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IPq busca portadores de depressão para pesquisa de novo tratamento

por Teng Chei Tung* Publicado em 15/03/2010, às 15h41 - Atualizado às 15h41

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IPq busca portadores de depressão para pesquisa de novo tratamento
IPq busca portadores de depressão para pesquisa de novo tratamento
O Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) seleciona homens e mulheres de 18 a 65 anos portadores de depressão para participar de pesquisa de um novo tratamento. A pesquisa se destina em especial a pessoas residentes na Grande São Paulo, pois terão de comparecer ao IPq quinzenalmente para avaliação. O estudo terá duração de quatro a cinco meses por paciente. Interessados podem se informar e/ou agendar triagem, de segunda a sexta-feira, no período da manhã, pelo telefone (011) 3069-7804 ou pelo e-mail apgarini@hotmail.com. Depressão é uma doença psiquiátrica. Caracteriza-se quando uma pessoa apresenta por pelo menos duas semanas: tristeza exagerada; perda do prazer pelas coisas do dia-a-dia, como ver um jogo de futebol, trabalhar, namorar, ir ao cinema e encontrar amigos e familiares; insônia e fadiga; problemas de concentração com prejuízo para a memória; pessimismo e pensamentos negativos; lentificação ou agitação corporal; e desejos de morrer. A doença pode manifestar-se em homens e mulheres de todas as raças, de maneira mais clara, a partir da adolescência. É mais comum na população feminina. Estima-se que 15% da população adulta mundial tem pelo menos um episódio de depressão durante a vida. As pessoas já nascem com predisposição genética a desenvolver depressão. Pessoas que têm ou tiveram casos da moléstia na família estão mais suscetíveis. Ela pode ser desencadeada por situações estressantes ruins, como assaltos, sequestros e a perda de entes queridos, e também boas, como o próprio casamento; e por infecções, infartos e doenças crônicas como a diabete. Segundo as teorias mais recentes, o mecanismo de formação da depressão é este: situações estressantes, infecções e as outras doenças citadas levariam a uma "oxidação" das células cerebrais, os chamados neurônios. Isso os "desgastaria", provocando uma baixa nos níveis de neurotransmissores - substância que viabiliza a circulação de informações entre as células cerebrais - e levaria ao surgimento da depressão. Quadros depressivos graves por longo tempo poderiam levar ainda à morte de grande quantidade de neurônios, dando origem a demências como Alzheimer. A depressão torna o portador incapaz socialmente e para o trabalho. Também atrapalha muito e desfaz relações amorosas. Nos casos mais graves, quando o portador não recebe tratamento, pode até tentar o suicídio. Segundo as estatísticas, 60% dos casos de suicídio estão relacionados à depressão. Pessoas com sintomas devem consultar um psiquiatra. Há bons serviços de tratamento de depressão nos Departamentos de Psiquiatria das Universidades Federais e Estaduais existentes nas capitais e em grandes cidades. O tratamento é feito com remédios para normalizar os níveis de neurotransmissores e combater o "desgaste" das células cerebrais. É fundamental igualmente que o portador faça psicoterapia, para resolver deficiências psicológicas que favorecem o aparecimento da depressão. Também precisa praticar atividade física regularmente. Os exercícios físicos, sabe-se hoje, são muito importantes igualmente para prevenir a depressão.