CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Saiba o que fazer para ajudar a salvar quem tem parada cardíaca

Fábio Augusto De Luca* Publicado em 30/05/2011, às 15h50 - Atualizado em 01/06/2011, às 03h36

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Saiba o que fazer para ajudar a salvar quem tem parada cardíaca
Saiba o que fazer para ajudar a salvar quem tem parada cardíaca
Parada cardíaca é a interrupção súbita e inesperada da circulação sanguínea e da respiração. Ela é comum. Estima-se que ocorram no planeta 30 casos por semana em cada grupo de 1 milhão de pessoas. Atinge homens e mulheres e é mais frequente após os 35 anos. As causas mais comuns em crianças são: asfixia, infecções e traumas, associados principalmente a acidentes domésticos. Já a principal causa de parada cardíaca não traumática em adolescentes, em especial atletas, é a miocardiopatia hipertrófica. Trata-se do aumento anormal do miocárdio, músculo do coração, que leva à arritmia e parada cardíaca. Deve-se ressaltar que os traumas, em especial por acidentes com automóvel, a intoxicação por medicamentos e drogas e o abuso em bebidas alcoólicas são comuns dos 15 aos 21 anos. Em adultos, a principal causa de parada cardíaca são as doenças cardiovasculares. O acidente vascular cerebral e o infarto agudo do miocárdio são responsáveis por cerca de 70% dos casos. Traumas, infecções, hipotermia, miocardiopatias e intoxicações também são causas importantes de parada cardíaca no adulto. Nos idosos, enfim, as causas do fenômeno são praticamente as mesmas dos adultos. Mas em geral o idoso é menos resistente e fica mais vulnerável em situações de desidratação, sangramento e infecção generalizada. O sintoma característico é perda da consciência. Deve-se, de início, buscar evidências de que a pessoa está mesmo inconsciente. Faz-se isso sacundindo seu ombro e chamando-a para que se manifeste. Caso não responda, vem o primeiro passo para salvar uma vida, que é pedir ajuda, ou seja, chamar um serviço de emergência, como o Samu (tel. 192). Quando se está em local com grande afluência de público, como campos de futebol e shoppings, deve-se solicitar que alguém traga um desfribilador. Hoje, no País, locais públicos são obrigados, por lei, a ter esse tipo de equipamento à disposição. Se o paciente não respira, qualquer pessoa que esteja no local deve iniciar o segundo passo, as compressões torácicas. Ela estende os braços sem dobrar os cotovelos. Põe uma mão sobre a outra, entrelaça os dedos e posiciona o terço inferior da palma da mão sobre o meio do peito do paciente. A manobra deve comprimir em 2 a 4 centímetros o tórax da vítima cerca de 100 vezes por minuto. Ao chegar o desfibrilador, colam-se as suas duas "pás" adesivas no peito do paciente. Elas fazem a "leitura" do coração e informam se deve dar um choque ou continuar com as compressões. E, assim que possível, a vítima deve ser levada ao hospital para receber outros tipos de socorro. A taxa de reversão de parada cardíaca na população em geral, sobretudo se o socorro é realizado por pessoas não treinadas, é baixa. Pesquisas norte-americanas e européias indicam que é de 5% a 12%, respectivamente. Se o socorro é feito por pessoas treinadas, constataram outras pesquisas norte-americanas, a taxa de reversão pode subir de 4% para 23%. A saída, portanto, é treinar mais pessoas, o que pode ser feito com o curso Suporte Básico de Vida (BLS), disponível hoje em todas as capitais do Brasil, e também colocar esse tipo de treinamento nas escolas.