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Técnica do balão é alternativa para quem precisa ou quer perder peso

por Luiz Eduardo Rossi Campedelli* Publicado em 01/03/2010, às 13h29 - Atualizado às 13h29

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Técnica do balão é alternativa para quem precisa ou quer perder peso
Técnica do balão é alternativa para quem precisa ou quer perder peso
As cirurgias de redução de estômago têm ajudado muitas pessoas a superar a perigosa obesidade, em especial a obesidade mórbida, que deixa o portador mais suscetível a doenças graves. Mas às vezes o quadro de algumas é tão complicado que não podem se submeter a essas cirurgias. Para elas, uma alternativa é a colocação do balão intragástrico, técnica que lhes permite emagrecer para então fazer a cirurgia. Essa técnica, criada por médicos europeus, chegou ao Brasil em 1995. Ela se destina em especial a obesos que falharam nos tratamentos clínicos para emagrecer, pacientes com sobrepeso e obesos mórbidos que não tenham condições clínicas de fazer as cirurgias tradicionais de redução de estômago. A técnica é indicada a quem apresenta Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 28 em 40. O mecanismo de funcionamento do balão é o seguinte: ele ocupa espaço no fundo do estômago do paciente; assim, come menos do que o habitual e já se sente satisfeito e saciado precocemente. Dessa forma, se reeducará do ponto de vista alimentar. Esta reeducação é perene, levando à adoção de hábitos alimentares saudáveis e de muita valia para a manutenção de seu novo peso e de sua saúde. O balão é colocado por endoscopia. Faz-se uma sedação profunda do paciente para que relaxe e permita a passagem do endoscópio, tubo com câmara na extremidade que permite ver em um monitor de LCD tudo que se está fazendo no interior do estômago. Introduz-se por sua boca o endoscópio. Introduz-se pela mesma via uma sonda que conduz o balão vazio até o fundo do estômago. Injeta-se no balão, de acordo com a necessidade de cada paciente, 400 a 700 ml de soro fisiológico misturado com azul de metileno. Usa-se soro fisiológico porque é um líquido inerte; já a inclusão do azul de metileno deve-se ao fato de que, caso o balão venha a vazar - fato raro, que pode ocorrer em menos de 1% dos casos -, a língua, a urina e as fezes do paciente se colorem de azul e se tomam as providências necessárias para corrigi-lo. O procedimento é finalizado com a retirada da sonda e o fechamento automático do balão. A colocação é feita em clínica de endoscopia ou em hospital. O balão fica no estômago por quatro a seis meses. É retirado também por endoscopia, em clínica ou hospital, mas com o uso de anestesia geral. Introduz-se por dentro do endoscópio uma sonda que perfura o balão e se aspira o líquido. O balão vazio é retirado com uma espécie de pinça também pelo endoscópio. A técnica pode ser repetida quantas vezes se precisar. Não podem se utilizar dela: crianças de até 15 anos; quem já fez determinadas cirurgias no estômago e pessoas que já reduziram o estômago. Para que o paciente tenha resultado satisfatório, é fundamental que seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar - composta de médico, nutricionista e psicólogo - e pratique atividades físicas. As vantagens do balão são: é um procedimento menos invasivo do que a cirurgia tradicional; pode ser realizado em regime ambulatorial e revertido a qualquer momento; e em três a quatro dias o paciente está apto a retomar suas atividades. Esse último aspecto deve-se ao fato de que o balão pode causar efeitos colaterais como náusea e vômito. Quando isso ocorre, o paciente é tratado em casa e geralmente em dois a três dias supera esses problemas.