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Incidência de hepatite B aumentou bastante no Brasil nos últimos anos

por Décio Diament* Publicado em 09/09/2010, às 18h11 - Atualizado às 18h12

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Saúde
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O número de doentes com hepatite B no Brasil aumentou 2000% de 1996 a 2006, segundo o Ministério da Saúde. Diante do avanço da moléstia, em 2011 o governo ampliará a vacinação - hoje restrita a pessoas de até 19 anos - para os 24 anos. A hepatite infecciosa é uma doença causada por vírus. Existem cinco tipos: A, B, C, D (delta) e E. O vírus inflama o fígado e pode destruí-lo. Veja como se contrai e quais os sintomas das hepatites mais frequentes. Hepatite A - É a mais comum no país e afeta em especial crianças. Contraise o vírus ao se ingerir líquidos e alimentos contaminados por fezes de indivíduos infectados. A maioria dos portadores não apresenta sintomas, ou tem sintomas pouco específicos, como febre e diarreia; assim, muitas vezes a doença passa despercebida. Na criança, a hepatite A é considerada benigna, pois em geral danifica pouco o fígado. Já no adulto pode ser mais grave. Os sintomas iniciais são febre, mal-estar e icterícia. Portadores podem apresentar também urina escura, fezes esbranquiçadas, fadiga, náuseas e vômitos. Parte deles pode ter a chamada hepatite fulminante, que destrói o fígado em poucos dias, às vezes levando o doente à morte. A doença é prevenível por vacina, mas esta não é fornecida gratuitamente pelo governo. Hepatite B. O vírus é adquirido ao se ter contato com fluidos corpóreos do doente. Ele é contraído sobretudo nas relações sexuais, mas também quando usuários de droga compartilham seringas. No passado adquiria-se hepatite B no país, ainda, nas transfusões de sangue. Hoje, com o controle mais rigoroso das transfusões, isso raramente ocorre. Mas o vírus pode ser contraído ao se ter contato com sangue de doentes em dentistas, manicures e tatuadores que não usam equipamento esterilizado. A mãe, enfim, pode passá-lo o filho no parto. Felizmente, o organismo da maioria dos infectados neutraliza a ação viral e não desenvolve a doença. Mas 10% podem se tornar portadores crônicos, com o risco de desenvolver cirrose e câncer do fígado, às vezes fatal. É prevenível por vacina. Hepatite C. Contrai-se o vírus ao se ter contato com fluidos corpóreos de doentes, sobretudo sangue. A doença é freqüente em usuários de drogas injetáveis e inalatórias. Muitos dos portadores contraíram o vírus em transfusões de sangue antes de 1989, quando foi descoberto. Quem realizou transfusão antes desse ano deve fazer exame de sangue para detectar o vírus. A hepatite C praticamente não produz sintomas e 15% dos infectados se curam espontanemante. Os restantes se tornam doentes crônicos. Não tem vacina. O ideal, claro, é cuidar para não contrair tais vírus. Quem suspeita que possa ter a doença deve consultar logo um médico. Boas opções na capital paulista são o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o novo serviço na área criado pelo Hospital e Maternidade São Luiz - Unidade Itaim. O diagnóstico das hepatites é feito com exame de sangue. O tratamento é diferente para cada tipo da doença. Na hepatite A, a maioria dos casos se cura espontaneamente. Controlam-se só os sintomas com remédios. No caso das hepatites B e C, o doente é tratado com antivirais. Crianças que nascem de mãe portadora da hepatite B podem curar-se tomando vacina e o remédio imunoglobulina. A transmissão do vírus da hepatite C da mãe para o recém-nascido pode ocorrer, mas é incomum.