Sandrine Bonnaire, atriz francesa homenageada no Festival Varilux de Cinema Francês com uma retrospectiva, agradeceu o carinho dos brasileiros e adiantou seus projetos profissionais em coletiva
Sandrine Bonnaire, atriz e diretora francesa que ganhou uma retrospectiva em homenagem à sua carreira no Festival Varilux de Cinema Francês, está no Brasil para a abertura do evento cinematográfico, onde também lança seu novo filme
Xeque Mate, da cineasta
Caroline Bottaro.
Em entrevista, na manhã desta quarta-feira, 8, em São Paulo, Bonnaire afirmou que seu trabalho como atriz fez dela uma pessoa mais calma, forte e terna.
"Essa profissão é um sonho. Tenho reconhecimento, dinheiro e o luxo de dizer 'sim ou não'. Isso me traz muita serenidade", disse. Uma das obras que serão apresentadas no festival, para celebrar sua contribuição à sétima arte, será o documentário
O Nome Dela É Sabine, filme que dirigiu para relatar a história de sua irmã, que sofre de autismo.
"Foi um trabalho muito pessoal. É um filme que, sobretudo, alerta sobre a realidade de pessoas 'diferentes'", explicou.
Atualmente, Bonnaire dirige seu segundo longa-metragem,
J'enrage de son Absence, uma ficção inspirada em um personagem real. Neste novo projeto, ela trata, novamente, de aspectos pessoais.
"Estou gravando uma história sobre o primeiro amor de minha mãe, que não foi meu pai. Conheci esse homem quando era pequena. Depois de se separar da minha mãe, a vida dele acabou. Virou um mendigo. Quando o encontrei, alguns anos depois, ele tinha apenas 10 francos em seu bolso e me convidou para um café. Achei isso muito digno e me inspirei nele para fazer o filme."