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Se um investe mais que o outro, a relação perde o equilíbrio e desanda

Redação Publicado em 30/10/2012, às 13h54 - Atualizado em 17/11/2012, às 18h30

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Um dos pontos importantes para que o encontro entre duas pessoas dê certo, é a equidade da relação. Como numa gangorra de parque de diversões, se o peso émaior para um lado do que para o outro, a coisa trava.

Perde-se o equilíbrio e também a harmonia.  Não é incomum que um dos parceiros tome para si as rédeas do relacionamento, deixando o outro numa posição submissa. Só que uma relação de amor não pode se basear no jogo dominador/dominado. Para valer a pena, ela precisa ser simétrica, com poderes, direitos e deveres equivalentes, nunca desiguais.

Quando a vida a dois é construída em bases díspares, um dos parceiros (geralmente aquele que é dominado) acaba se entregando mais, doando mais afeto, abrindo mais espaço para o outro e, também, esperando mais. A relação se torna uma via de mão única, sem reciprocidade, sem trocas. E ainda que o sentimento seja intenso, não se sustentará se o peso pender só para um dos lados. É preciso haver esforço de ambas as partes. Voltando à imagem da gangorra, se um dos dois não dá impulso quando baixa ao chão, a brincadeira perde a graça do sobe e desce; um fica sempre em cima e o outro fica sempre embaixo.

No amor é igualzinho: precisa haver investimento dos dois envolvidos. Quando algo faltar a um deles, o outro deve estar ali, pronto para ajudar. É assim que se constrói uma história. Quando só um estica o braço e ampara, fica uma relação capenga e desleal. 

Um período muito difícil de qualquer história de amor é a aceitação da outra pessoa como ela é e não como se gostaria que fosse. Não é fácil, eu sei. E olha que estou falando de situações corriqueiras. Se é assim para qualquer casal, imagine numa relação que entra em desequilíbrio. Qualquer chuvinha vira um temporal.

O que fazer, então, você deve estar se perguntando. Tenho algumas sugestões:

1. Logo de cara, bem no começo do envolvimento, é importante que os dois se certifiquem de que ambos desejam — no mesmo nível — que a relação dê certo. Assim, a doação nunca pesará mais para um do que para o outro.

2. O casal deve atentar também para as diferenças entre as personalidades de um e de outro, diferenças essas que podem ser até ser decorrentes do gênero: o homem em geral é mais direto, objetivo; a mulher prefere as curvas que passam pela emoção. Se um ou outro não tem consciência a respeito dessas diferenças, isso pode criar um desequilíbrio. Nesse caso, um simples ajuste pode resolver o problema. Basta que o casal abra o jogo e converse sobre o que está, afinal, incomodando.

Desejar alguém e não ter a contrapartida na mesma medida traz sentimentos contraditórios e de rejeição. Uma relação precisa de envolvimento, porque quem não se envolve não se desenvolve. Por isso, a necessidade de se investir na equidade e de falar sobre isso, cara a cara, sempre que necessário, sem recorrer à velha desculpa de que o outro “é assim mesmo”. Quem tenta levar um relacionamento adiante achando que um dia ele ou ela vai começar a investir mais, por conta própria, sem ter sido alertado para a importância que essa atitude tem para a relação, pode um dia acordar percebendo que o amado ou a amada já se foi há muito tempo, mesmo estando fisicamente ali do lado.