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Infarto agudo do miocárdio é sempre uma situação de emergência médica

por Fabio Augusto De Luca* Publicado em 31/01/2011, às 17h51 - Atualizado em 07/02/2011, às 16h53

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Infarto agudo do miocárdio é sempre uma situação de emergência médica
Infarto agudo do miocárdio é sempre uma situação de emergência médica
Milhões de pessoas morrem todos os anos no planeta de uma das doenças cardíacas mais importantes, o infarto agudo do miocárdio. Estima-se que nos Estados Unidos haja mais de 1,3 milhão de casos todo ano, com 500000 a 700000 mortes. No Brasil, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS), ocorrem mais de 300000 mortes por infarto anualmente. O infarto agudo do miocárdio ocorre quando há obstrução repentina das artérias coronárias, provocando a morte do músculo cardíaco por falta de oxigênio e nutrientes carreados através do sangue. Em caso de obstrução total das artérias, quase metade dos pacientes morre antes de chegar ao hospital. Destes, cerca de 60% morrem na primeira hora, mostrando a gravidade da doença e a necessidade de socorro rápido. O infarto agudo do miocárdio pode se manisfestar em homens e mulheres - nestas, ocorre especialmente a partir da menopausa. É mais comum dos 40 aos 70 anos. Os fatores de risco são: tabagismo, obesidade, colesterol elevado, diabetes, hipertensão arterial, sedentarismo, estresse e história familiar. A maioria dos fatores de risco prejudica a saúde do endotélio, que é a "parede" dos vasos sanguíneos. Quando o endotélio fica doente, possibilita a deposição de gordura (colesterol ruim, chamado LDL), que pode levar à obstrução das artérias coronárias e, consequentemente, à morte do miocárdio. Os sintomas do infarto são: dor intensa e duradoura no peito, suor frio, enjoos, vômitos, palidez na pele, tonturas e até desmaios. Mas é importante esclarecer que alguns pacientes não apresentam os sintomas mais frequentes. Às vezes não apresentam nem dor, ou a apresentam em outros locais, como braço esquerdo, boca do estômago e região do pescoço. Atualmente, os serviços de atendimento médico de emergência - como o Samu, que atende pelo telefone 192 - já utilizam medicamentos novos para desobstruir as artérias do paciente e salvar sua vida. Isso pode ser feito tanto em sua própria casa quanto a caminho do hospital. Quando isso não ocorre, por algum motivo, o hospital o faz, claro. Com o objetivo de capacitar médicos e enfermeiros para tais atendimentos no País, o Instituto do Coração (Incor), na capital paulista, por iniciativa do doutor Sérgio Timerman, criou o curso Treinamento Integrado em Medicina de Emergência (Time). O curso já treinou mais de 2000 profissionais para tratar de maneira correta e rápida o infarto. A demora e/ou o insucesso no tratamento pode levar o paciente a enfrentar complicações graves, como insuficiência cardíaca e arritmias. A desobstrução arterial pode ser feita também com angioplastia, procedimento hemodinâmico que é realizado em hospital. Os resultados são ótimos. Como se vê, é preciso cuidar do coração desde a infância. Faz-se isso adotando hábitos saudáveis, que consistem de uma alimentação balanceada e rica em frutas, legumes e verduras, prática de atividades físicas regularmente, controle da pressão e dos níveis de açúcar no sangue e acompanhamento médico. Nas crianças, começa com o pediatra e, na vida adulta, é feito pelo clínico geral e pelo cardiologista.