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Como é uma época de conjuntivite, cuidado, não passe a mão nos olhos

por Leo Carvalho* Publicado em 11/04/2011, às 19h42 - Atualizado em 12/04/2011, às 14h38

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Como é uma época de conjuntivite, cuidado, não passe a mão nos olhos
Como é uma época de conjuntivite, cuidado, não passe a mão nos olhos
A mídia vem dando destaque ao fato de que há epidemia de conjuntivite em algumas regiões de São Paulo, como a capital, Guarujá, Ilhabela e São José dos Campos. O Estado contabilizou milhares de casos em fevereiro e março. Nesta época, vale destacar, há mesmo maior número de casos em todo o Brasil. Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste o globo ocular e, internamente, as pálpebras. Existem alguns tipos da doença: a infecciosa, causada por vírus, bactérias ou fungos; a alérgica, resultante de alérgenos diversos, sendo a poeira o mais comum; e a tóxica, mais frequentemente pelo uso inadequado de medicamentos. A epidemia atual no Estado de São Paulo é causada por um vírus. Qualquer pessoa pode apresentar conjuntivite várias vezes na vida. O vírus é contraído ao se ter contato com secreção dos olhos do doente. O período de incubação é de dois a quatro dias. Acordar com os olhos grudados, devido à inflamação e à consequente produção de fluidos, em geral é a primeira indicação da doença. Outros sintomas importantes são: vermelhidão nos olhos, coceira, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, fotofobia, desconforto e hemorragia na conjuntiva. Geralmente a doença se manifesta em um olho e pouco depois atinge o outro. A conjuntivite é autolimitada. Se o portador não consulta um médico e não se trata, mas também não se recontamina com a própria doença, por falta de higiene, em geral em sete a dez dias seu organismo reage, neutraliza a ação do microrganismo e se cura. Felizmente, é possível evitar a contaminação com algumas medidas básicas. Como você sabe que nesta época do ano aumenta o número de casos de conjuntivite no País, evite passar as mãos nos olhos, sobretudo ao usar e depois de usar os transportes públicos. Lave as mãos várias vezes ao dia com água e sabão. Se não puder fazer isso, higienize-as com álcool gel. Doentes, de outro lado, devem higienizar maçanetas de portas, torneiras, mesa e teclado do computador, embalagens de remédios, do álcool gel e de água mineral para não se recontaminarem. Também é importante usarem a toalha grande só no corpo e separarem uma pequena para o rosto. É importante, ainda, trocar diariamente a fronha do travesseiro e a toalha de rosto. Em uma epidemia, crianças com menos de 6 anos, pela incapacidade de entender a situação e manter a higiene, devem ficar em casa. Pessoas com sintomas precisam consultar um médico oftalmologista para identificar o tipo de conjuntivite, porque cada um deles tem tratamento distinto. Isso vale também para as crianças, pelo fato de que só o oftalmologista é capaz de diagnosticar corretamente o tipo da doença e indicar o tratamento específico. O diagnóstico é clínico. Comprova-se conjuntivite com um exame chamado biomicroscopia, que permite ver, por exemplo, características dos vasos e da conjuntiva e sinais de hemorragia. O tratamento é feito só com colírios de lágrima artificial, para dar mais conforto ao doente. Compressas com água ou soro fisiológico gelados também ajudam muito. Quando há contaminação por bactérias, o médico pode indicar antibiótico na forma de colírio. Durante o tratamento, a higiene é fundamental.