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Diagnóstico de hepatite aumentou 57% em SP nos últimos cinco anos

Redação Publicado em 14/06/2011, às 17h25 - Atualizado em 19/06/2011, às 15h06

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Seções fixas - Saúde
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A mídia divulgou que, segundo o Ambulatório de Hepatites do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, nos últimos cinco anos aumentou cerca de 57% o número de diagnósticos de hepatite na cidade de São Paulo. Enquanto em 2004 houve 388 casos, em 2009 foram 609. O aumento deve-se ao fato de que, nos últimos anos, o Ministério da Sáude e os organismos do setor têm dado mais atenção à hepatite porque ela se tornou a principal doença do fígado no País, podendo se transformar em um grave problema de saúde pública nas próximas décadas. Pelo mesmo motivo, a imprensa tem abordado mais a doença e levado mais gente a procurar ajuda médica. As hepatites se caracterizam pela inflamação do fígado. Elas podem atingir qualquer pessoa. São causadas, entre outros faltores, pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas; por remédios, como anti-inflamatórios; por doenças hereditárias e autoimunes; e por vírus. As virais são as mais comuns, em especial os tipos A, B e C. l Hepatite A. É mais comum em crianças e adultos jovens. Contrai-se o vírus ao se ingerir líquidos e alimentos contaminados. Cerca de 1% dos portadores desenvolve a hepatite fulminante, que destrói rapidamente o fígado e pode matar. Salva-se quem faz transplante. Tem vacina, mas ainda não integra as campanhas oficiais. Esta doença é benigna e autolimitada na maioria dos casos. Em determinado momento, o organismo neutraliza a ação viral e a pessoa se cura. l Hepatite B. É mais comum no Brasil a partir da adolescência, quando se inicia a vida sexual. Contrai-se o vírus ao se ter contato com sangue de portadores e nas relações sexuais sem a proteção de camisinha ou, no caso dos usuários de drogas, ao compartilhar seringas. A grávida portadora pode transmiti-lo ao filho no parto. Tem vacina, que integra as campanhas oficiais. Para os que adoecem, existe tratamento eficaz com medicamentos. l Hepatite C. É mais comum no adulto de até 50 anos. Contrai-se o vírus também ao se ter contato com sangue de portadores, seja quando usuários de drogas compartilham seringas, seja nas transfusões sanguíneas e, embora menos comum, nas relações sexuais sem camisinha. A grávida pode transmiti-la ao filho. Não tem vacina. Tem cura, em boa parte dos casos, quando tratada com interferon peguilado e ribavirina. Existem duas formas de hepatite: aguda e crônica. A aguda pode apresentar sintomas como febre, mal-estar, vômitos, dores abdominais, desânimo, dores musculares e nas articulações e falta de apetite. Mas, infelizmente, na maioria das vezes a doença não produz sintomas durante décadas. Quando eles se manifestam - indisposição, cansaço, barriga-d'água, fezes moles, pretas e com odor típico e sangramento digestivo -, o fígado já foi destruído por cirrose ou pelo câncer. O ideal, naturalmente, é evitar o contágio, o que pode ser feito não se expondo às situações de risco. Também é possível evitar as hepatites A e B tomando as vacinas. Pessoas que suspeitem que possam ter sido contaminadas no passado ou já apresentam sintomas da doença, de outro lado, devem consultar um infectologista ou hepatologista para fazer o diagnóstico e se tratar.