Meio perdida, se atira para todos os lados, feito um inseto enlouquecido. Mas, tadinha, se queima nos flashes rapidinho. E morre anônima, sem contar história nenhuma. FOTOS:MARCIO MADEIRA