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Se feito de modo errado e excessivo, clareamento pode trincar os dentes

por <b>Sandro Moreno</b>* Publicado em 17/02/2010, às 01h59 - Atualizado às 02h11

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Se feito de modo errado e excessivo, clareamento pode trincar os dentes
Se feito de modo errado e excessivo, clareamento pode trincar os dentes
Com o passar do tempo, os dentes escurecem mesmo. A causa básica é uma alteração da estrutura dentária, que ocorre devido ao próprio envelhecimento. O canal interno dos dentes nos jovens é largo. À medida que os anos passam, parte do cálcio circulante na corrente sanguínea vai se depositando na parede dos dentes, chamada dentina, e levando à diminuição do espaço do canal. Quanto mais espessa a dentina, mais escuros os dentes. Mas também corantes presentes em alimentos e bebidas podem escurecer os dentes. Os pigmentos dos corantes penetram no esmalte dental e alteram sua cor. Outras causas de escurecimento, enfim, são: cimentos endodônticos e amálgamas usados pelos dentistas nos restauros; a ingestão de medicamentos, em especial o antibiótico tetraciclina; os traumas em que há sangramento no interior dos dentes; e a nicotina e a fumaça do cigarro. O escurecimento incomoda em especial as pessoas que, por sua atividade profissional, são obrigadas a cuidar mais da aparência. Felizmente, com a evolução da Odontologia, se criaram técnicas de clareamento. Pessoas que se sentem incomodadas devem mesmo clarear os dentes; afinal, faz bem para a autoestima e, pois, para a saúde. Mas não devem fazer isso sem a supervisão de um dentista, tanto porque pode não dar certo, quanto para não correr riscos. Para fazer clareamento não se pode ter problemas dentários, como cáries. E depois é necessário refazer as restaurações frontais para que fiquem na nova coloração dos dentes. As técnicas de clareamento mais utilizadas hoje são duas: o "clareamento caseiro" e o "laser". A primeira consiste na confecção, pelo dentista, de um molde de silicone no formato das duas arcadas e no comprimento dos dentes. À noite, em casa, o paciente põe um gel de peróxido de carbamida fornecido pelo dentista nos moldes e o encaixa nos dentes. Ele dorme com os moldes na boca por quatro semanas e a substância vai clareando seus dentes. O uso do peróxido por mais de quatro semanas pode trincá-los. A vantagem do molde é que o paciente não utiliza nem engole a substância em excesso. Se ingerida em demasiada por longo tempo, ela estimula eventuais células cancerígenas existentes no organismo. A segunda técnica é conhecida como "laser", mas na realidade não é laser. Consiste em recobrir a gengiva com uma resina protetora; passar um gel de peróxido de hidrogênio apenas sobre os dentes e aplicar luz ultravioleta de LED junto com um laser. A luz ativa o peróxido de hidrogênio e clareia os dentes; já o laser evita o excesso de sensibilidade que a técnica costuma causar. O clareamento é feito no consultório pelo dentista e cada sessão dura cerca de uma hora. São necessárias até três sessões para se atingir o desejado. Não se deve fazer mais do que três, pois há o risco de trincar os dentes. Pode-se repetir a técnica com intervalo de seis meses. O laser já foi usado em clareamento, mas o custo é tão elevado, com resultados iguais aos que se obtém pelas outras técnicas, que praticamente foi abandonado. As duas técnicas dão os mesmos resultados. Se usadas juntas, proporcionam resultado mais efetivo e rápido. É importante destacar, finalmente, que não existe branqueamento dental, existe clareamento. E creme dental não clareia, mas pode ser empregado, depois do clareamento, para mantê-lo.