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Ar seco afeta a saúde sobretudo de quem vive nas grandes cidades

Redação Publicado em 13/07/2010, às 16h44 - Atualizado às 16h48

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Ar seco afeta a saúde sobretudo de quem vive nas grandes cidades
Ar seco afeta a saúde sobretudo de quem vive nas grandes cidades
No inverno, Frequentemente São Paulo e outras regiões do país entram em "estado de atenção" pela baixa umidade do ar. O ideal, para se respirar com conforto, é um índice de 50% a 60%. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que se declare "estado de atenção" quando baixa a 30% ou menos. A umidade do ar, vale relembrar, representa quanto de água na forma de vapor há na atmosfera em determinado momento em relação ao total máximo que poderia existir. Umidade relativa de 60%, portanto, significa que faltam 40% para atingir a capacidade de retenção total de vapor de água no ar. O ar se torna mesmo mais seco no final do inverno e início da primavera, quando chove menos no país. Contribui para isso também o uso cada vez mais comum de ar-condicionado nos ambientes fechados. Não bastasse a falta de chuva, a situação se agrava no frio por causa da poluição. O tempo seco por longos períodos dificulta a dispersão dos poluentes, prejudicando a qualidade do ar. Nessas condições, o grande vilão literalmente está no ar. Trata-se de um material particulado ultrafino, as chamadas partículas inaláveis, da espessura de um quinto de um fio de cabelo. O perigo é maior quando a atmosfera apresenta alta concentração de partículas inaláveis de 10 micrometros, capazes de penetrar nos alvéolos pulmonares e interferir na qualidade da respiração. Apesar dos índices ruins, temos motivos para comemorar, pois a situação já foi bem pior. Em 1997, o monóxido de carbono, por exemplo, ultrapassou o limite-padrão 657 vezes. Com a exigência do governo de se usar nos escapamentos dos veículos catalisadores capazes de diminuir a emissão de poluentes, o cenário melhorou. Em 2000, segundo a OMS, cerca de 3 milhões de pessoas morreram no planeta devido à poluição atmosférica. Em 2009, os óbitos caíram para 2 milhões, número que ainda é considerado alto. Os malefícios da poluição atmosférica atingem a todos, em especial nas grandes cidades dos países em desenvolvimento. Quando o ar fica seco e poluído, a população pode apresentar ressecamento na boca, falta de ar, vermelhidão nos olhos, entupimento do nariz, irritação da garganta e cansaço. O clima seco e poluído pode tanto causar como piorar doenças como rinite, sinusite, asma e bronquite. Isso porque impede que o catarro se mantenha fluido e possa ser expelido. Ao ficar espesso e parado, favorece a proliferação de bactérias e, portanto, as infecções. Crianças e idosos são os mais atingidos, em razão de os primeiros terem um sistema imunológico ainda imaturo e os segundos, em declínio. Mas cuidados caseiros podem ajudar a evitar problemas. O mais eficaz é a hidratação - deve-se tomar pelo menos 2 litros de líquidos por dia. Também é importante umidificar o ar em casa, pondo uma vasilha com água no ambiente. Outras alternativas são espirrar soro fisiológico com spray no nariz e fazer inalação com soro. Igualmente fundamental é evitar atividades físicas ao ar livre. Durante os exercícios se inala mais ar e, com ele, maior quantidade de poluentes. Quem tem espirros, ressecamento nas vias respiratórias, sangramento nasal e cansaço por mais de dois dias deve consultar um médico, que o instruirá sobre como aliviar os incômodos e também evitar o surgimento e/ou a piora das doenças citadas.