Em entrevista no ‘De Frente Com Gabi’, ex-jogador Sócrates fala de seu atual estado de saúde e alerta os jovens sobre o alcoolismo
Redação Publicado em 26/10/2011, às 14h59 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43
O ex-jogadorSócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira (57), que esteve internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, entre agosto e setembro, para tratar uma hemorragia digestiva, compareceu aos estúdios do SBT para gravar entrevista no De Frente Com Gabi.
Durante o bate-papo com a apresentadora Marília Gabriela (63), o ídolo do Corinthians, cronista esportivo e pai de seis filhos conversou sobre sua carreira, sobre futebol, além de falar, principalmente, do seu recente estado de saúde, que o levou a perder um grande peso em pouquíssimo tempo. “Perdi 25 kg, mas já recuperei 5 kg”, disse. E ainda acrescentou detalhes sobre sua doença. ”Eu tenho cirrose em um pólo do fígado. A área que foi atingida diz respeito ao sistema circulatório, por isso tive hemorragias. Eu não tenho Hepatite B, nem C, foi um pouco de bebida, hipersensibilidade. Eu estou zerado”.
Sobre um possível transplante, o ex-jogador explicou. “A questão do transplante resolveria o problema, se houvesse um doador compatível”, disse.
Quanto ao problema de alcoolismo, Sócrates fez questão de alertar a aqueles que estão começando a fazer o consumo das bebidas. “Os jovens estão exagerando muito no álcool, antigamente era uma coisa mais lúdica. O álcool é extremamente perigoso, você não sabe o que ele pode causar no corpo”, destacou. “Eu não bebia todo dia, mas sempre gostei de uma companhia para uma cervejinha. Eu nunca fui de beber muito (quantidade). Eu bebia constantemente. Eu não sinto falta (de álcool), não tenho dependência química”, declarou.
Em um ato de humildade, ele revelou ter aprendido com os problemas que o álcool o casou. “É legal porque você aprende também. Nenhum médico sabe tudo”.
Ao falar dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014, o ex-jogador da Seleção Brasileira não mostrou muito otimismo e disse acreditar que o processo está sendo feito de uma forma incorreta. “Essa Copa do Mundo está muito mal ‘ajambrada’, muito mal organizada. Existe uma inversão de valores. Estamos construindo estádios e a maioria dos materiais não estão licitados. Para o Brasil seria muito melhor não ter a Copa do jeito como está sendo feito. É um produto privado e estão usando recursos estatais”, afirmou. “O sistema brasileiro é bastante corrupto. Se for mexer mesmo, não sobra muita gente. Nós temos vícios quase eternos na concepção de governo”, concluiu.
