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RUBENS

Redação Publicado em 25/10/2007, às 16h00

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Dança dos Camponeses, óleo sobre madeira (73 x 106 cm), 1636/1640: excitação e movimento. Museu do Prado, Madri. - ARQUIVO ALPHABETUM
Dança dos Camponeses, óleo sobre madeira (73 x 106 cm), 1636/1640: excitação e movimento. Museu do Prado, Madri. - ARQUIVO ALPHABETUM
Peter Paul Rubens (1577-1640) é o maior nome do barroco flamengo (dos Países Baixos), apesar de ter nascido na Alemanha. Foi pupilo do flamengo Otto van Veen (1556-1629), que lhe incutiu a admiração pelos mestres italianos. Pintou cenas religiosas e mitológicas, fez retratos, paisagens e nus. Todos tecnicamente esmerados e com forte sensação de movimento, expressa nas dobras das roupas e na posição dos corpos, como se vê em Dança dos Camponeses (acima). Suas mulheres roliças se tornaram marca registrada - assim como a violência, presente em O Massacre dos Inocentes (1609-1612). Inspirado na passagem bíblica do assassinato de bebês na Judéia e atribuído por séculos a Jan van der Hoecke (1611-1651), esse quadro foi leiloado em Londres, em 2002, por 76,7 milhões de dólares, quinto preço mais alto já pago por uma pintura.

Sua época

Rubens viveu num período histórico marcado pelo choque entre a ciência e o misticismo. A vida do astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), seu contemporâneo e autor das leis fundamentais sobre o movimento dos astros, ilustra bem essa dicotomia. Formado em teologia, Kepler acreditava que o universo havia sido criado por Deus, mas com base na geometria. Os números, para ele, tinham origem divina. Apesar das crenças, seus estudos ajudaram muito na transição da astronomia clássica para a moderna. No auge deles, em 1615, teve a mãe acusada de bruxaria. Ela seria inocentada em 1621, após torturas, e morreria seis meses depois.

O autor

Defensor ativo da independência dos Países Baixos (da Espanha) e acusado de adultério, o pai de Rubens foi obrigado a se mudar para a Alemanha. Lá, o pintor (auto-retrato, 1638-1640) nasceria, em 1577, e viveria até os 10 anos. De volta a Antuérpia, teve educação humanista. Além de pintor, foi diplomata. Trabalhou para a Igreja e para a nobreza, deixando mais de 2 mil obras, muitas feitas com a ajuda de assistentes. É famosa sua série retratando a vida de Maria de Médicis (1573-1642), regente da França. Casou-se, enviuvou e, aos 53 anos, casou-se de novo, com uma jovem de 16, que lhe deu cinco filhos. Morreu de gota aos 63 anos.